terça-feira, 31 de março de 2009

Cecília Meireles em Rio das Pedras?


Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Órfã de pai e mãe desde os três anos de idade, foi criada pela avó materna. Cecília Meireles iniciou-se na literatura participando da chamada "corrente espiritualista", sob a influência dos poetas que formariam o grupo da revista Festa, de inspiração neo-simbolista. Posteriormente afastou-se desses artistas, sem, contudo, perder as características intimistas, introspectivas, numa permanente viagem interior. Em vista disso, sua obra reflete uma atmosfera de sonho, de fantasia e, ao mesmo tempo, de solidão e padecimento, como afirma a escritora:
"Mas creio que todos padecem, se são poetas. Porque, afinal, se sente que o grito é o grito; e a poesia já é o grito (com toda a sua força) mas transfigurado."


Na poesia "Canção", procure lê-la da mesma forma que Cecília Meireles leu a realidade que a cercava, ou seja, com a razão, com o coração e com os sentidos.


"Nunca eu tivera querido
dizer palavra tão louca:
bateu-me o vento na boca,
e depois no teu ouvido.


Levou somente a palavra,
deixou ficar o sentido.
O sentido está guardado
no rosto com que te miro,
neste perdido suspiro
que te segue alucinado,
no meu sorriso suspenso
como um beijo malogrado.


Nunca ninguém viu ninguém
que o amor pusesse tão triste.
Essa tristeza não viste,
e eu sei que ela se vê bem...
Só se aquele mesmo vento
fechou teus olhos, também..:"


Consolação mineira
(Richard Mathenhauer)

Olacyr lamentou
Que a Mãe teve
De se desfazer das galinhas
Que ciscavam
Mineiramente no quintal
- É ladrão, uai!
Olacyr disse ter chorado
Não pelas galinhas expatriadas
Mas pelo quanto custa a vida:
Que neste mundo
Nem galinhas se pode ter no quintal.
Consolaram-se Olacyr e Mãe
Plantando pés de árvore,
Flor e poesia no terreno ermo.
Quando flores e frutos e versos houver
(E em Minas se plantando tudo dá)
Mãe e Olacyr, ambos de cotovelos na janela,
Rememorando as galinhas
- As dadas e as roubadas -
Hão de poemar, que
“Aqui onde hoje há flores e frutos
Outrora houve penas.”
Convite:
Sarau Literário “Companheiros de Prosas e Versos” de Rio das Pedras

Convido você a participar do 1º Sarau Literário de Rio das Pedras, no dia 7 de abril de 2009, com início às 19h30, na Associação Cultural PAINCO, na rua Moraes Barros, 731, Bom Jesus (antigo Clube de Campo da Usina, próximo à Usina Bom Jesus).

Programação:

Textos de Cecília Meireles, Cora Coralina e Lya Luft.

Declamação de “José”.
Leitura das poesias enviadas por participantes do Sarau.

Trilha musical da noite: “Isto é a Felicidade”, “Lua Branca”, “Maringá”, “Naquela Mesa”, “Piracicaba”, “Chuá, Chuá”, “Trem das Onze” e “Está Chegando a Hora”.

Venha participar deste encontro entre amantes da literatura e poesia!

Abraços,
(Richard Mathenhauer)


Escute Cecília Meireles declamando a poesis Retrato; clique logo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=y2hhJLAAEDM

sexta-feira, 27 de março de 2009

Dia do Circo em 27 de março, numa homenagem ao palhaço brasileiro Piolin

O MESTRE WALDEMAR SEYSSELPALHAÇO ARRELIA_começou em circo, saltando, passando pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai cansado deixou o circo, substituiu o nome artístico, usando o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia.
WALTER SEYSSEL: Pimentinha (sobrinho de Arrelia ) alegrou as tardes de domingo, com o Circo do Arrelia na Record



Abelardo Pinto (Piolim), figura lendária que por mais de cinqüenta anos reinou, com maestria, no “teatro do povo”. CIRCO (Infantil)
Ana Marly de Oliveira Jacobino

Atchim, Bozó, Carequinha,
Arrelia, Pimentinha, Henrique
Espirro, Papai Papudo, Figurinha,
Piolim, Pururuca, Picolino,
Torresmo, Vovó Mafalda, Veneno!...

