quarta-feira, 28 de julho de 2010

Festa da Natureza e da Literatura na Agend@!

Prêmio Muchas Gracias Al Blog Amigable


                          Quem me presenteou foi o amigo Richard Mathenhauer , do  http://wwwurbietorbi.blogspot.com/ Convido vocês que o visitem!



Pela regra, deve-se 1-) Exibir o Selo; 2-) Apontar o blog do qual recebeu; 3-) Escolher uma quantidade de pessoas de sua preferência e um blog de cada uma para receber o prêmio "Muchas Gracias Al Blog Amigable."
Vou indicar três dos muitos que sigo (mas, vou citar os primeiros que aprendi a seguir logo que cheguei por aqui)


I) http://dandonota.wordpress.com/   (Rodrigo Alves)

II) http://educativanasletras.blogspot.com/ (Alexandre, Carmelina, Lucila )

III) http://aartedeviverseaprende.blogspot.com/ (Mel Redi)


Obrigada, Caríssimo Richard!
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                                                            Agradecimento

Ah! Caríssimo Richard, que alegria ao ver o meu trabalho sendo escolhido por você. Sem dúvida, fico muito alegre, pois sei, o quanto você valoriza o que faço sempre com incentivo e amizade, e olha que nem vivemos na mesma cidade! Por isso, que receber este selo tem um valo imensurável para mim.



Obrigada meu querido Escritor e Poeta Richard Mathenhauer


Abraços Poéticos Piracicabanos de Ana Marly de Oliveira Jacobino

                                                  Os ipês polinizam de exuberância a cidade!

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Publicação dos trabalhos enviados para o Sarau Literário Piracicabano de 13 de JUlho!
Pingüim (do livro de Corpo e Verde)

                                                Rosani Abou Adal (Jornal Linguagem Viva)
Não chore pingüim
Não chore,
Seu pranto despoluente
Não salvará o mar.
Boiando sobre o óleo diesel
Suas águas, sem esperanças,
Ainda sobrevivem.
Não chore pingüim
Não tenha medo
A quimioterapia curará
Sua metástase.
Ficará sem cabelo,
Vomitará petróleo
Do último vazamento.
Durma pingüim
O sono será sua fuga.
Sem resistência e força
Não suportará o enterro
Dos seus irmãos.
Não chore pingüim
Não tenha medo.
Feche os olhos,
Encoste a cabeça
No ombro da paz
E durma.
Durma
Profundamente, pingüim...
Profundamente.
                                                      foto: cheshirethecat.wordpress.com

                               
                                                              Repaginando as festas juninas

                                                            Ana Marly de Oliveira Jacobino
Ruínas espelham idades.
Ali, o salto alto da mãe
torce o pé da menina
palpita sobre o piso desencarnado
crava; retaliando gerânios.
Gelado o luar desperdiça
grudentas gotas translúcidas
no trançar dos cabelos.
Arraial resmunga cantorias.
Vestido engomado!
Casaco de lá tricotado
por mãos sábias. Como sei?
Elas secaram meus cabelos.
Resmungos inteligíveis
Retorcem os beiços
Enquanto, o gengibre perfuma o ar
Floresce o escurecer
cores barulhentas
assobiam busca-pés, traques...
escondidos na fogueira.
No meu peito o afagar
do coração brinca de quadrilha
desobstruído pelas lembranças
remotas...; talvez!
                                               foto: simiduflores.blogspot.com
                                                                        Despedida

                                                              Carmen M.S.F.Pilotto

Beijou a mão de Alzira pela última vez tentando se redimir de suas ausências. Na derme fria o resquício do batom da amante seguia com a esposa para a cova rasa.
                                                                                     foto: juarafest.com.br

ALÍVIO

                                                                           PRETÉ
RESPIRAR
OLHAR PARA CIMA
VER OS PÁSSAROS A VOAR
OUVIR OS GALINÁCEOS A CANTAR
HÁ PESSOAS
DE UM LADO PARA O OUTRO
A ANDAR
NINGUÉM SE IMPORTA
NINGUÉM ME NOTA
DE REPENTE
OLHO PARA FRENTE
UM SORRISO ENORME
ME ESPERA DE BRAÇOS ABERTOS
CORRO PARA O ABRAÇO
COMO SE UM GOL EU TIVESSE MARCADO
COMEMORO
ORO
AGRADEÇO
NÃO ESTOU MAL
SINTO-ME LIVRE... AFINAL
                                                          foto:simiduflores.blogspot.com


Yuri Gagarin foi o primeiro homem no espaço há 49 anos

Anos sessenta, ai que saudade!

