Moça com brinco de pérola é a musa do pintor Johannes Vermeer
foto: http://img144.imageshack.us/i/thegirlwiththepearlearrqo4.jpg/
Musa faz história (Ana Marly de Oliveira Jacobino)
As musas não são fruto de uma época como muitos podem pensar é que compositores mais recentes, também foram envolvidos por esse imaginário feminino poético, e cantam as suas musas. Tom e Vinícius fizeram nascer na mesa de um bar de Copacabana a “Garota de Ipanema”, de tão embevecidos que ficaram ao ver uma jovem passar por eles a caminho da praia. Como a música (a arte das musas) nada como unir, o útil ao agradável, e fazer da mulher a sua musa inspiradora! Desde tempos imemoráveis; o amor pela mulher tornou-se tema comum e fecundo da poesia ocidental.
O que podemos perceber é que na maioria das composições, as mulheres que povoam a poesia dos compositores apresentam-se de maneira paradoxal: ou são figuras femininas passíveis e etéreas ou são figuras transgressoras e pecadoras.
Mas, certamente não podemos ver às mulheres sempre entronizadas em papéis de musas, pois, elas também figuram como compositoras, escritoras, poetas, além, dos vários outros papéis importantes para a sociedade moderna. Posso afirmar; que neste período histórico mais recente, ao se ver travestida no papel de musa inspiradora foi um bom motivo para ela repensar o seu papel na história, e questionar a sua própria história no âmbito local e universal.
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http://www.youtube.com/watch?v=VNlcsamBP8M
Amor e dor (João B.S.N. Athayde
No metro do soneto a alma se condensaE, em gotas vai, após, suas dores destilando
Molhando a face da tristeza e da descrença
Na cadência sutil dos versos se embalando
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Por vezes a alegria dá o tom da crença
E a esperança vai aos poucos se aninhando
entre as rugas da alma...e sem pedir licença
Aos poucos vai, também, as sombras afastando
Entre momentos de pesar ou de ventura
Os versos vão surgindo, e vai nascendo o poema
Tisnado, às vezes, das nuanças da amargura
Mas, o poeta, a sós, buscando a rima extrema
Luta consigo mesmo num atroz dilema
até que o último verso escorra com doçura.
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Gata Minim (Esther Vacchi Passos)
Minim gata preta muito gata
olhos verdes, pelo brilhante
das crianças foi companheira
andava pela casa muito arteira.
corria atrás da bola da criançada
subia no telhado caçar rolinhas
no quartinho espantava ratinhos
cuidava da casa e comia bolinhos.
até que um dia minim encontrou
um belo gato branco e enamorou
não demorou estava gorducha
ficou mais fofa do que nunca.
atrás da longa cortina do quarto
foi que nasceu os lindos filhotes
as crianças fizeram a festa felizes
colocando na caixa do quartinho
gatinhos branco, preto e branco
Minim amamentou todos fofinhos
cuidou com carinho ate crescer
lembrança deixou a gata Minim.
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Nudez (Carla Ceres)
Toda mudança emudece
E quem se desnuda muda
Muito mais do que parece.
Minhas crenças silenciam
Quando se despem de mim.
Algumas poucas se aliam
À longa escada que galgo
Menos nu do que me vejo,
Mudando de algo em algo.
Cancioneiro (Marcio J. Rutes _Curitiba)
É a vida que corre em disparada,
Tangendo sorrateira minha canção.
E do gado roto,
Aquele que esmaga o capim,
Ela, minha vida, nada tem.
E por desdém, puída,
Lá vem, fria e incontida,
A sorte cretina e doída,
De um destino que reneguei.
Aquele gado que vi passar,
Do qual invejei sem nenhum porém,
Passa reto pro matadouro,
E lá, sem nenhum touro,
Entrega-se lento ao seu réquiem.
Ah!Cancioneiro farrapo,
Que corta maldito em meus ouvidos,
Se atina, muda de cela,
Que em minha garupa,
Te quero mais não.
Prefiro o destino do boi de piranha,
Que alimentou a fome do pequeno,
Do que parar na boca do homem,
Que de fome, morre é pela gula.
E então, cancioneiro,
Te apago da memória,
Te remonto em outra coleção,
Te mudo títulos, mudo até o tom,
Mas hoje canto diferente,
Levanto o peito, com sobriedade,
Vou cantar alto, para todos:
Morro por minha liberdade
Convites e + Convites
28 de Agosto de 2010 _20h00 - ABERTURA OFICIAL DO 37/ SALÃO INTERNACIONAL DE HUMOR.
De 28/agosto a 17/outubro. Local:
Parque Engenho Central/Armazém 14. Visitas: terça a sexta, das 14 às 21h.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 21h.
SERVIÇO:
Viagem Teatral - Espetáculo: Reciclonices
Local: SESI Piracicaba - Av. Luiz Ralph Benatti, 600 - Vila Industrial.
Datas e horários: dias 28/08 e 29/08 (sábado e domingo), às 16h.
Capacidade: 330 lugares
Entrada: Franca – os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início da apresentação.(NÃO SERÁ PERMITIDA A ENTRADA APÓS O
INICIO DO ESPETÁCULO)
Gênero: comédia
Duração: 60 minutos
Recomendação etária: Livre para todos os públicos.
Informações: (19) 3403-5900/ 5928
Pôr do Sol em Piracicaba (foto: Ana Marly de Oliveira Jacobino)
Gostei dos versos da Carla Ceres.
ResponderExcluirPara meu momento, muito pertinentes.
Abraços a Carla e a você, minha Madrinha!
Gente, que honra! Estou em ótima companhia, o Richard gostou dos meus versos e fui publicada pela Marly! O que mais alguém pode querer para começar bem o sábado?
ResponderExcluirBeijos a todos!