segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sarau Literario Piracicabano; alegria em forma de poesia!

A Escritora e Poeta Eunice Zem Verdi lê a sua poesia encantando a todos os participantes!
O aluno Evair Pereira agradecido ofereceu a publicação do seu poema á sua ex-porfessora de História; Sandra Vacchi. Muita emoção, com este momento de gratidão e carinho!

A jovem Poeta Kamila Fernanda de Toledo Moreeuw lê compenetrada a sua poesia para todos os participantes atentos!


Escritora e Poeta nicaraguense Angela Reyes hoemageando a poeta piracicabana Lourdinha
Ser brasileiro
Eunice Zem Verdi

Ser brasileiro é
Viver na raça
No suor, no sangue
Ter fé, perseverança
Afinal...quem espera
Sempre alcança
Ou dança...

Ser brasileiro
É ter cara de pau
Cara pálida cara pintada
Ser pau pra toda obra,
Viver com a cara...
e a coragem
É dar a cara pra bater!

Ser brasilero...
É viver num grande circo
Ser palhaço, equilibrista
Dançarino, trapezista
Dançar conforme a música
Andar na corda bamba,
Pular na roda de samba!

O brasileiro é
Um ser idealista
Criativo, realista
Atento a qualquer mudança
Vive com pouco dinheiro
Até parece um banqueiro!

O brasileiro é forte
De leste a oeste
De sul a norte
Tem muita fé no futuro
Acredita muito na sorte
Vive de esperança
Alegremente...livre
Onde quer que ele vá
A beleza ali está
São florestas verdejantes
lindas praias, verdes mares
Cachoeiras cristalinas
E o Sol sempre a brilhar

Com tanta exuberância
Viver aqui é um presente
Presente de liberdade,
de valor incalculável,
Aplausos aos brasileiros
Aplausos à minha terra!
Minha terra...Brasil!








sábado, 25 de abril de 2009

Elias dos Bonecos e do Rio de Piracicaba!

Elias dos Bonecos
Rio de Piracicaba

Elias dos Bonecos

Ana Marly de Oliveira Jacobino


Elias foi um homem
Que brincava
De ser menino!
Pedaços de madeira.
Bonés, chapéus, chinelos,
Roupas, sapatos,
Novos ou usados
Eram por
Elias
Transformados!
Ora em um menino.
Ora em uma menina,
De olhos esbugalhados,
Quase igual à boneca
De um famoso escritor,
Um tal, Monteiro Lobato!
Os homens,
Vestiam uniformes.
E assim posavam de aviador,
Bombeiro, médico, soldado...,
As mulheres
Mais formosas,
Tinham os lábios,
Mãos e pés pintados!
Cada uma
Vestia traje social
Sempre a espera
Do seu enamorado!
Elias esse menino-homem,
Foi por Nosso Senhor
Jesus Cristo, predestinado,
A conceber bonecos,
Um ao lado do outro,
Ou até mesmo enfileirados,
A beira d’água,
Seguram
Caniços nas mãos.
A luz do dia,
Pescadores!
À noite,
Quando o véu da noiva,
Espalha suas pérolas
Pelo ar.
Esses pedaços de paus,
Criam vida
Cantam, dançam, poetizam
Viram seres encantados
Amantes apaixonados,
Do Rio de Piracicaba!


Elias Rocha, o Elias dos Bonecos, eterno morador da Rua do Porto. Nasceu a 03 de agosto de 1931, cresceu e viveu ao redor do Rio Piracicaba. De família simples e dependente da pesca para a alimentação diária, Elias tornou-se um defensor do meio ambiente. Iniciou a confecção de bonecos fazendo o primeiro para uma menina e depois, o “Judas” para a criançada da Rua do Porto. Ao longo do tempo, transformou os bonecos em representantes dos pescadores às margens do Rio Piracicaba, como documento presente da sua piscosidade e belezas naturais, e também, como protesto pela propagada morte deste rio, causada pela poluição e desvio de suas águas pelo Projeto Cantareira.
O Artista faleceu no dia
1º de abril de 2008.




sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ajude na sua terapia participe de um Sarau Literário!

