domingo, 27 de março de 2016

Servidão Humana...

" A única maneira de viver é esquecer a morte. A morte é sem importância. O temor dela jamais deveria influencias a menor das ações de um homem sábio..." Cronshaw , personagem poeta do livro Servidão Humana de W. Somerset Maughan deitado ao meu lado na minha cabeceira... Ana Marly De Oliveira Jacobino
Servidão Humana é o livro mais conhecido de William Somerset Maugham. Publicado em 1915, narra o fim da infância, a juventude e o começo da vida adulta de Philip Carey, um órfão, criado pelos tios no interior da Inglaterra na virada do século XIX para o XX, que sai em busca de conhecer o mundo e de se movimentar, nem sempre ileso, no meio de suas atormentadas paixões.
O autor da obra nasceu em Paris, em 1874, filho de uma rica e nobre família inglesa. “Perdeu os pais com dez anos de idade, passando a viver com um tio na Inglaterra. Fez os primeiros estudos na King´s School de Canterbury e depois viajou para a Alemanha, matriculando-se na Universidade de Heidelberg. O ambiente cultural e artístico despertou-lhe a vontade de escrever, ideia veementemente recusada pelo tio. Assim, retornou à Inglaterra e propôs-se a estudar medicina em Londres, com a esperança de dedicar-se secretamente à literatura. O êxito alcançado pelos primeiros romances levou-o a abandonar a medicina para dedicar-se apenas à literatura...
"Servidão Humana é o livro mais conhecido de William Somerset Maugham. Publicado em 1915, narra o fim da infância, a juventude e o começo da vida adulta de Philip Carey, um órfão, criado pelos Os personagens de maior destaque, além do próprio protagonista, Philip Carey, são os seguintes: Helen, a mãe de Philip, que começa o livro em seu leito de morte; Sr. William Carey, tio de Philip, vigário protestante em Blackstable, pequena cidadezinha do interior da Inglaterra; sua esposa, Sra. Carey, tia de Philip e que lhe apresenta pela primeira vez os livros que o despertarão para a arte e para a literatura; Hayward, poeta idealista e levemente religioso que Philip conheceu em Heldelberg, e com quem manterá relação de amizade; Srta. Wilkinson, moça solteira conhecida de seus tios, com quem Philip tem um caso de verão; Fanny Price, confusa e miserável estudante de artes em Paris com quem Philip tem uma inquietante afinidade; Cronshaw, poeta maldito que lhe apresenta ‘o enigma do tapete persa’, e que morre desgraçado em um quarto da pensão do próprio Philip; Mildred Rogers, garçonete desprezível e sem atrativos físicos ou intelectuais por quem Philip se apaixona loucamente; Griffths, amigo de Philip, estudante de enfermagem, que o ajuda em sua doença e se relaciona com Mildred; Norah Nesbit, viúva jovem, escritora amadora, com quem Philip tem uma relação amorosa rápida porém harmoniosa; Sr. Athelny, foi paciente de Philip e se tornou seu amigo; Sally, filha de Athelny a quem Philip pede em casamento ao final do livro; e Dr. South, médico morador de uma vila de pescadores com quem Philip faz residência e de quem planeja ser sócio." entre e veja mais na editora Travessia postado por bmagalhaes40@gmail.com

segunda-feira, 21 de março de 2016

Dia Internacional da Poesia...