                                                           Ivana Maria França de Negri


Quem tem por volta de cinqüenta anos e viveu o apogeu da mocidade nos anos sessenta, lembra-se muito bem daqueles anos incríveis, pincelados com as tintas róseas da juventude. Sonhadores e românticos, testemunhamos o movimento hippie, os protestos contra a ditadura e os costumes da época, a chegada do homem à Lua, o lançamento da nave espacial Vostok, que colocou no espaço o primeiro homem, Yuri Gagarin, pois na década anterior, o Sputnik só havia feito o trajeto com cães e macacos. Muita gente nem acreditou naquelas imagens do homem pisando em solo lunar. Como era possível aquilo? E a lua dos namorados e dos poetas nunca mais foi a mesma.
A moda da minissaia e da calça boca-de-sino, dos cabeludos que se confundiam com as meninas quando vistos de costas, do sabor azedinho dos dropes Dulcora que a gente levava para saborear no escurinho do cinema. Dos bailinhos onde se dançava de rosto colado ao som das baladas românticas. As meninas tinham pavor de tomar “chá de cadeira” e sempre existiam as mais disputadas que não paravam de dançar.
Era o auge dos discos de vinil, os “bolachões” pretos, que a gente chamava de long-play ou simplesmente LP - nossa, como isso soa antigo!
Foi a época de ouro da Jovem Guarda, da Tropicália e de outros movimentos de rock e música popular. Bons tempos, tudo tão inocente, escrever diários às escondidas, driblar as freiras no colégio que não deixavam nem que se usasse esmalte vermelho, a gente não podia pintar os olhos com lápis preto, e muito menos usar as “indecentes” minissaias.
O garoto que foi à guerra do Vietnã e amava os Beatles e os Rolling Stones, foi o símbolo da geração “Paz e Amor”, do “faça amor, não faça a guerra”. A liberdade sexual apenas começando, um gostinho de liberdade no ar.
Os festivais de música popular descobriram talentos que até hoje continuam fazendo sucesso. Não eram artistas “produzidos” e apadrinhados como acontece atualmente, que se tornam descartáveis em tempo recorde, e sim artistas de verdade, nascidos com dons musicais e talento indiscutível. Cantavam ao vivo e não dublavam a própria voz como hoje.
Os anos sessenta não foram melhores nem piores que os anos cinquenta, setenta, oitenta ou noventa. Apenas serão sempre relembrados com emoção por quem viveu seus dourados anos naquela época, pois dourados serão sempre os anos da nossa juventude.
Ai que saudade!
foto:escolaespacomemoria.blogspot.com


                                                                 Bossa Nova

                                           Carlos Cícero de Tarso Dantas de Oliveira


Falar em bossa nova.
É falar e cantar..
De alegria e tristeza,
Amor e desamor..
Das aguas de março,
Fechando o verão..
De entardeceres,
E amanheceres..
Entre outros
Seres..
Alegres
Ou tristes..
E o amanhecer..
As vezes triste..
Só existe
E persiste.
Pro raiar..
Da felicidade,
Que se evade,
Pelo ar..
Tristeza
E felicidade,
Que seriam..
Sem Jobim e Vinicius...
“Tristeza não tem fim
Felicidade, sim...
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...”
                                                     foto:riodasostrasjornal.blogspot.com
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Ouça e veja a interpretação musical do Sarau da Bossa Nova 2 com Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz);



http://www.youtube.com/watch?v=7icrN-jlnwA

Convite do Sarau Literário Piracicabano de 17 de Agosto de 2010



** Sarau Dr. Losso Netto: HOMENAGEADOS: Drº Losso Netto (100 anos de nascimento) do Jornal de Piracicaba e as “Musas dos compositores- poetas”


Local: No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2
Rua Gomes Carneiro, 136 -Piracicaba-SP
Dia: 17de Agosto (Terça-feira): 19h30 às 21h30
Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)
Classificação: Livre
Telefone do Teatro: 19. 3433.4952

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dia do Escritor na Agend@!