Mais poesia de Analuza e os meninos da Casa do Amor Fraterno. Emoção e reconhecimento á Cora Coralina nas declamações!
O casal de Poetas de Bragança Paulista: Juraci Toricelli e Ondina Bueno Toricelli festejando 39 anos de matrimônio no Sarau Literário Piracicaba. Na foto ele declara o seu amor a Ondina com a leitura de um poema!

Magistral performance dos músicos: Ana Lucia Stipp Patrniani (flauta e voz), José Carlos Gregório (violão e voz), Galvani e Roseane Luppi (violões e voz)




Poetas participantes (mais de 62 participantes) do Sarau em que os homenageados foram: Manoel de Barros, Cora Coralina e Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins!

Descoberta (À Maria Cecília M. Bonachella)
Lourdinha Piedade Sodero Martins

Necessito silencio total.
Careço explosão interior.
Só assim me chegam idéias
e eu me deslancho a compor...

Quando isto acontece
cada vez com mais freqüência,
disparo a poetas loucamente,
crio versos em cadência!

Com brilho na alma e coragem,
mais a arte de escrever
entrego-me aos sonhos, às rimas
até me satisfazer!

Rabisco também versos soltos,
sou privilegiada aprendiz.
Incentivou-me a “Mestra_Poeta”
que em mim confiou, fêz-me feliz!

Coração contagiado renasce,
descobre forças, segue avante!
Obstáculos tornam-se miúdos
perante a vontade reinante!









Sarau Literário Piracicabano: realização plena no coração de Piracicaba!

Aracy Ferrari fala com carinho da homenageada; Lourdinha. Palavras de rara beleza repletas de emoções!
A Poeta Leda Coleti homenageando a Poeta Maria de Loudes Sodero Piedade entre as orquideas da nossa querida homenageada

Um participante do Sarau Literário recebe do casal de poetas a surpresa de um correio elegante no seu aniversário mandado por sua amada! Surpresa agradável para ele o enamorado, e para todos os participantes!


Heloisa Guerrini: diretora do Teatro Municipal “Dr. Losso Netto”, de Piracicaba dando as boas vindas aos Literatos e Participantes!
Convite!
Olá Amigos, Nesta sexta e sábado o Teatro Municipal “Dr. Losso Netto”, em Piracicaba, recebe o espetáculo Terça Insana 8 anos Luz Tour com sete personagens inéditas, novascenas e textos, o grupo traz um humor inteligente que contagia toda a platéia em um espetáculo imperdível.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cora Coralina
Convite: Na sala 2 do Teatro Municipal de Piracicaba Dr. Losso Netto (Rua Gomes Carneiro , 1212 – Centro Piracicaba, SP, Brasil) para o evento do S@rau Literário Piracicabano para o dia 23 de Abril (quinta-feira_ 19h 30min às 21h30min.


Os homenageados da Literatura Nacional: Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (Cora Coralina). Manoel Wenceslau Leite de Barros, também a homenageada Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins pelo exemplar trabalho com a Literatura em Piracicaba .


"Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas"
Cora Coralina
Recado do nosso Caríssimo Erich Vallim Vicente (Tribuna de Piracicaba)
A minha banda, Mazzaropi Contra o Crime, está numa votação para ser escolhida no Festival Interferência, da Unimep, e peço a ajuda de vocês para votar em nós. É bem fácil e rápido. O endereço é:
Se possível, envie aos endereços das suas listas.
Um abraço,Erich


quarta-feira, 15 de abril de 2009


Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá em 1916. Mudou-se para Corumbá, onde se fixou de tal forma que chegou a ser considerado corumbaense. Atualmente mora em Campo Grande.


Cronologicamente pertence à geração de 45.


#Poeta moderno no que se refere ao trato com a linguagem.
#Avesso à repetição de formas e ao uso de expressões surradas, ao lugar comum e ao chavão.
#Mutilador da realidade e pesquisador de expressões e significados verbais.
#Temática regionalista indo além do valor documental para fixar-se no mundo mágico das coisas banais retiradas do cotidiano.
#Inventa a natureza através de sua linguagem, transfigurando o mundo que o cerca.
#Alma e coração abertos a dor universal.
#Tematiza o Pantanal, universalizando-o.
#A natureza é sua maior inspiração, o Pantanal é o de sua poesia.


"Remexo com um pedacinho de arame nas

minhas memórias fósseis.

Tem por lá um menino a brincar no terreiro:

entre conchas, ossos de arara, pedaços de pote,

sabugos, asas de caçarola etc.