Palhaços das mil e uma estripulias.
Das mil e uma histórias e fantasias,
No rosto veste a máscara da alegria
transformista caricato do ser humano,
que se despe da roupa na coxia.

Palhaços das mil e uma lembranças.
Dos mil e um conselhos para as crianças,
"O BOM MENINO NÃO FAZ XIXI NA CAMA
O BOM MENINO NÃO FAZ MALCRIAÇÃO
O BOM MENINO VAI SEMPRE A ESCOLA
E NA ESCOLA APRENDE SEMPRE A LIÇÃO.”

Palhaço?
Deu o seu lugar a violência dos desenhos.
Propagandas de cigarros e bebidas,
O bom menino cresceu e vive um drama
O bom menino não tem mais ilusão
O bom menino fugiu da escola.
E sem escola convive na exclusão.

Palhaço?
Não me venha com despedidas,
Não consigo mais viver...
Sem o encanto, sem a magia circense,
Sem as pantomimas que dão prazer!
COMO VAI? COMO VAI? COMO VAI?
COMO VAI? COMO VAI, VAI, VAI?
EU VOU BEM! EU VOU BEM! EU VOU BEM!
MUITO BEM! MUITO BEM! BEM! BEM!

"Tributo aos Palhaços": ao riso e encanto do picadeiro, o qual motivou gerações de crianças pelo mundo afora!

Papai do céu protege toda a "troupe de palhaços", que fizeram e fazem a história do circo e da criançada!"

Mate a saudade entre no Circo da Alegria!Clique e diviita-se: http://www.youtube.com/watch?v=5s6qnh2w7ag




Convite:

S@rau Literário Piracicabano _convida para o dia 23 de Abril (quinta-feira_ 19h 30min às 21h30min) na sala 2 do Teatro Municipal de Piracicaba

Os homenageados da Literatura Nacional: Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (Cora Coralina). Manoel Wenceslau Leite de Barros, também a homenageada Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins pelo exemplar trabalho com a Literatura em Piracicaba .
Entrata gratuita

quinta-feira, 26 de março de 2009

O Poeta e a poesia...

Poeta Edson Antonio Di Piero, no último sarau declamando a sua poesia. Vestido Azul.
Edson Antonio Di Piero

Uma caneta.
Um pedaço de papel.
Faz-me lembrar você.
Dos meus sonhos.
Dos meus desejos por você.
As palavras saem como por magia.
Não preciso de dicionário.
As palavras saltam no papel.
Como seu vestido.
Leve.
Solto ao vento.
Azul como a cor da caneta.
Como a cor do céu e do mar.
Sem falar da lua.
Branca.
Como a cor do papel.
Eu e você vendo o céu e as suas estrelas.





Atenção:


DIA 28 DE MARÇO, PRÓXIMO SÁBADO, DAS 20.30 ÀS 21.00 HORAS APAGUEM AS LUZES COMO UM ATO DE MOBILIZAÇÃO CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL.É UM POUCO DO MUITO QUE PODEMOS FAZER.........."Maria Cecilia Gouvêa Waechter"

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sarau Literário: Cora Coralina!


Saber Viver

Cora Coralina



Não sei... Se a vida é curta Ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, É o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela Não seja nem curta, Nem longa demais, Mas que seja intensa, Verdadeira, pura... Enquanto durar.





terça-feira, 24 de março de 2009

Sarau Literário Piracicabano e + convites!


Escritores Piracicabanos e Participantes do Sarau! Venha conhecer você vai se apaixonar!

Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins a homenageada da Literatura Piracicabana , junto com Cora Coralina e Manoel de Barros no Sarau que vai acontecer no dia 23 de Abril (quinta-feira_ 19h 30min às 21h30min.na Sala 2 do Teatro Municipal


César, Angela Reyes e Gisele Silva participando da declamação!




Convites:

S@rau Literário Piracicabano convida para o dia 23 de
Abril (quinta-feira_ 19h 30min às 21h30min.
Os homenageados da Literatura Nacional: Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (Cora Coralina). Manoel Wenceslau Leite de Barros, também a homenageada Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins pelo exemplar trabalho com a Literatura em Piracicaba .


2)Grupo Andaime apresenta o espetáculo "As Patacoadas de Cornélio Pires" em comemoração a Semana do Teatro...