Dia Mundial da Poesia, 21 de março. Homenagem a Solano Trindade.Ana Marly de Oliveira Jacobino

Francisco Solano Trindade nasceu em Recife, no bairro de São José, filho do sapateiro Manuel Abílio, mestiço de negro com branca, e da quituteira Dona Emerenciana, descendente de negros e indígenas. No Recife, Solano estudou até o segundo grau e chegou a participar, por um ano, do curso de desenho do Liceu de Artes e Ofícios. Quando ainda era bastante jovem, nasceu o amor de Solano pela poesia e ele começou a compor seus primeiros poemas em meados da década de 20. No início da década seguinte, o poeta foi um dos organizadores e idealizadores do I Congresso Afro-Brasileiro, realizado em 1934 na cidade de Recife e liderado por Gilberto Freyre. Solano também participou em 1937 do segundo congresso Afro-Brasileiro, realizado em Salvador...Solano foi o grande criador da poesia “assumidamente negra”, segundo muitos críticos. Os livros lançados por ele foram: “Poemas de uma Vida Simples”, 1944, “Seis Tempos de Poesia”, 1958 e “Cantares ao meu Povo”, 1961. Como ator, participou dos filmes “Agulha no Palheiro” (1955), “Mistérios da Ilha de Vênus” (1960) e “O Santo Milagroso” (1966). Trabalhou também como artista plástico, pintando quadros a óleo, sendo que um quadro do artista hoje faz parte do acervo do Museu Afro Brasil

Neste Dia Mundial da Poesia o nosso tributo para Solano Trindade

E no Sarau Literário Piracicabano a poesia e a prosa poética acontecem...#Publicado no Caderno do Sarau Literario Piracicabano de 15/03/2016
DO QUE VOCÊ PRECISA? _Marielli Sbravatti Mari Sbravatti
De fato não preciso de mais sapatos. Preciso sim de calçadas novas para gastar as solas daqueles que habitam meu armário.
Não preciso de mais jaquetas. Preciso do vento quebrando no meu peito e desgastando o couro.
Não preciso de outros batons, por enquanto. Mas preciso movimentar os lábios. Preciso de beijos e rodas de conversa. 

Preciso usar meu vestido de poá. De preferência ao som de um bom e velho rock and roll.
Meus óculos de gatinho ainda não passearam pela Avenida Paulista.
A minha moto é o bastante se eu tiver estrada e gasolina.
Quero outras. Mas quero mais ousadia. Para ir mais longe.
Para zerar o velocímetro num final de semana.
Para tomar chuva sem medo de gripe.
Para subir a serra só para contemplar o horizonte.
Preciso "gastar" tudo o que tenho. Para começar tudo de novo.
Preciso de uma jaqueta descascada pelo sol.
Ou apenas de sol.

Retrato Inacabado _  Ana Marly De Oliveira Jacobino

No olhar triste, a vida esquecida, ou, não,
nada mais a explora!
Pincéis descolorem sem compaixão
o rosto desgostoso de Dora!

“Lembro-me... o quanto foi bela,
tinha uma covinha perto dos lábios!
Dedos entrelaçados nas mãos de Estela,
viveu feito uma luz a explorar um raio!”

No ir e vir do tempo tão fingido,
sua mão se solta da mão da sua irmã!
Óleo sobre a tela, agora, diluído,
separa as duas, num furioso afã!

Quem a viu tão linda naquele retrato,
cabelos anovelados pelo vento,
não sabe que o pintor tão insensato,
apaga sua imagem num momento! 
Único _ Angela Reyes Ramirez
Están reunidos los mas ilustre pesonajes para elegir al ganador del
premio novel en arte.
Famosos candidatos esperan ansiosos...
En el instante en que anunciarían al ganador; una voz femenina se
deeja escuchar en todo el recinto...
Es una mujer del pueblo. Simple, ignorante de la historia del arte
contemporáneo.
Silencio...todos los allí prsente se miran atónitos, nadie le conoce
ni convidó, ella sube al podio. Toma el micrófono y comienza a
hablar.: le miran mas con curiosidad que interés, algo burlonamente.
Ella dice: existe un artista al que olvidan todos los anos, es
multifacético, único, no hay otro mejor que él.
A, estas alturas todos están intrigados y le dejan libre para expresarse:
ella dice:..."mi amigo arquitectó un mundo en el cual se reunen mas
de las artes que logren imaginar.
La tersura y color a las flores, ensenó a cantar a los pájaros y a
silbar al viento, pintó crepúsculos y amenecers. Auroras boreales. Es
poeta, de allí las bellezas y grandezas de nuestro universo.
Él es rei,su túnica azul está bordada de soles, lunas y estrellas. Su
máxima creación fué el hombre y esculpe uma vida desntro de otra
vida.
Yo exijo que el premio sea dado a él.
Bajó del podio y salió calladamente..aplausos frenéticos se escucharon
a su partida y su amigo ganó el premio.