E tem um carrinho de bruços no meio do terreiro.

O menino cangava dois sapos e os botava

a puxar o carrinho.

Faz de conta que ele carregava areia e pedras no seu caminhão.

O menino também puxava, nos becos

de sua aldeia, por um barbante sujo uma latas tristes.

Era sempre um barbante sujo.

Eram sempre umas latas tristes.

O menino é hoje um homem douto que trata

com física quântica. Mas tem nostalgia das latas.

Tem saudades de puxar por um barbante sujo

umas latas tristes."

Convite: Na sala 2 do Teatro Municipal de Piracicaba Dr. Losso Netto (Rua Gomes Carneiro , 1212 – Centro Piracicaba, SP, Brasil) para o evento do S@rau Literário Piracicabano para o dia 23 de Abril (quinta-feira_ 19h 30min às 21h30min.

Os homenageados da Literatura Nacional: Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (Cora Coralina). Manoel Wenceslau Leite de Barros, também a homenageada Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins pelo exemplar trabalho com a Literatura em Piracicaba .

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sarau abraça a Arte e Literatura divulgando artistas e literatos!

A contadora de História Lita da cidade de Capivari lembra "Vestido de Drummond" e também manda lembranças a nossa contadora Carmelina
Participantes do Sarau ao fundo exposição das obras de arte!




Luis Cyrilo Ganassim Verdi (jovem poeta de 14 anos da cidade de Rio das Pedras)

Quando a lua brilha,
parece uma ilusão
Um homem surge na praia,
com uma lanterna na mão

As belas areias brancas,
se mexem sem parar
Mas o único que aprecia isso,
é o solitário do mar

Com sua lanterna,
ele vaga pela areia
Com sua ilusão criativa,
ele avista uma sereia

Correndo ao encontro dela,
ele deixa seu chapéu cair
Sem preocupações,
não percebe o sol surgir

“Mais uma ilusão”,
diz o homem a chorar
Se dando conta que ele sempre é, foi, e será
O solitário do mar






quarta-feira, 8 de abril de 2009

1º Sarau Literário “Companheiros de Prosas e Versos”

O 1º Sarau Literário “Companheiros de Prosas e Versos” Rio das Pedras foi um sucesso recebeu a acolhida do povo da Cidade Doçura, entre os mais de 50 participantes, o Secretário de Cultura Glauco Zeppelini aplaudiu e leu uma das poesias das homenageadas da noite!
Richard Mathenhauer; o jovem e abnegado Poeta; Entusiasta da Literatura que levou a semente da idéia do Sarau Literário Piracicabano; plantou na sua cidade! Parabéns! E receba o carinho desta sua amiga agradecida: Ana Marly de Oliveira Jacobino



A simpatia da Cantora Fabiana e o seu violão encantado, alegrou e contou com o coral dos participantes do sarau! Parabéns!


Alguns dos Escritores, Poetas e Participantes; bem antes de iniciar o Sarau Riopedrense!



Secretário da Cultura Glauco Zeppelini dando as boas vindas aos participantes do Sarau Literário da Cidade Doçura!
“Estação Saudade: Sorocabana”
Nelson Rogero (Poeta da Cidade Doçura)

E lá vem ele, minha gente!
Vem chegando à Estação,
Na curva vem apontando,
Gigante,
Possante,
Fumegante,
Qual cabeça de dragão.

E lá vem ele, minha gente!
Apitando,
Sacolejando,
Serpenteando,
Cuspindo rolo de fumo,
Comendo pás de carvão.

Mas o trenzinho partiu...
E partiu meu coração.
Foi embora da cidade,
Deixando imensa saudade
Espalhada na Estação.

A Estação ficou deserta
E o trenzinho já não vem.
Parece até que ela aguarda
Quem sabe, ainda a chegada
Daquele último trem...
“Esperanças Andorinhas”
Oriza Martins

Quando em criança, nos verões, ficava
A observar o show das andorinhas,
E eu via nelas esperanças minhas
Que num futuro áureo vislumbrava...

Mas o outono limpo o céu tornava:
Elas voavam a outras paragens,
E a revê-las em sonhos, em miragens,
O seu retorno então eu aguardava...

Com o girar das rodas do destino,
Fui me afastando dessas avezinhas,
No vai-e-vem das estações, fatais...