Dia 25 de março às 20h30 no Teatro Unimep. Entrada franca.
Rodovia do Açúcar, Km 156 - UNIMEP Campus Taquaral
Informações: (19) 3124-1603


Entrada Franca










sábado, 21 de março de 2009

MPB4 e Essência fazendo história no Sesc Piracicaba!


Magro Waghabi - Antônio José Waghabi Filho,Miltinho - Milton Lima dos Santos, Ana Marly, Ivana Altafin, Marisa, Aquiles - Aquiles Rique Reis Dalmo Medeiros - Dalmo Medeiros no camarim após o ovacionado espetáculo!



MPB4 e Essencia fazendo história no palco do Sesc Piracicaba na noite de ontem!

Na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sintonizada em AM 1.130,Vozes Brasileiras, com o maestro e arranjador do MPB-4 Magro Waghabi, mostra a produção vocal realizada no Brasil. De “Quatro Azes e Um Coringa” ao “Boca Livre”, do “Bando da Lua” aos “Cariocas”, e tantos outros. Também a obra do movimento “Rio Acapella” que congrega a música vocal produzida atualmente no Rio de Janeiro. Sua veiculação será feita todas as quintas-feiras, às 21 horas, com reprise nos domingos às 11 horas. Ouça trecho.


Momento Histórico 1: Festival da Record _Roda Viva (MPB4 e Chico Buarque)




Momento Histórico 2: Festival da Record _Disparada Música de autoria de Geraldo Vandré e Théo de Barros, obteve o 1º Prêmio (juntamente com A BANDA) do II Festival da Música Popular Brasileira, organizado pela TV Record.Vídeo gravado na noite final do Festival, em 10/10/1966, no Teatro Record Consolação (São Paulo).Intérprete: Jair Rodrigues com Trio Marayá e Trio Novo.


Convite pra lá de especial:
Olá amigos!Convido a todos a participarem do evento abaixo, do qual fui convidado! CAFÉ FILOSÓFICO - PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DO TEATRO DE PIRACICABA
LOCAL: Bar Cruzeiro (rua Moraes Barros, 1.321, Centro, Piracicaba)
Data: 23 de março de 2009 (segunda-feira), às 19h30
TEMA: A Necessidade da Arte na Sociedade Contemporânea
DEBATEDORES: Rodrigo Alves (repórter de Cultura do Jornal de Piracicaba), Iara Machado (antropóloga) e Maria Helena Bastos ( professora de dança do Departamento de Artes Cênicas da USP).








quinta-feira, 19 de março de 2009

Miniconto de Terror: Gárgulas

Dança de salão no Dia da Poesia: Cèsar e Gisele Silva

Gárgulas? (Miniconto)
Ana Marly de Oliveira Jacobino

Volátil! O liquido afogueado ilumina aquele buraco fedorento. Alguns, dos tais, “homo sapiens” seguram os galões. O líquido escorre. O fogo corre esfumaçando todo o interior. Tudo se queima na sua passagem. A luz incrustada no teto empurra as sombras para fora. Ganidos, guinchos, gritos, grunhidos acompanham o caminho do fogo. Gárgulas ensangüentadas se movem no incêndio. Gárgulas? Mas, ali não se via a cabeça de um leão, no corpo de um bode, com o traseiro de dragão. Não! Ali, se via tochas humanas fugindo dos esgotos em chamas!

Convite feito por Ivana Negri:

Na sexta-feira, 20 de março, têm POESIA AO VENTO, às 18h30 no SESC.Augusto dos Anjos será o centro das atenções, sob a batuta de Irineu Volpato. E no sábado, 21 de março, acontece a primeira edição do ano do Movimento Médico Paulista do Cafezinho Literário, com a presença do
doutor William Moffit Morris, na Casa do Médico, às 14h00 (av. Centenário 546).
Não se esqueçam de levar um prato de doce ou salgado para acompanhar o cafezinho gentilmente cedido pela APM.