Neste domingo. dia 25 de Julho foi comemorado o "Dia do Escritor" , que através dos seus escritos fazem o deleite dos meus olhos. Sem dúvida, as palavras publicadas por todos vocês, Caríssimos Literatos, me permite a cada novo dia uma explosão de conhecimentos da alma e da razão humana neste contexto histórico que vivemos. As palavras são caminhos para as nossas manifestações, afinal, "O Escritor é o Profeta da modernidade”. Parabéns e obrigada pelos ensinamentos contidos nas suas publicações.
Escritores e Poetas Piracicabanos na manhã litero-musical

UM POUCO DE HISTÓRIA:


O 25 de julho foi escolhido como dia nacional do escritor por decreto governamental, em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores, por iniciativa de seu presidente, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, Jorge Amado.
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Algumas publicaçôes enviadas para Ana Marly e distribuidas para o público:

UMA SAFIRA AZUL PARA NICOLE (tradução)
                                                     Ângela Reyes


Dona Rosalina era uma velhinha que tinha sete netos que ela adorava demais. No meio de suas lembranças ela guardava uma jóia muito valiosa que tinha recebido do seu marido na comemoração dos cinquenta anos de casados. Era uma bela safira azulada que deixaria como herança aos seus netos. Seis deles discutiam e brigavam para ficar exclusivamente com a jóia. A única que não participava das brigas era Nicole, que escutava muito o seu anjinho da guarda e permanecia quieta e tranquila.Uma manhã Dona Rosalina acordou e percebeu que já tinha partido para morar em outros mundos. Os seis netos colocaram a casa dela de cabeça pra baixo, reviraram tudo procurando a dita jóia, mas não conseguiram encontrá-la. Nicole continuava quieta e muito triste pela perda da vovó. Numa noite de verão ela deitou no gramado do jardim olhando o céu para contar estrelas. No meio do céu apareceu uma luz azulada que desceu à terra, uma luz muito brilhante que chegou até ela e pousou no seu coração. Quando ela colocou a sua mão no peito com muita surpresa percebeu a presença da safira azul que a sua avò guardara com tanto cuidado e lhe enviava como um reconhecimento pelo seu amor.


Escritor ou Poeta?
Terezinha Sbrissa (São Paulo - Capital)

Sou bicho, sou planta, lesma ou pedra.
Levo palavras ao vento, vôo bem longe.
Entendo o murmúrio da águas e o potencial da terra.
Coleciono memórias, invento o real e torno falso o tormento.
Costuro sentidos, afugento demônios, viro no avesso.
Viajo no tempo caçando emoções no interior das pessoas.
Salto fogueiras, balanceio o dia nas noites de insônia.
Colo pedaços de vida em espaços simultâneos:
Nascimento, mortes, transformações, partidas.
Arrisco no submerso, embaralho e chego ao inesperado.
Apresento tudo em fragmentos fugazes,
Porque a vida é muito mais do que se apresenta
E” o mundo como existe não me basta”.

Astral
MARISA BUELONI

Hoje voei
Não voei mais
porque não quis
Subi até onde
sou aprendiz
A Terra era um ponto
no infinito azul
E lá do alto
eu vi Cabul
Hoje voei.


Colaboradores e participantes da festa em homenagem ao Escritor


Suspiros da Alma
                                               Carlos Roberto Furlan (Beto Furlan)


Envolto em etéreo silêncio ele foi pouco a pouco desatando os nós do destino.
Com os novos fios alinhavou os seus sonhos, teceu novos planos e descarregou-se das ilusões mundanas.
Refugiou-se para dentro de si mesmo até cessar o desencanto do mundo cruel e interesseiro.
Fazendo adormecer toda a insensatez e a tormentosa tensão, abafou os suspiros da alma.
Então,... Deus lhe falou!


APOGIATURA (Soneto)
Zé Rui Kleiner

Passou-se um ano pro dia esperar
Não de graça, mas com tempo e com zelo
Afastei toda a prata do cabelo
Com rodas alegres, prosas de bar.

Se foi sofrido, custo a confessar
Pois todo mal vivido é um apelo
De uma procura por cartas sem selo
E por abrigo na luz de um luar.

Pro que me partiu, reservo o desprezo
Com a pena de um pássaro sem seu ninho
Te desencravo, ainda mais ileso.

Soube, com aquele teu redemoinho,
Que não passas de poema sem peso
E, sem mentir, canto pelo caminho.

Malabares

Ana Paterniani

Enquanto os casais se esquentam nos bares
Naquela noite fria...
Ela, sozinha, faz malabares no semáforo,
Em troca de algumas moedinhas...


