quarta-feira, 29 de junho de 2011

Poesia Infantil é coisa para adulto ler, também!

"A poesia infantil, pode ser a personagem principal da vida de uma criança e para isto, acontecer ao seu lado um adulto precisa ler e ensinar-lhe, o valor deste mundo tão emblemático, especial e motivador dos seus versos marcados nas suas estrofes envolvido na poesia!"                 Ana Marly de OLiveira Jacobino
                          Os "limerick" são poeminhas  -Tatiana Belinky

              Os "limerick" são poeminhas
              Que sempre só têm cinco linhas,
              Contando, rimados,
              Uns "causos" gozados:
              Estórias bem piradinhas.
Sonhar é preciso (infantil)_Ana Marly de Oliveira Jacobino http://www.recantodasletras.com.br/infantil/2974786
Uma estrela cadente
Caiu no meu quintal
Do seu fogo ardente
Alguém sobrenatural
Fala assim docemente.
Maria olha lá! Maria, olha.
#Maria faça um pedido
Pois, hoje vai se realizar
De repente, um gemido
A menina caiu a chorar.
Debruçada no vestido.
Maria olha lá! Maria, olha.
#Olhou para sua estrela
Pediu com imaginação
Queria ser a Cinderela
Para ganhar o coração,
Daquele moço da janela
Á quem tem uma afeição.
QUEM COCHICHA O RABO ESPICHA ( Anne Lieri)
                            _http://menina-voadora.blogspot.com/

Quem cochicha o rabo espicha!
É o ditado que diz!
Feito rabo de lagartixa
Quem cochicha não é feliz!
#Cochicha com a coleguinha
Falando de outra pessoa,
É coisa feia e mesquinha
Além de tudo, magoa!
#Cochichando bem baixinho,
Cochichando devagar,
Cochichando ligeirinho,
Cochichando a sussurrar!
#Quem cochicha se estrumbica
Porque vive a fofocar!
Até que sozinha fica
Ninguém vai querer brincar!
História pra fazer abelha dormir _Ana Marly de Oliveira Jacobino

            http://www.recantodasletras.com.br/infantil/2971554

Vou lhe contar uma história...
Uma tal de abelhinha voadora
Certa manhã perde a memória
No interior de um pé de ixora!
#Quem sou Eu? Quem sou EU?
O zangão ZãoJoão para brincar
Responde com a voz de trovão
_Você é um pássaro a gorjear,
Com este seu enorme narigão!
Quem sou Eu? Quem sou EU?
#A sua mamãe uma abelha-rainha
Marca consulta com uma doutora
Que sem fazer alguma abobrinha
Descobre ser ela a compositora!
Bzzzzzzzzzzzz! Bzzzzzzzzzzz!
#Ao voar pelos céus da cidade
Abelhinha nunca perde a pose
Agora, que é uma celebridade
Mora num tenro pé de couve!
Bzzzzzzzzzzzz! Bzzzzzzzzzzzzz!
          Hoje é dia de São João (Chica)
                        http://sementinhasparacriancas.blogspot.com/
Hoje é dia de São João

vai ter festa pra brincar
fogueira e muito balão
vamos todos nos esbaldar!
#Vai ter pipoca,docinhos
bandeirinhas pra enfeitar
vamos, vamos, amiguinhos
vai ser festa de arrasar!
#Quem vai querer ir comigo
nessa festa de São joão?
Quero levar todos os amigos
que caibam no coração!
  Obrigada!(infantil)_AnaMarlydeOliveiraJacobino        http://www.recantodasletras.com.br/poesiasinfantis/2996926                                                                                                         Nas
Nas aulas de boas maneiras
Quando ainda era uma criança,
E, antes de fazer uma asneira
Eu recebi uma bonita herança.
Obrigada! Obrigada! Obrigada!
#Mamãe ensinou- me a palavra
Que aprendeu quando menina
Amigo! Acredite em sua lavra,
Da doceira-poeta Cora Coralina.
Obrigada! Obrigada! Obrigada!
#Aquela velha escritora goiana,
Sábia! Com sua voz açucarada
Contou que mesmo a soberana
Precisa aprender falar: obrigada!
Obrigada! Obrigada! Obrigada!
                                                           Convites:
Sarau Literário Piracicabano: Tema_  Românticos
Dia 19 de Julho (terça) - Às 19h30
O Sarau mais charmoso da cidade”
Teatro Municipal Drº Losso Netto em Piracicaba Venha ouvir Poesia, Música, Teatro...
Entrada Franca (lotação 100 lugares retirar na bilheteria do Teatro Municipal).
                                                              Homenageados:

                                                               Educativa nas Letras
                             Poeta e escritor português- Miguel Torga

                                           Aconteceu ontem em Piracicaba... 
Formatura dos Contadores de História da Prof. Carmelina Toledo Pizza na Biblioteca Municipal de Piracicaba (foto by Ivana Altafin)
                         Fotos by google

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bruno Lúcio de Carvalho Tolentino, um poeta brasileiro!

" Escrever vai além das palavras belas, escrever é mostrar a inveja, ódio, rancor..., enfim, a  imoralidade oriunda da  morte da alma,  transmitida pelo "Homem" ! Ana Marly de Oliveira Jacobino
              Bruno Lúcio de Carvalho Tolentino Nasce, em 1940, numa tradicional família carioca, convivendo desde criança com intelectuais e escritores próximos à família, entre eles Cecília Meireles (a quem o poeta sempre se refere carinhosamente como Tia Cecília), Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Primo do crítico literário brasileiro Antonio Candido e da crítica teatral Bárbara Heliodora, seu trisavô, Antônio Nicolau Tolentino, foi conselheiro do Império e fundador da Caixa Econômica Federal. É instruído em inglês e francês ao mesmo tempo de sua alfabetização no português.
Publica em 1963 seu primeiro livro, "Anulação e outros reparos". Com o advento do golpe militar de 1964, muda-se para a Europa a convite do poeta Giuseppe Ungaretti, onde vive trinta anos, tendo residido na Inglaterra, Bélgica, Itália e França. Leciona nas universidades de Oxford, Essex e Bristol e trabalha como tradutor-intérprete junto à Comunidade Econômica Européia. Publica em 1971, em língua francesa, o livro "Le vrai le vain" e, em 1979, em língua inglesa, "About the Hunt", ambos bem recebidos pela crítica literária européia. Sucede o poeta e amigo W. H. Auden na direção da revista literária Oxford Poetry Now.

                         O ESPÍRITO DA LETRA (Um poema de "A balada do cárcere")
Ao pé da letra agora, em minha vida
há a morte e uma mulher... E a letra dela,
a primeira, me busca e me martela
ouvido adentro a mesma despedida
#outra vez e outra vez, sempre espremida
entre as vogais do amor... Mas como vê-la
sem exumar uma vez mais a estrela
que há anos-luz se esbate sem saída,
#sem prazo de morrer na luz que treme?!
O mostro que eu matei deixou-me a marca
suas pernas abertas ante a Parca
#aparecem-me em tudo: é a letra M
a da Medusa que eu amei, a barca
sem amarras, sem remos e sem leme...
        Rio de Janeiro em 1940 cidade em que nasceu Bruno Tolentino
Tolentino retorna ao Brasil em 1993, publicando o livro "As horas de Katharina", escrito durante o período de 22 anos (1971-1993), ganhando com ele o Prêmio Jabuti de melhor livro de poesia de 1994. Em 1995, publica "Os Sapos de Ontem", uma coletânea de textos, artigos e poemas originados de uma polêmica intelectual com os irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos, que nesse livro serão os principais alvos de sua "língua ferina entortada pelo vício da ironia", frase que Bruno usou durante uma entrevista em que lhe foi pedido "um perfil abrangente de si mesmo".
Bruno publica derradeiramente em 2002 e 2006, respectivamente, os livros que considerou como a culminação de sua obra poética: "O mundo como Ideia", escrito durante quarenta anos (1959-1999), e "A imitação do amanhecer", escrito durante 25 anos (1979-2004). Ambos lhe renderam o Prêmio Jabuti, prêmio já alcançado pelo autor em 1993 com "As horas de Katharina", tornando-o assim o único escritor a ganhar três edições do prêmio, considerado o mais importante da literatura brasileira. Bruno também recebeu, por "O mundo como Ideia", o Prêmio Senador José Ermírio de Morais, prêmio nunca antes dado a um escritor, em sessão da Academia Brasileira de Letras.