terça-feira, 17 de março de 2009

Ernst Mahle e um soneto de Rui Klener

"Em Piracicaba, o representante mais conhecido na música clássica é Ernst Mahle, co-fundador da Escola de Música de Piracicaba “Maestro Mahle”. Já foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea e é membro da Academia Brasileira de Música. Na instituição, como conta a professora de história da música clássica, há alunos de dois até 85 anos que se interessam e se dedicam a este gênero musical. “Estipulamos 2009 como o ano Mahle, em comemoração aos 80 anos do nascimento do maestro”, conta.“A música clássica, para ser apreciada, demanda um conhecimento e atenção maior do que a música popular, que é de fácil assimilação. Com a clássica o processo é mais demorado, porque exige um estudo sobre o que se escuta e por isso também a chamam de música erudita”, explica Beatriz. A diretora da Escola Mahle faz analogia da música com as artes plásticas. “É como entender um quadro de Picasso. É preciso atentar-se às características da técnica, com a finalidade e cronologia da produção”.Erick Tedesco_A Tribuna

QUANDO SE SENTE
Zé Rui Kleiner

Diz-se que, quando se sente, se sabe
Quando se tem, a vida vai levando
Muda o sentido, fere vez em quando:
Instinto de rosa quando se abre.

Não compreende quem não segue seu mando
Ou quem não enfrenta antes que acabe
Mas se um verso ou digressão lhe cabe
O tempo expõe: amar se faz amando.

Sentimento avança como trenó
Abre e rasga o olhar mais paciente
E, somente ele, enlaça em nó.

Mas como em qualquer desordem latente
O amor só sente e se sente só
Se não quer se entregar quando se sente.


domingo, 15 de março de 2009

INFANCIA REJEITADA

INFANCIA REJEITADA

“Pés no chão, endurecidos de tão frios
Nus, como o verde das palmeiras
Que lava-enxuga, lava-enxuga
Para a crueza da noite, meias estampadas:
São folhas do jornal da sexta-feira.
Uma luz de alumínio sobre a manchete:
A CPI da corrupção não deu em nada
... no corrimão da madrugada, dorme um pivete.
(Chão de Vento . Flora Figueiredo)

No Brasil colônia, a vida das crianças corria inúmeros riscos. As condições de higiene do parto eram precárias, o bebe vinha ao mundo cercado de gente e expostos a contato com todo tipo de microorganismo.
Logo que nascia, o bebe era lavado enfaixado e enrolado em panos, e se a família tinha posses, em rendas e itas. O hábito de enfaixar a criança, que se manteve até o século XX, muitas vezes provocava sufocamento e atrofia. Também eram usados cueiros, toucas para proteger do frio e dos ventos.
A mortalidade infantil era alto, e ainda no final do século XVIII, a situação não havia melhorado, pois as crianças eram mais suscetíveis às freqüentes epidemias.
Medalhas de santos e outros objetos de cunho sagrado eram usados para proteção, pois acreditavam-se que mães e bebes eram alvos mais sensíveis à inveja e a maldade alheia, principalmente a bruxarias.
A escolha do nome da criança marcava sua entrada no seio da família, a qual ela deveria sua identidade até o inicio da vida adulta. Esta escolha baseava-se nas tradições religiosas ou familiares e homenageava santos, parentes ou padrinhos.
A primeira infância era passada na casa dos pais, em companhia das amas de leite, recrutadas entre as escravas recém paridas.
A criança não despertava ou merecia cuidados especiais, sendo tratada como um adulto pequeno.
Também no Brasil colônia, eram grandes os números de crianças abandonadas nas ruas ou nas portas das casas. Muitas morriam de fome, frio ou pelo ataque de animais.
Nesta época, desde que a vida da criança não fosse colocada em risco, sem abandono não constituía crime. As câmaras municipais tinham a responsabilidade de cuidar das crianças enjeitadas, o que eram feito geralmente por meio das santas casas de misericórdia.
Para garantir proteção as crianças e, ao mesmo tempo, permitir que os pais que as abandonavam permanecessem no anonimato, as santas casas passaram a adotar o sistema de rodas. As rodas era uma caixa redonda e giratória instalada na portaria da santa casa, onde se podia colocar a criança enjeitadas, girando a roda para dentro, a criança era recolhida.
A utilização desse tipo de engrenagem permitiria a identidade de quem “lançava” a criança na roda não fosse conhecida.
As casas de expostos, depósitos de expostos ou casa da roda, eram, portanto, as designações mais conhecidas para se identificar asilos de menores abandonados.
O benfeitor que contribuía e dava assistência aos expostos eram lembrados carinhosamente como “pai dos sem pais”.
As condições higiênicas dessas localidades não eram boas. Em torno da metade das crianças acabavam morrendo nos asilos. As autoridades preocupavam-se, por outro lado, em não receber enjeitados negros ou mulatos. Pra que gastar com escravos ou mestiço? Na luta pela vida somente aos brancos esquecidos eram oferecida algumas possibilidades de sobrevivência.
Muitos dos expostos acabavam sendo adotados, outros enjeitados até mesmo pelos asilos só restavam um destino: a morte.
No Brasil hoje é enorme o número de crianças miseráveis, desnutridas, sem amparo familiar e legal, jogados à sua própria sorte, nas ruas, nos becos, embaixo das pontes, tendo como cama as calçadas e porta das lojas.
Um exercito de crianças famintas e carentes chamadas de menores abandonadas, que fazem parte do futuro da nação, muito sombrio. De menor abandonado , a menor infrator, se torna trombadinha que se lança no quase ao certo no vício em drogas, roubo e assassinato.
Vemos que o abandono de criança, não é um fato apenas do nosso tempo. Sempre se abandonaram crianças no Brasil. Os motivos do abandono são inúmeros.
Muitos “enjeitados” para designar a criança abandonada, eram filhos de mulheres brancas, que os abandonavam para esconder o fruto de amores proibidos, ou eram de famílias miseráveis, que se livraram de mais uma “boca” que não podiam alimentar.
A situação das crianças e jovens no passado e no presente tem muito a ver com a posição que seus pais ocupam na sociedade. Há séculos, como hoje, a condição de pobreza e miséria de inúmeras crianças esteve ligada as profundas desigualdades sociais existentes no Brasil.
Toda criança tem direito de ser tratada com carinho, amor, respeito e merecem compreensão, educação, saúde e principalmente atenção das famílias e das autoridades.