E hoje percebo, em meio ao desatino,
Que as esperanças, como as andorinhas,
Muitas se foram e não voltam mais...





















segunda-feira, 6 de abril de 2009

O menino que vendia palavras e o aparelho _ Ignácio de Loyola Brandâo

Ignácio entre as "Anas"!


Ignácio de Loyola Brandâ no Sesc Piracicaba


O menino que vendia palavras e o aparelho
Ana Marly de Oliveira Jacobino

-Não fui à missa neste sábado. Troquei Jesus pelo Ignácio!
E a Áurea do outro lado da linha telefônica, sem entender quase nada, depois que coloquei um aparelho ortodôntico e falo como personagem de desenho animado.
-Bonifácio?
- Não! Ignácio!
-Ah! Ignácio? Não é um santo lá dos jesuítas?
-Não é esse Ignácio. É o outro! Se bem que ele nasceu no dia em que o outro morreu!
-Quem nasceu? Quem morreu?
-Eu vou explicar; Aurita. O Ignácio que estou falando é aquele que ganhou o prêmio Jabuti!
-Jabuti? Nossa! Agora que não estou entendendo, mesmo!
-O Ignácio de Loyola Brandão, aquele jornalista, autor teatral e escritor. Pelas minhas contas, o homem já escreveu 31 livros, recebeu muitos prêmios, o último foi o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção em 2008 com o romance "O Menino que Vendia Palavras".
-Ah! Pena que não pude ir com você. Eu recebi o seu convite no meu e-mail. É que cheguei de São Paulo depois do almoço. Liguei na sua casa e seu marido falou que você tinha saído. Daí pensei que você, para não perder o costume, tinha ido à missa!
-Por isso que você lembrou o tal do santo, então! O Ignácio, o escritor veio falar sobre a importância da memória nos dias atuais, tema da exposição: “Retrato Delas com Suas Fotos”.
-Áurea, o Sesc trouxe para a exposição, 16 retratos e eles revelam toda a sensibilidade e delicadeza do olhar feminino, sobre histórias de vida e imagens da cidade de São Paulo! Os espaços urbanos da capital paulista estão repletos de significados, e ganham notoriedade ao serem retratados por essas mulheres, de 64 a 86 anos, participantes do trabalho social com Idosos do Sesc Consolação, que apresentam suas memórias registradas sobre a pele. A exposição é o resultado de um processo de percepção artística proposto pela fotógrafa Tika Tiritilli e pela atriz Mônica Sucupira.
Disparei a falar sem me preocupar se a minha amiga compreendia o meu linguajar a la “frajolês” ou “patolinês”:
-O Ignácio não é mais o mesmo! Mudou! A partir de 1995, quando foi acometido de um aneurisma cerebral. E, assim, depois deste acontecimento, tornou um homem mais atencioso, muito mais alegre, e delicado, principalmente para os seus leitores e ouvintes.
-Ah, é! Como você sabe?
-É que o conheci em outras das suas palestras, e pode acreditar, ele mudou, mas mudou para melhor! Ele quase não ria! Ele não brincava tanto!
-Ele também contou que uma repórter de um dos nossos jornais aqui de Pira ligou para ele, e após as devidas apresentações e mesuras, perguntou:
-O senhor vai falar sobre o GOLP?
-Golpe? Que golpe?
-E o Ignácio disse ter se lembrado do golpe militar de 64 e falou:
-Mas, eu vou falar sobre o processo de criação de personagens, de diferenças de textos, crônicas, inspiração, fantasia, não vou falar do Golpe Militar de 1964.
-Não! Ignácio, não é deste golpe que estou falando, mas do Golp (Grupo Oficina Literária de Piracicaba). É sobre a sua contribuição e envolvimento para a formação em que você foi a figura fundamental em todo este contexto histórico.
-Eu estava desempregado e vivia ministrando oficinas literárias no interior do Estado. Fazíamos discussões de texto, escrevíamos.
E continuou:
-No processo da criação literária cada momento é um gancho em que você passa para o papel e tudo pode ser um tema.
Inspiração? É também ser interessado nas pessoas ao redor, veja, qualquer assunto pode render uma boa história, pois a imaginação não pode ter limites, vai de uma dupla de senhoras conversando no ônibus, sobre o significado da palavra pobrema até mesmo de algum acontecimento familiar. Qualquer fato, verossímil ou não, pode ser usado na construção de um bom texto.
O escritor compartilhou alguns de seus métodos com os participantes do bate papo literário. Como o hábito de carregar uma pequena caderneta, em que são feitas anotações de casos curiosos, observados nas ruas. Trata-se de um recurso, muito estimulante para colecionar ideias, pois há sempre a possibilidade de alguma boa ideia surgir a partir da simples observação do cotidiano.
-Sou um cronista (literatura sobre pressão). Erico Veríssimo dizia: “Inspiração é o prazo, pois naquela hora você tem que colocar no papel.”
O cronista tem que colocar na crônica a linguagem coloquial, a maneira de se vestir, de viver de cada um e da sua terra. O cronista escreve sobre a sua época, o seu povo, a sua cidade. Escritor não deve ter escrúpulo com ele mesmo. Ele deve soltar tudo. Um escritor ao escrever: “Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto.” Pois é com seus escritos Franz Kafka mudou a literatura mundial!
E o bate papo poderia continuar por horas a fio, mas, acabou! Palmas e homenagens feitas pelas 16 mulheres da exposição de retratos. Cada uma delas entrou segurando uma rosa branca, depois cada uma delas entregou a sua flor ao escritor, gratas pela crônica escrita por ele, sobre elas no caderno do jornal “O Estado de São Paulo”.
Alguns dos participantes se achegaram ao Ignácio para conversar. Eu já tinha tirado várias fotos do palestrante. Mas, de repente, senta ao meu lado a minha prima Ana Maria e pede a minha máquina emprestada, e a entrega para um fotógrafo, ali presente. Eu continuo sentada. Guardava as minhas anotações para esta crônica, quando ouço:
-Ana, venha aqui! Rápido! Anda logo, mulher! Venha tirar uma foto. O moço vai tirar de nós duas; as “Anas e o Ignácio” ou seria melhor “Ignácio entre as Anas?”.
Respondi que não podia, pois estava de aparelho ortodôntico
-Deixa disso mulher, ninguém vai ver o aparelho.
Não acreditei!
Ela começou a me puxar para o lado do escritor e no desespero fiz uma coisa impensada; tirei o aparelho, tão rápido da boca e o joguei dentro da bolsa! E assim pude sair na foto, sorrindo.
Quando estava na portaria do Sesc conversando com o Adriano, o moço da programação, me lembrei do aparelho e senti um calafrio. Procurei e o encontrei inteiro.
Ufa! Ainda não paguei nenhuma das suas prestações!