De calças rasgadas, blusa fininha,
Corpo magro e tinindo de frio,
Rosto e riso ( ?!? ) escondidos na noite fria...


Meu coração de gelo derrete
E transborda em água morna e salgada
pelos meus olhos...

. BRISA

Bêne Giangrossi


Noi
Te
Chu
vosa.

Enchi
Minha'Lma
de
Orvalho.


Me
Aqueça
Pra eu não
Embolorar.

Dia do Escritor

Esther Vacchi Passos

Escreve poesias feliz e contente
Semeia escritos como presente
Cria palavras lindas de repente
Razão tem de seguir em frente
Incomodado escreve ausente
Trovas, crônicas, independente
Onde quer estar funciona mente
Regada de palavras competente
Onibus biblioteca (Biblioteca Municipal) estacionado no parque da Rua do Porto

Ponto Final

                                                             Cornélio T. L. Carvalho
Se eu cruzar pelo teu caminho
por favor, não fales comigo !
Assim preferes, adivinho
se jaz sem viço o zelo antigo


Contudo, se em teu descaminho
quiseres auxílio ou abrigo,
préstimo, cuidado ou carinho
vem, pede, e encontrarás o amigo.


Segue, pois, apressa teu passo,
obedece à tua consciência!
E não cuides pelo que faço


Ou penso, exteriorizo ou digo.
Pois na insensatez da inocência.
Supliquei-te como um mendigo.

Livros sendo distribuidos pela Biblioteca Publica Municipal

Gula

                                                         Rosani Abou Adal (Jornal Linguagem Viva)


Uma gula sem fim
O prazer desnutrido
Comeu os farelos da Alma
***********
O homem que maltrata os Animais
não é dígno da própria vida
Um verme sem alma
******
A mulher a beber
as próprias palavras
na mesa de um bar
******
Um sushi feito
de sangue e medo
Escritoras distribuindo prosa e poesia

Nona
Ana Marly de Oliveira Jacobino


A nona sabia falar a linguagem das galinhas com o tempo suas filhas e as filhas das suas filhas aprendem com ela. No sítio os homens entendem os bichos. Moro na cidade. Já esqueci a linguagem dos galináceos. Uma pena daquelas bem penosas!


Deixo aqui neste Espaço o meu profundo agradecimento para todos os Grupos Literários, a Biblioteca Pública Municipal, a Casa do Amor Fraterno, ao Jornal de Piracicaba, Jornal Linguagem Viva, Tribuna de Piracicaba e a todos os colaboradores e participantes desta manhã tão criativa no Parque da Rua do Porto em Piracicaba!

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Convido você a assistir o "Choro de Prima" um chorinho prá la de bom; clique no endereço abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=jd57ziEKKr0

sábado, 24 de julho de 2010

E a festa continua na Agend@!


OS QUATRO TEMPOS(Quatro sonetos)

                                                            Zé Rui Kleiner (Para Vinicius )
I – PASSADO
Houve um tempo qual se ouviu sentimento
Que a vantagem se errava nos trajetos
Cuja maior chantagem era um gesto
De cantar na janela sob o vento.


Nossa dor se media nos infestos
Bailes regados aos doces momentos
Os quais, ciúmes dos atrevimentos,
Embarcavam em fúteis manifestos.


Alcancei-me, porém, dessa janela
Em que passei por mim distorcido
Como se eu fosse apenas uma tela


Passados tempos, dias encolhidos
Percebi meu passado sentinela
Da janela vi um ser desvanecido.
                                                    foto: jpg - i.olhares.com/data/
No abandono de mim

                                                 Ondina Bueno Toricelli (Bragança Paulista)


Sozinha, por onde passo
lágrimas deixo em terra batida
trilhas riscadas em chão esgarço
desesperançada, descontente, perdida.


ramos virentes suspiram
pesados de água sobejas
suavemente nos braços atira
diáfanas gotas, brilho de estrelas.


ouço no sussurro do vento
o demorado abraço ardente
é boreas que zeloso beija
as flores flavas cadentes.


nem os pirilampos vagueiam
lustrando o vergel umidecido
pelas gotas chorosas da noite
pelos meus sonhos perdidos.

Oh! estrela D`alva desencontrada
empresta-me do seu brilho rutilante
ilumina meus passos incertos
de beduino no areal causticante.
                                                          foto: jpg - 4.bp.blogspot.com/

OS GEMIDOS DA VIOLA
Juraci Toricelli - Bragança Paulista.