Sandra Maria Vacchi é professora de historia da rede estadual de educação
Email: sandravacchi@yahoo.com.br

Festa Literária na Praça de Piracicaba!

Secretaria de Cultura de Piracicaba: Rosangela Camolesi falando sobre o evento.
Analuza, e os participantes da Casa do Amor Fraterno atentos ouvindo Lili declamar Adélia Prado! Emocionante!

Ivana Altafin (a nossa poeta-fotografa), Lurdinha, Maria Emília e uma participante, no segundo banco: Elda, Rutinha, Lídia e Lúcia.


Leda Coletti declamando: Que Mundo é Esse? (Lembrando a campanha da Fraternidade/2009, com o tema: Fraternidade e a Segurança Pública)
Que mundo é esse
onde tem valor quem é desonesto,
esperto, mentiroso?
Que mundo é esse
em que se mata o outro
por causa de um tênis e parcos reais?
Que mundo é esse
em que a mulher vende seu corpo
e se orgulha de ser objeto descartável?
Que mundo é esse,
que mata crianças inocentes
mesmo antes de nascer?
Que mundo é esse,
onde pobres não têm teto
bêbados, drogados tornam-se dependentes?
Que mundo é esse,
onde muitos homens agem como irracionais
e os bichos como racionais?
Que mundo é esse,
que não conhece Deus
e zomba dos que com Ele convivem?
Esse mundo se chama Egoísmo,
e está precisando urgente de Amor!
Convite:
Reunião Intermediária do Clip, O endereço é Rua Governador Pedro de Toledo, 1422, na escola “Inter-Cursos”. Será no dia 17 de Março próxima 3ª feira, às 14h30min.




sábado, 14 de março de 2009

Programação Poesia na Praça José Bonifácio em Piracicaba

V ano de distribuição de poesias coordenado pelo
Centro Literário de Piracicaba
: com a participação da Casa do Amor Fraterno, Clip, Golp, Biblioteca Pública Municipal, Sarau Literário Piracicabano, Tribuna Piracicabana, Jornal de Piracicaba, Gazeta de Piracicaba, Educativa FM 105,9 e demais meios de comunicação.


Apoio: Secretaria de Ação Cultural

Raquel, Ivana Altafin, Angela , Ivana Negri, Rutinha, Lúcia, Gisele, a menina Maisa, Daniel (Castro Alves) e Esther
Cestas de Poesias

Leda Coletti e João Athayde ( Presidente CLIP)




Participantes da Festa Literária na Praça em Piracicaba, com entrega de Poesias, Fanfarra, Declamações e Dança



sexta-feira, 13 de março de 2009

Festa Literária na Praça José Bonifácio!