domingo, 5 de abril de 2009

Ignácio de Loyola Brandão em Piracicaba!

16 mulheres exposição Retrato Delas com Suas Fotos (a exposiçao está belíssima no Sesc Piracicaba) homenageando Ignácio de Loyola Brandão

Mulheres do Golp (Grupo Oficina Literária de Piracicaba) e Ignácio de Loyola Brandão. que contribuiu com o envolvimento para a formação do GOLP

Ignácio de Loyola Brandâo foi homenageado pelas 16 mulheres exposição Retrato Delas com Suas Fotos (a exposiçao está belíssima no Sesc Piracicaba) O Anônimo
Ignácio de Loyola Brandão

Se alguém me matasse. Se eu fosse abatido a tiros por uma amante, pelo marido de uma de minhas amantes, por um neurótico pela fama, por um serial killer americano que tivesse vindo ao Brasil, pelo engano de um traficante, por um assaltante num cruzamento, por uma das milhares de balas perdidas que cruzam a cidade, por uma dessas motos enraivecidas que alucinam o transito, por um colega de profissão inconformado com a minha fama. Se morresse em uma inundação, atingido por um raio ou por um arvore derrubada por um vendaval. Por um remédio com data vencida, por uma comida estragada. Uma tragédia noticiada por toda a mídia, alimentada e realimentada, provocando manchetes vorazes, devoradas com prazer pelo publico e construindo a minha legenda. Melhor que fosse algo misterioso. O noticiário duraria mais tempo, o caso seria revisto por curiosos dispostos a desvendar enigmas. Provocar a necessidade de uma autopsia, de exumação. Ser o enigma do século seria a minha gloria. Se eu tivesse essa certeza, não me incomodaria de estar morto.