Tolentino, que tinha Aids e já havia superado um câncer, esteve internado durante um mês na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde veio a falecer, aos 66 anos de idade, vitimado por uma falência múltipla de órgãos, em 27 de junho de 2007.
# Prefácio de seu livro "A balada do cárcere", lançado em 2006 pela editora Topbooks.
Jornal de Poesia Seleção de poemas, ensaios e fortuna crítica
IMITAÇÃO DO AMANHECER, A Autor(es): Bruno LÚcio De Carvalho Tolentino Editora: GLOBO Área(s): LITERATURA BRASILEIRA
Preço: R$ 42,00
                                  Com A imitação do amanhecer, Bruno Tolentino revisita a cultura do Ocidente e se afirma como um dos importantes sonetistas na poesia contemporânea do Brasil. A imitação do amanhecer, o mais recente livro de poemas de Bruno Tolentino, reúne 539 sonetos escritos ao longo de 26 anos, entre 1979 e 1994. O livro, dividido em 3 partes chamadas de movimentos, é precedido por um soneto intitulado Em frontispício, que situa seu projeto poético. A epígrafe do soneto, um versículo de Joel, estabelece as finas relações que o poeta delineia entre o cristianismo e as orientações para a vida humana, sendo desdobrada criticamente no próprio poema. Afora este soneto de abertura, que possui título, os demais são apenas numerados, dispostos em 3 longos movimentos. Cada um dos movimentos, por sua vez, define sua modalidade de andamento musical e se inspira em epígrafes de Borges, que giram em torno das relações entre tempo e eternidade. Os poemas obedecem aos esquemas clássicos de rimas dos sonetos e a métrica é geralmente de versos com 12 sílabas. As epifanias (andante spianato) é o título do primeiro movimento, composto de 193 sonetos. Como se vê pelo título, são poemas que almejam ser simbolicamente reveladores enquanto manifestações do divino, mas em andamento moderado, entre o adágio e o alegro. A epígrafe de Borges situa o problema a ser trilhado: não o tempo (no fundo, uma ilusão), mas a eternidade. Das imagens e instantes só há sobras, reconstituídas pela imaginação. A dominância desse movimento é a experiência subjetiva no mundo, no caso, uma cidade específica, Alexandria, recorrente em todo o livro. E se a história de um sujeito é apresentada, isso não ocorre de forma linear e nem há propriamente uma narrativa, mas fragmentos de enredo que podem sugerir iluminações poéticas, e que não se inserem numa cronologia mas, antes, num movimento permanente entre presente e passado.

                                       Sarau Literário Piracicabano: Tema : Românticos
                                Miguel Torga escritor e poeta português
                                  Dia 19 de Julho (terça) - Às 19h30
O Sarau mais charmoso da cidade”
          Teatro Municipal Drº Losso Netto em Piracicaba
               Venha ouvir Poesia, Música, Teatro...
                  Homenageados: Poeta e escritor Miguel Torga e Educativa nas Letras
Entrada Franca (lotação 100 lugares retirar na bilheteria do Teatro Municipal).

Programaçao de Julho do Museu Prudentede Moraes
1) Exposição com objetos do acervo do Museu: “Revolução Constitucionalista de 1932”

Uma parceria com a Prefeitura Municipal de Piracicaba através da Secretaria da Ação Cultural.
Tema: “Revolução Constitucionalista de 1932”
Período: 8/07 a 31/07


2) Exposição: “Alma Piracicabana – Edson Rontani”

Uma parceria com a Prefeitura Municipal de Piracicaba através da Secretaria da Ação Cultural.
Tema: “Alma Piracicabana”
Técnica: pinturas à óleo
Período: 7/07 à 5/08
Local: Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes.
Horário: De terça a domingo, inclusive feriados das 9 h às 17 h.
Informações: (19) 3432-2148
Entrada gratuita 
                           foto: google

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Festa de São João é poesia aqui na Agend@!

" A cultura e a religiosidade de um povo pode ser avaliada pelo teor das suas festas! As festas juninas são uma demonstração clara da interação do profano com o religioso em uma alegria espocada nos fogos e na fogueira!" Ana Marly de Oliveira

Caderno do Sarau Literário Piracicabano (Sarau Cantigas da Infância)  de 14 de Junho de 2011 (última Parte)

                    Triste ciranda junina_ Leda Coletti.