Fanfarra da Casa do Amor Fraterno alegrando a manhâ poética na Praça José Bonifácio em Piracicaba! Salve Antonio Frederico de Castro Alves!


Casa do Amor Fraterno marcando presença nas declamações



Elda, Rutinha, Lidia e Lúcia na Festa do Dia da Poesia



Escritores Piracicabanos na Festa Literária






quinta-feira, 12 de março de 2009

Fotos do Sarau Literário Piracicabano

Heloisa Guerrini Diretora do Teatro Municipal de Piracicaba
Maria Emília homenageando Gisele e César Silva, Ana Marly, Eliane Vidal (violão e voz) Ana Paterniani (flauta e voz) e José Carlos Gregório ( violão e voz)

Alguns dos participantes_literatos do Sarau.


Daniel Valim interpreta "Navio Negreiro" do Poeta Castro Alves



quarta-feira, 11 de março de 2009

2º Concurso Une Versos



NA FOTO MARIA EMILÍA É HOMENAGEADA PELA ESCRITORA NICARAGUENSE ANGELA REYES

2º Concurso Une Versos

Nacional / InternacionalTEMA: Abismo

[vencedores]

1º Lugar (trova ouro) - Maria Emília Leitão Medeiros Redi /SP


Quem vive a vida trancado

na escravidão do egoísmo

carrega um fardo pesado

e cava seu próprio abismo!

Agradecimento do Sarau Literário Piracicabano ocorrido ontem, 10 de Março na Sala 2 do Teatro Municipal para :

# Rosângela Camolesi; Secretária Municipal de Cultura de Piracicaba;

# Heloisa Guerrini; Diretora do Teatro Municipal de Piracicaba Dr. Losso Netto e funcionários

# Tribuna Piracicabana na pessoa de Erick Tedesco e do fotógrafo Carlos Ludwig

# Jornal de Piracicaba na pessoa de Rodrigo Alves

# A Biblioteca Municipal Municipal "Ricardo Ferraz de Arruda Pinto" na pessoa da sua diretora Lucila Calheiros Silvestre e funcionários.

# E a todos os literários e amigos que fizeram a noite de gala da Literatura Piracicabana


terça-feira, 10 de março de 2009

Teatro Municipal, novo espaço para o Sarau




Primeira edição de 2009 do evento idealizado por Ana Marly Jacobino homenageará Castro Alves e dança de salão


Erick Tedesco

O Sarau Literário, evento idealizado pela professora de literatura aposentada Ana Marly de Oliveira Jacobino, que homenageia expoentes da literatura nacional e internacional, além de ser espaço para apresentações musicais e de dança, agora, mesmo que provisoriamente, acontecerá em um novo espaço: na Sala 2 do Teatro Municipal “Dr. Losso Netto”.

A primeira edição deste ano acontece hoje, a partir das 19h30 e já tem confirmada a presença dos amantes das letras até mesmo de outras cidades.

Para Ana Marly, este momento do Sarau tende a afirmá-lo ainda mais na agenda cultural da cidade.

Em 2008, todas as edições do Sarau Literário aconteceram na Sala Amarela, no segundo piso da Livraria Nobel do Shopping Piracicaba. “O primeiro evento deste ano já deveria ocorrer no mês passado, mas a Sala Amarela não estava disponível, pois estava repleta de livros”, conta Ana Marly.

Foi quando a intimidade com a nova diretora do Teatro Municipal, Heloisa Guerrini, que possibilitou que o evento literário achasse uma nova casa. “Aliás, tempos atrás o Sarau já aconteceu nos fundos da loja de Heloisa”, lembra.

Para Ana Marly, a Sala 2 do Municipal é ideal para a realização do Sarau. “Apesar do barulho que fazemos, ao mesmo tempo dependemos de silêncio para o momento de declaração de poesias”, ressalta. E apesar de abraçar com carinho o novo espaço do Sarau, ela afirma que é muito agradecida pela Nobel em ceder a Sala Amarela. “No último evento do ano passado, que aconteceu em dezembro e o homenageado foi Mario Quintana, a sala estava lotada. Precisamos de mais cadeiras”.