quinta-feira, 17 de março de 2016

La Negla e a sua voz...

América ajoelhe-se para cantar com Mercedes Sosa... leva a força do seu canto acompanhado ao som do violão de Gisele Maria Viccino dando “gracias a la vida”! Ana Marly De Oliveira Jacobino
“gracias a la vida”! Ana Marly De Oliveira Jacobino
O papel em branco na tela
regurgita na mão; imóvel
do poeta, as vozes mortas
caladas no sangue, pregam...
A morte; escarram palavras
obscenas, o estomago ronca
esvai a sonoridade; rompe
os versos, mata o monstro.
O tumor negro invade matérias
obscenas, o estomago ronca
a fome, cala a poesia, suga
consome o ar do pulmão.
O poeta delira sobre o teclado
contudo, o coração reclama
e a poesia derrama em dor
a voz retrai, morre “La Negra”...

A “voz dos que não têm voz”, assim, chamavam Mercedes, por ser defensora da independência, não apenas de sua pátria como de todos os trabalhadores. Sua voz unificava as Américas! Tinha um repertório que ia além das fronteiras da sua Argentina, reunia as principais canções de protesto do Uruguai, da Argentina e do Chile, Mercedes participou de discos em diferentes países, e consolidou sua presença na música latino-americana, como a voz mais difundida no continente ao longo dos anos 1970.
“Os poderosos podem matar uma, duas ou três flores, mas não podem impedir a chegada da primavera”.
Os poderosos podem matar um ideal, contudo, não matam a força do pensar...! Graças à vida que me deu tanto! Graças ao Sarau conheci a força de tantas mulheres... Ana, Ângela, Aurea, Benedita, Carmem, Dulce, Gisele Suzi, Esther, Ivana, Leda, Letícia, Lívia, Marina, Márcia, Mercedes ,Vera, ..., quando olho o fundo de seus olhos claros.. Gisele vejo tanta beleza..., feito primavera enfeitando os campos de flores multicolores, daquele modo, que não se podem contar... você, e, seu violão, uníssonos numa sonoridade cativante! Uma mulher de aparência tão frágil se agiganta ao sabor da vida...
Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo a marca... tem, também, nome de Mercedes e Gisele Maria!

## Publicado no Caderno do Sarau Literario Piracicabano de 15 de Março de 2016

quinta-feira, 10 de março de 2016

Vânia Bastos uma cantora brasileira...

Eu a conheço da época que cantava com o meu tio Maestro Marconi Campos do Trio Marayá (e também com a esposa dela a Vera Lúcia), hoje, 10 de Março de 2016 vou curti-la no SESC Piracicaba com toda a família (incluindo a minha tia Vera Lúcia) e amigos,sucesso Vània Bastos, sempre! Saravá! Ana Marly de Oliveira Jacobino
 A cantora brasileira Vânia Bastos nasceu no dia treze do mês de maio do ano de 1956 e faz parte do movimento Vanguarda Paulista cultural. No ano de 1975 foi morar na cidade de São Paulo e lá passou a cursar sociologia e também fazer aulas de canto. No ano de 1980 foi chamada para ser a vocalista da banda Sabor de Veneno que era de Arrigo Barnabé e no ano de 1986 passou a investir em sua carreira solo.
Ouça Vânia numa homenagem para São Paulo:
https://www.youtube.com/watch?v=ht4kyEaZ04I&ebc=ANyPxKqjLc5lmMHxI0DI8oqnV7nZ6d-Qq2GnhIbgnK7YO-nlSi0vhUXumj2d6ia_huTD5FU_CmctvAAZv6hw27NGNsh86fQLeg
Hoje, 10 de Março de 2016  tem Vânia Bastos no SESC_ Piracicaba (foto linda da cantora que tanto admiro na Tribuna) as 20 horas ingressos gratuitos tirar antes no SESC