Multicor balão
se intumesce,
resvala o chão,
balança,sobe
qual rojão
e desaparece
sobre o capão.
No céu remexe
dançando sambão.
De repente estremece,
dá um escorregão
e, no mesmo instante,
cai como um tufão,
faiscando o verde talhão.
Um braseiro arde,
refulge na escuridão
e o que era o coração
do canavial verdejante,
é agora quase carvão,
só paisagem cruciante.
                   Festa Junina _ Esther Vacchi Passos

Dançando de vestido caipira,
no sereno que cai na quadrilha,
que anima a festa de Santo Antonio,
com quentão, vinho quente e pipoca,
paçoca, pamonha, milho verde e curau
arroz doce, canjica e cocada.
Casais apaixonados fazem promessa ao Santo casamenteiro.
Na fogueira de São João, toma quentão
e aquece o coração, ao som do violão e da lua cheia.
Depois vem São Pedro com a chave do céu,
vamos homenagear com preces, batata assada na
brasa da fogueira, e soltar muitos fogos
dando um viva a festa junina.
             Manhãs de sol _Dirce Ramos de Lima
Quando o dia amanheceu
o sol entrou pela janela,
e, a mulher que vivia só,
ficou indiferente, quieta na cama:
ninguém procurou ou perguntou por ela....
O dia continuou claro,
agradável, radiante,
cada vez mais bonito,
e, a mulher que vivia só,
passeia agora com os anjos,
entre as nuvens,
lá no alto,
no infinito....
O Sol Nas Tardes de Abril _ Maria Madalena Tricanico de Carvalho Silveira


Vai terminar o dia...
Tenho a felicidade de voltar
Para casa vendo o ocaso
Tanta tristeza, depois de um dia
que fiz tudo que devia,
Mas, nada que queria...
Paro e fico olhando para você!
Brilha igual para todos,
Mas, para mim, você brilha forte.
Quanto mais triste estiver
o meu coração,
mais intenso é o seu brilho.
Amanhã, você voltará
com toda sua força, e eu,
a cada por do sol,
morro um pouquinho
de tristeza e solidão.
      As Flores de Lorca (primeiro ensaio)- Richard Mathenhauer -
A voz foi calada
E os olhos vedados
Suas mãos não escreveriam
Seu desejo de viver
“com o menino que
Queria cortar o coração em alto mar.”
Seus olhos não veriam Granada,
Nunca,
Nunca,
Nunca mais.
Mataram-no
À beira da estrada
E sobre o corpo anônimo
Nasceram ervas e flores
Coloridas, e amarelas
Da cor da covardia,
E outras vermelhas de paixão.
A poesia se é adubo d’alma
O corpo por vezes serve à fertilidade da terra.

                    Aquel beso_ Ângela Reyes


Recuerdas aquel beso robado de adolescente?
Fué en el atrio de la iglesia y había luna llena,
corrí asustada, temblava de emoción y de miedo.
Es grave pecado dijo mi abuela!
Al día siguiente lo confesé y...
Prometí no hacerlo de nuevo.
Fué mi primer beso...y que beso...
Aún me quema.....
Luego decidí:
Ah, Que me reprenda el cura
y me castigue la abuela,
yo quería pecar de nuevo.
Hoy, el otoño se llevó mi mpromavera,
pero todavía quedan hojas verdes
en el árbol de mi existencia.
Ya es invierno y tengo frío,
arrópame con tu cuerpo,
aviva el poco fuego que me queda.
Y devuélveme aquel beso.
          Casamento (nanoconto) Ana Marly de OLiveira Jacobino

As palavras vão surgindo no papel. Um diálogo se faz presente! A conversação expande para além da folha de papel. A amizade vira namoro. Ele um pobre papel. Ela uma caneta MontBlanc. Tudo vai terminar no altar da editora. A união vira um romance!
                                        Saiba das Novidades:
Conjunto Caleidoscópio nos envolve com sua música:
http://youtu.be/2fsFNU7Np-s
A felicidade de todos no ensaio do sarau das cantigas em saber que tudo iria ficar lindo (Nice, Ana Marly, Suzana, Carlos, Bene e Livia
Confraternização pela alegria do sucesso de mais um sarau (uma parte dos amigos)
Ana Marly, Ivana Marisa, Bene, Livia e Idamis


Reunião Intemediária do CLIP para os últimos ajustes para a publicação do livro de poesia infantil (Luzia, Lidia, Lurdinha, Raquel, Ana Marly e Leda)
Sarau dos Contadores de historia
Carmelina Toledo Pizza  e a formanda Leda Coletti (na foto)convidam para o
sarau de encerramento do curso de contação de histórias, na 3ª feira, dia 28/06 às 19h:30min. na Biblioteca Municipal. quando haverá um bazar de artesanato da Instituição Rumo (beneficente).