Para o Sarau de hoje, o poeta homenageado é o baiano Antônio Frederico de Castro Alves, que ficou conhecido apenas como Castro Alves. O “poeta dos escravos”, como perdurou sua vida e obra, devido às poesias que combateram a escravidão, como a clássica “Navio Negreiro”, que terá um trecho declamado pelo poeta local Daniel Valim. “O poema pertence à fase ´Os Escravos´, num período em que a Lei Eusébio de Queiroz já estava sancionada, mas o tráfico ilegal ainda perdurava”, conta Ana.

Os primeiros momentos do Sarau, que tem duração de aproximadamente duas horas, Ana Marly fará uma breve introdução sobre a importância de Castro Alves à literatura brasileira. “Além de romântico, também é possível perceber traços do realismo social em sua poesia”, afirma. Ela conta ainda que “Navio Negreiro” demorou a ser concluído e foi declamado pela primeira vez em São Paulo, onde o movimento abolicionista era forte.

Além de declaração de poemas, o Sarau também terá a performance musical do trio formado por Eliane Vidal (do grupo Porcelana Feminina no violão e voz), José Carlos Gregório (voz e violão) e Ana Lúcia Stipp Paterniani (flauta e voz). Também haverá apresentação de dança de salão (tango e bolero) da dupla Gisele Silva e César Augusto Silva, de 25 e 14 anos, respectivamente. “A música e a dança estão sempre presentes na literatura”, comenta Ana Marly.

SERVIÇO
Sarau Literário, hoje, na Sala 2 do Teatro Municipal “Dr. Losso Netto” (rua Gomes Carneiro, 1212). Entrada gratuita. Informações: 3371-0205.

Fonte: Jornal A Tribuna Piracicabana, edição de 10 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

Cem anos de felicidade: Patativa do Assaré


Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como: Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará.

Cresceu ouvindo histórias, os ponteios da viola e folhetos de cordel. Em pouco tempo, a fama de menino violeiro se espalhou. Com oito anos trocou uma ovelha do pai por uma viola. Dez anos depois, viajou para o Pará e enfrentou muita peleja com cantadores.

Quando voltou, estava consagrado: era o Patativa do Assaré. Nessa época os poetas populares vicejavam e muitos eram chamados de 'patativas' porque viviam cantando versos. Ele era apenas um deles.

Para ser melhor identificado, adotou o nome de sua cidade. Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar duro na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4 anos. No livro 'Cante lá que eu canto cá', o poeta dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a miséria, e que para 'ser poeta de vera é preciso ter sofrimento'.

Patativa só passou seis meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três universidades. Não teve estudo, mas discutia com maestria a arte de versejar. Desde os 91 anos de idade com a saúde abalada por uma queda e a memória começando a faltar, Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua vida, 'já disse tudo que tinha de dizer'.

Patativa morreu em 08 de julho de 2002 na cidade que lhe emprestava o nome.

O BURRO
Patativa do Assaré

Vai ele a trote, pelo chão da serra,
Com a vista espantada e penetrante,
E ninguém nota em seu marchar volante,
A estupidez que este animal encerra.
Muitas vezes, manhoso, ele se emperra,
Sem dar uma passada para diante,
Outras vezes, pinota, revoltante,
E sacode o seu dono sobre a terra.
Mas contudo! Este bruto sem noção,
Que é capaz de fazer uma traição,
A quem quer que lhe venha na defesa,
É mais manso e tem mais inteligência
Do que o sábio que trata de ciência
E não crê no Senhor da Natureza.

+ um Sarau!
Na sala 2 do Teatro Municipal: o evento do S@rau Literário Piracicabano do ano 2009, para o dia 10 de Março (terça-feira_ 19h 30min às 21h30min).

O homenageado da Literatura Nacional: Antônio Frederico de Castro Alves (14 de Março_ 162 anos do seu nascimento), também os homenageados pelo exemplar trabalho com a Dança de Salão: os piracicabanos Gisele Fernanda da Silva e César Augusto Stênico da Silva .

Endereço novo


Olá. Este é o primeiro post deste blog. Anteriormente seu endereço era http://agendaculturalpiracicabana.zip.net/, mas infelizmente seu espaço se esgotou e fui obrigada a migrar de espaço.
Seja bem vindo. Aos poucos vou incorporando novos comentários.
Abraço!