É com o galo da campina
fazendo coro com uma estrela divina
num idílio enciumado
que a vida ecoa nas noites do sertão


A flagrância, o aroma sufocado
no suspiro da flor, sonhos de namorados
a harmonia da viola que chora
traz uma dor no coração .


O silencio da noite então desce
indolente, o gemido cresce
É o palpitar da viola faceira
na cantiga em homenagem ao luar.


São vibrações amorosas
lamentos, saudades desditosas
É o harpejo que rola
nos deixando a sonhar.
foto: academiaparanademusica.com.br



A MINHA VIDA...
Richard Mathenhauer
... é
como o ranger
do assoalho podre
destas velhas casas
que aos poucos se foram
deteriorando, ora pelo tempo,
ora pelo descaso dos humanos.
É como os jardins abandonados
com seus bancos carcomidos
assim como carcomida a Banhista
num lago seco e tomado de mato.
É como as paredes
trincadas com seus
motivos florais desbotados
nos papéis-de-parede
que se vão soltando
como se se soltassem
para a queda final.
É como as janelas
sempre fechadas e cujas madeiras,
tais quais as das portas,
duplas e imensas
que perderam a cor
e aos poucos vão-se
desfazendo na voracidade
dos cupins.
A minha vida é assim
como estas antigas
e velhas casas onde não há móveis,
e se os há, há poucos
abandonados e quebrados
nalgum canto ou no centro da sala...
Casas velhas e antigas
povoadas por fantasmas e
memórias e memórias de fantasmas;
todavia, ainda em pé!
Evocando naqueles que as veem
uma imagem do que foram
e do que poderiam ser."

O que sou eu?

                                                              Edson Antonio Di Piero.
O que sou eu?
Um humano.
Um cristão.
Um romântico.
Um pobre diabo.
O que sou eu?
Uma simples pessoa.
Uma humilde alma.
Sou pensamentos.
Sou sonhos.
Quero ganhar o mundo.
Quero ser feliz.
Só quero ser alguém.
Qualquer alguém.
Não tenho identidade.
É tão difícil ser alguém.
Será que é tão difícil ser amado.
Será que é tão complicado assim.
A felicidade é rara.
É raro me sentir feliz.
DIA DA VOVÓ

                                                               Esther Vacchi Passos


Parabéns vovó, você é meu xodó
Desejo sempre estar contigo
Sorriso meigo pelos anos marcado
 Com você encontro verdade e abrigo


 Risada gostosa em qualquer tempo
Tem cheiro e sabor de bom tempero
Ovo quente e bolo a qualquer momento
É tão facil te amar, amor sem preço


Seu jeito de andar, de servir e de amar
 Está sempre pronta a me aconchegar 
 Paz nos desenganos e sorrisos de montão


 Pedi a Jesus para o tempo não passar
 Somente em teus braços me abandonar
 Eu te amo vovó, com ternura no coração.

                                              Mais do Sarau Literário Piracicabano

Ouça: Ana Lucia Stipp Paterniani (flauta transversal e voz), Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz); Galvani Luppi (voz)


Insensatez-Composição: Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes

http://www.youtube.com/watch?v=89Rii1bT7_k

Convite para você


                                Sarau Literário Piracicabano de 17 de Agosto de 2010


** Sarau Dr. Losso Netto: HOMENAGEADOS: Drº Losso Netto (100 anos de nascimento) do Jornal de Piracicaba e as “Musas dos compositores- poetas”

                                                       Meu endereço no twitter

http://twitter.com/AnaJacobino

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Festa Literária Julina na Agend@!

 A beleza poética do Sarau Literário que aconteceu no  dia 13 de Julho
À MINHA IRMÃ _ Maria Lídia Stipp Paterniani natural de Piracicaba,  cientista pesquisadora da ESALQ (falecida em 2009 no auge da sua carreira acâdemica deixou uma lacuna na comunidade científica brasileira)
Por: RICARDO Stipp Paterniani


M ais uma estrela despontou no céu.
A inda sinto forte a sua presença.
R eluzente estrelinha que brilha sem cessar.
I rradia-nos a sua luz como lembrança,
A gora apenas em fotos, nos porta-retratos e álbuns de família.