Fotos by google e Ana Marly

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arte; como um todo faz emocioanr e vibrar...Agend@!

"Transloucado é o "Homem" que não se encontra nas vias doadas pela Arte!" Ana Marly de OLiveira Jacobino
Sarau Literário Piracicabano(Sarau Cantigas da Infância) de  14 de Junho de 2011_ Parte 3
 Envolva-se com as cantigas junto ao Conjunto Caleidoscópio: Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz); Lívia na percussão, Bene (voz):      http://youtu.be/2fsFNU7Np-s

                                                          Marcha Soldado
Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acuda acuda acuda
A bandeira nacional
               O Sarau do Castelo (Castelo Sol-Lá-Si) _ Eunice Zen Verdi

No castelo Sol-Lá-Si
A vida é tão divertida...
Imaginem vocês...
Aqui tudo vira festa
Agora tem até artistas;
músicos, escritores
poetas, dançarinos...
palhaços...e até cantores...
Aos domingos, que beleza!
O castelo vira palco
Nesse encontro...que alegria!
O assunto é poesia...
mas, a parte mais gostosa
é a merenda apetitosa,
da querida Ana Marly.
Ela traz muitos quitutes,
Feitos com muito esmero,
Tem sucos deliciosos.
Parecem poções mágicas!
Tem os chás quentinhos...
Verdadeira alquimia!
Que tornam o ambiente
Em suave sintonia!
No castelo Sol-Lá-Si
A vida é só alegria.

          Árvore Centenária__Elda Nympha Cobra Silveira
Na campina entre árvores amigas vivia uma árvore centenária. Durante anos, rodeada das companheiras amigas, lamentava terem sido elas abatidas e levadas para as serrarias. Não sabia nem a razão por que havia sido poupada. Restara ela, como um monumento naquela planície, bafejada pelos raios do sol, que lhe servia como pano de fundo. Com seu ar majestático aquela árvore centenária sentia, ao mesmo tempo, vaidade e orgulho de sua idade. Na verdade esses sentimentos tinham uma razão: ela era a remanescente de uma floresta.
Certo dia ficou preocupada quando, de repente, o céu foi se tornando carrancudo e um forte vento veio levantando poeira das clareiras e arrancando folhas de onde elas estivessem. Como uma árvore frondosa e centenária conhecia a natureza e, logicamente, toda essa loucura que o vento costumava fazer, espantando os animais, que corriam desabaladamente, com as crinas soltas ao vento.
O vento sacudia aqueles galhos que vergavam como caniços, as folhas aturdidas eram levadas para longe deixando a vetusta árvore, em pouco tempo, com espaços desnudos no meio de sua copa densa. Mesmo que seu tronco fosse grosso e forte, estava em perigo. Tanto, que a árvore centenária foi atingida por um raio e parte da sua copa veio ao chão. Uma seiva grossa começou a escorrer daquele tronco e nas chagas abertas um frio cortante penetrava, fazendo congelar aquela substância que fluía pelo seu corpo vegetal. Um cheiro de madeira queimada e de fumaça exalava pelos ares soturnos e enegrecidos. A vetusta árvore não sabia bem se o que escorria pelo seu tronco era sangue ou lágrimas.
Será que acabaria assim a sua vida naquela campina, onde poucas árvores ainda sobreviviam ameaçadas pelo machado ou pela motosserra? Como um baluarte de sobrevivência, a árvore centenária fora poupada muitas vezes porque ainda existiam compaixão e senso de valores na humanidade. E foi dessa maneira inexorável que a árvore centenária tombou, caindo pela força de um raio e não pela mão do homem. Mesmo que não tivesse mais serventia nem como madeira, talvez como carvão, caia sabendo que sua vida não fora em vão. Abrigara os pássaros, fizera sombra amiga, melhorara os ares com seu aroma, produzira sementes que frutificaram, e até era ainda bem visível no seu tronco um coração com dois nomes entrelaçados, entalhado a canivete. Além de tudo, portanto, dera e recebera amor...
                                 Identidade_ Luzia Stocco

De repente o retângulo ficou quadrado
e quadrada a vida é
Com pesos e medidas
a triangular a fé!
Dou um jeito no losango
Abraço o circular.
Afasto aquele com um pontapé
e no círculo eu ponho fé!
Quando me vejo desconhecida
de mim mesma, perdida
Reclamo da confusão
por mim estabelecida!
Com quatro cantos, quadrada
serei eu ou a vida?!
Arredondando as minhas crises
encontro uma saída
nas minhas raízes!