Vânia Bastos ( Luzes do grande Taiguara )_ https://www.youtube.com/watch?v=kAmaoaaXvis

sexta-feira, 4 de março de 2016

E as palavras refletem o pensar do Escritor no seu tempo...


Uma cartazinha para Ana Marly De Oliveira Jacobino!


Bom dia Ana Marly!Obrigado pela delicadeza de nos enviar o cartão e o delicioso pãozinho, que acabou povoando algumas lembranças da minha infância. Aos domingos, com meus pais, visitávamos os parentes nos sítios, comuns daquela saudosa época. Pois bem: o formato e o gosto lembrou um pãozinho semelhante ao seu, que minhas tias faziam, para o café da tarde.


Quantas lembranças boas dessa "gente do sítio", os autênticos homens da terra, essa raça de gigantes que risca o solo na ponta dos arados para, depois, arrancar dele a riqueza que brota da multiplicação das sementes. Homens destemidos que fazem do gesto de lançar as sementes ao seio da terra um ato de fé na bondade divina. 

Ah, saudade maldosamente amiga! Quantas histórias vivi e ouvi nesses lugares. Meus pensamentos saem em revoada...Quantas vezes, à sombra dos bambuzais, preparei anzóis pra puxar, do ribeirão piscoso, bagres, mandis e lambaris, trocando conversas com os queridos primos. Com eles aprendi a fazer incursões exploratórias para ver o que tinha sobre o fogão à lenha, passando em revista as panelas, beliscando uma coisinha aqui, outra ali. O meu mundo girava em torno dessas pessoas apaixonantes, rostos queridos, mestres na arte de desfrutar a vida, os amigos e parentes, em torno de uma mesa, só para brindar à amizade, à saúde, ao estar vivo. Como não guardar essas lembranças, meu Deus? Que tempo aquele! Tempo da inocência, da chaleira no fogão, do aroma e sabor de tantas ervas apanhadas na horta do quintal, dos bolinhos de chuva, dos cachorros que viviam espaçosos, mas não incumbidos da guarda da casa porque, todos, vivíamos em liberdade ( hoje precisamos cimentar muros altos, erguer grades nas portas, portões e janelas e, às vezes, cimentamos até o coração...). Como é bom reviver aquelas imagens. De repente, um sabor, um perfume, uma visão, provocam viagens pelas avenidas da alma, temperadas por pitadas de alegria, às vezes de tristeza, de belezas escondidas, um verdadeiro baú de relíquias que a gente vai abrindo e tudo fica tão vivo, que parece ter acontecido ontem. Também, como não ter um caso de amor com a vida, não é mesmo? É aquilo que dizem os poetas: é o amor acontecendo nas horas antigas, que insiste em ficar perto da gente. 

Em tempo: Você viu, o tema da redação da Fuvest, desse ano? Utopia!
Pois é, UTOPIA! Que feliz coincidência. O meu texto de encerramento do ano, do sarau de dezembro, enfocava exatamente o tema, que
você, carinhosamente, também publicou no jornal A Tribuna Piracicabana . Espero que algum vestibulando tenha aproveitado o texto, como inspiração. É isso Ana! Talvez todos essas coisas façam parte daquele farol referido no texto de fim de ano, capaz de tornar, claros, os caminhos por onde vão se construindo a nossa história, na teia da existência.
Abraços nossos e, mais uma vez, agradecidos. Beto e Suzi Furlan