L á eu sei que estás ao lado do nosso pai,
I nteligente como sempre e acima de tudo.
D ia desses, eu sonhei com você.
I ngênuo sonho que foi,
A braçava-me carinhosamente como uma criança,


S oltei-me aos seus braços ternos,
T ernura, quanta ternura num abraço de irmão.
I rmã querida, quanta falta nos faz.
P rincesa da sabedoria,
P rofessora minha na infância e na juventude.


P ara a Itália fez a sua última viagem.
A prender com o mundo era um dos seus maiores desejos.
T rabalhava sempre com dedicação e amor para a ciência das plantas.
E ngenheira agrônoma, colega de profissão,
R epresentava muito bem a nossa classe em sua bela didática e majestosa pesquisa.
N ão existiam fronteiras para o seu eterno aprendizado.
I ntegralmente se entregou à luta, à ciência, à fé, à vida.
A gora a Deus, nosso pai e criador.
N avega, então, agora em outros mares, em outros céus, em outra vida.
I rmã querida, vai adiante, vai além, vai longe, vai mais e mais longe....

foto:jpg - we.magma.jp/~crane/others/falling%20star.jpg
DESTINO
(GIAN CARLO DE CARVALHO)

Cavalguei entre abraços e beijos

No amor e no ódio
Na angústia dos desejos
na covardia e gestos heróicos.


Cavalguei sobre feras
Na loucura da sensatez
Enlouqueci primaveras
Entorpeci juras de lei.


Cavalguei nos dias de culpa
E numa noite fria te encontrei
E tu cavalgavas nua
Quando teus lábios molhei.


Hoje apenas ando
Deixei o cavalgar a outro aprendiz
E tu vestes o canto
Que da minha garganta ecoa feliz
                             http://www.bicodocorvo.com.br/animais/mamiferos/fotos-de-cavalos-de-raca
Ahfricote

                                                                        Paulo Paterniani
Pés-quiçá de oni-pião:
O fútil bol
é o piu do povo?

                                                                 Alienados

                                                          Dirce Ramos de Lima
Pode parecer bobagem,
mas, estou vivendo entre selvagens!


Aqui, literatura só de cordel
que usam na feira pra vender pastel:
moça bonita não precisa de real
mas, se me beijar pega mal...


Dizem até que prosa e verso,
servem pra nada,
não dá dinheiro!


Estou no lugar errado.
Preciso voltar ao meu terreiro!
Poetas já foram chamados de loucos!
Hoje somos apenas diferentes.
E, quando a multidão agitada ameaça,
abaixo a cabeça e sigo em frente.
Vou á procura de meu povo,
meus escritores, meus poetas,
minha gente...


                                                              Convites e mais convites ...



SESI VIAGEM TEATRAL APRESENTA  "DEOLINDO E GENOVEVA"
Dia 24/07 sábado as 20hs e 25/07 domingo as 19hs

Baseada no conto Noite de Almirante, de Machado de Assis, a peça conta a história de uma trupe de camelôs e fanfarrões. Tendo como chamariz um imenso boneco, ela se instala numa praça da cidade e ao som de corneta, bumbo e tarol com o intuito de atrair o público para a sua apresentação. ..
Local: SESI Piracicaba - Av. Luiz Ralph Benatti, 600 - Vila Industrial.



Capacidade: 330 lugares
Entrada: Franca – os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início da apresentação.
Duração: 100 minutos
Gênero: comédia
Classificação Etária
14 – Não recomendado para menores de 14 anos.
Tema: sátira, engodo, amor e traição.
Conteúdo: cena de insinuação sexual e amorosa.
Modalidade: adulto
Informações: (19) 3403-5900/ 5928

GARFIELD – UM SHOW DE ANIVERSÁRIO!

Uma mega produção é atração de férias para toda família em Piracicaba.
ESPETÁCULO MUSICAL PARA TODA A FAMÍLIA

Nesta comédia musical de 60 minutos tem de tudo para divertir e encantar crianças de todas as idades:


25 de Julho – Domingo
Horário: 17h
Local: Teatro Municipal Dr. Losso Neto.
Av. Independência, 277 – Centro.
Telefone: (19) 3433-4952

                                                                                Música Maestro


Assista e cante junto com os Músicos do Sarau Literário Piracicabano: Interpretação de Ana Lucia Stipp Paterniani (flauta transversal e voz), Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz); Galvani Luppi (voz)

Lobo Bobo- composição:Carlos Lyra/Ronaldo Bôscoli

http://www.youtube.com/watch?v=Siti8d0Ocd4