                       Governador 486_ Terezinha Sbrissa
Passado que habita meus sonhos; caminho em teu solo e me sinto de pés grandes, enraizados pelos ancestrais que se foram e pela vida que levam tantos entes queridos.
Em contemplação vejo passar a Lícia, Urgano, Sr. Aquilino, D.Mirtes Pacheco, o Renan, A Cora, a Juveni, Madalena, D.Laurinda, o Bispo D.Ernesto de Paula. Lembro-me de um dia, minha mãe foi ao cinema com a tia Vera e ficamos as crianças, sozinhas em casa. Certa hora bateu o medo e corremos para a casa do bispo, que morava na casa da esquina e nos acolheu com carinho.
Naquele quarteirão quadrado moravam meus tios, avó, primos e muitos vizinhos queridos. Faziam parte da família. Éramos tão unidos. No meio disto tudo ficava a fábrica, que no final do expediente virava um salão de festas ou um palco de teatro onde muitas crianças inventavam seus próprios jogos. Criação coletiva onde o futuro refletia-se no brilho dos nossos olhos.
Na outra quadra morava Walterly, amiga tão próxima que arrastei até os dias de hoje. Cedinho eu passava pela casa dela, onde quase sempre tomava uma gemada batida com leite em pó, que o pai preparava ao som do jornal da manhã da rádio Bandeirantes. Seguíamos a pé pela Governador, depois Rua Santo Antonio, Praça José Bonifácio, Rua Boa Morte e chegávamos ao colégio Piracicabano ,depois de dez quarteirões de papo. Sabíamos as chapas do carro dos pais dos nossos fãnzinhos e a conversa era sempre sobre eles. Na volta ela me acompanhava até a minha casa e dizia: agora você vai comigo até a minha e, assim ficávamos indo e vindo até acabar toda conversa.
Seu pai, Dr Walter Accorsi, nos levava a bailes, acompanhava em muitos eventos. Foi um pai carinhoso e presente
Diante dos escombros de todo o quarteirão onde morou minha grande família, Walterly me disse um dia: Vocês não tinham o direito de fazer o que fizeram com as minhas memórias.
Volto às raízes e me sinto mais forte. Venço os medos, faço perguntas, resignifico episódios. Torço a curva da vida e a dirijo. Recolho pedaços esparramados e busco a organização possível
Sei que neste meu caminho não haverá volta, mas nas voltas da vida, guardarei sempre um olhar agradecido àquela colina, que me deu na infância e adolescência abrigo.
E como diz Lya Luft: “Toda noite espreito os velhos quartos para ver se as memórias dormem direito. Moro nelas quando lembro”
Ria com a interpretação Especial de: Benedita (Bêne) Giangrossi _ Palhaça Xoanet e Lívia Foltan Spada. _ Palhaça Xarlet; clicando em:
                  http://youtu.be/U8SGAdaMj44

Cante as mais belas  cantigas junto ao Conjunto Caleidoscópio: Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz); Lívia na percussão, Bene (voz):     
                                     http://youtu.be/gs38CNiRlsg
Convite:
SESI Piracicaba apresenta

           HILDA HILST – O ESPIRÍTO DA COISA _ No monólogo, a criatividade de Hilda Hilst é personificada e incumbida  de apresentar os mundos pessoal e imaginário da escritora. Ganhadora do Prêmio APCA, na categoria de melhor atriz, a peça será encenada nos  dias 23 e 24 de Junho as 20h. A entrada é franca.
Local: SESI Piracicaba – Avenida Luiz Ralph Benati, 600 - Industrial

Data e horários: dias 23/6 quinta e 24/06 sexta às 20h.
Entrada: Franca – os ingressos serão distribuídos uma hora antes de cada apresentação.
Capacidade: 300 lugares
Gênero: drama
Duração: 85 minutos
Recomendação etária: Não recomendado para menores de 16 anos.
Informações: (19) 3403-5928


fotos: google e Ana Marly

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Poesias e muitas novidades acontecem aqui na Agenda!

"Vibrar com as conquistas do ser humano,  conhecido ou não da nossa roda social é a melhor maneira de crescer nos valores e na alegria"! Ana Marly de Oliveira Jacobino

Publicações do Caderno do Sarau Literário Piracicabano (Sarau Cantigas da Infância)    14 de Junho de 2011   _Parte 2
     Último Suspiro _Ana Marly de Oliveiras Jacobino

Sinto-me grata ao saber
Que no final dos meus dias
Ele esteja no meu leito
Como amigo, companheiro, namorado...
Neste dia em que me retiro
Sentir o doce sabor desta relação!
Sinto-me grata por ver
Nos seus olhos marejados
Tão repleto de amor e dor
Sentir; o quanto está apaixonado...
E entregar neste último suspiro
Eflúvios de profunda gratidão!
                          Vidas Entrelaçadas _Aracy Duarte Ferrari

#Olho-me perplexa ao espelho
Semblante refletindo o tempo.
Rugas vulneráveis expressam meu olhar
Integram sempre meus ais.
#Relembro amores, dores e odores

Momentos em que o coração bate forte,
Descompassado… arrítmico.
A sentir o passado no presente
#Vidas entrelaçadas
Em ritmo exclusivo e pessoal.
Do interior ao exterior
Nada será casual.
Noite de muito frio, noite de se aquecer com as cantigas da nossa infância e o público compareceu e se alegrou !
                                  A CANOA VIROU

A canoa virou
pois deixaram virar
foi por causa de [fulana]
que não soube remar.
Se eu fosse um peixinho
e soubesse nadar
eu tirava [fulana]
do fundo do mar.
Siri pra cá
siri pra lá
[fulana] é bela
e quer casar.
                           Ouça e cante junto:
                  http://youtu.be/9O5sjcEe5Cc
Conjunto Caleidoscópio (Suzi e Carlos Furlan) enfeita com sua voz e alegria o Sarau Literário Piracicabano Cante junto:
http://youtu.be/gs38CNiRlsg

Aconteceu em Piracicaba
Piracicaba e o Estado de São Paulo celebra 180 anos da imigração alemãImigrantes alemães contribuíram para o desenvolvimento do estado em setores tão diversos como a indústria, o esporte, a arquitetura e a educação. Exposição relembra a trajetória dos pioneiros.
                                Ana Marly e a escritora Ruth Guimarâes
No dia 23 de maio, a Biblioteca Municipal recebeu a escritora e tradutora Ruth Guimarães Botelho, através da palestra “Discutindo Literatura.”
Nascida em Cachoeira Paulista, no dia 13 de junho de 1920, possui mais de 16 livros publicados, entre eles o marco inicial de sua carreira o romance “Água funda” lançado em 1946.
Ruth foi uma das primeiras escritoras negras a ganhar projeção no cenário brasileiro na década de 40, foi também responsável por obras como biografias, antologias e traduções de Dostoievski, Balzac e entre outros grandes nomes da Literatura.
Imortalizada pela Academia Paulista de Letras em 2008, foi grande estudiosa da cultura popular, inclusive aluna e discípula de Mário de Andrade. A autora também colaborou em muitos jornais de renome no País, como Folha de S.Paulo e o Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo.
Exposição RETROSPECTIVA da Artista Valdira Danckwardt
Da paisagem ao retrato, a artista plástica faz uma retrospectiva dos seus mais de 50 anos de carreira, sempre de forma autêntica e madura.
Visitação: 06 a 22 de junho      Salas Da Vinci e Monet
                       Valdira Danckwardt entre convidadas
Arte na praça: 2ª Feira de Artes aconteceu no  dia 12 de junho  

A Biblioteca Pública Municipal “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto”, com o apoio da Associação Piracicabana dos Artistas Plásticos (APAP), realizou a 2ª Feira de Artes. 
                                      Expositores da Feira de Artes
Manhã de domingo de muito sol, Arte e Música na Praça Cacilda Cavagioni em Piracicaba.

A Literatura se fez presente com trabalhos de vários escritores de Piracicaba e Região expostos no Varal Literário (foto: Ivana e Ana Marly)

fotos by Ana Marly