domingo, 15 de agosto de 2010

Doce sabor vendido nas ruas publicado nos livros na Agenda!


Praia de Jacarepaguá em Parati (Brasil)


O livro _Açucar de Gilberto Freyre foi publicado pela primeira vez em 1939, e em 1968 e 1986 foi  reeditado  a edição que acaba de chegar às livrarias é acompanhada de dois estudos (o prefácio à terceira edição e uma introdução), ambos de Freyre. Mas, quase na sua totalidade a obra o _Açucar, no entanto, é feita por receitas que mostram beleza, mas podem ser digeridas também com os olhos, com o olfato, o próprio autor, diz; "a receita de doce é quase que só arte", o que lhe confere "constante mocidade".
Estão em três capítulos -"Alguns Bolos", "Alguns Doces" e "Alguns Sorvetes"- repletas de receitas diferentes, soma do que é exótico combinado ao açúcar com frutos tropicais, túberculos como a mandioca e especiarias.O autor admira a cozinha do Nordeste e para ele a cozinha pernambucana possui um equilíbrio quase perfeito das nossas três tradições ( indígena , européia e africana).


A arte  feita boneco de trabalhadora rural e coronel  nordestino.
                              
                     Receitas Mencionadas por Gilberto Freyre no livro "Açucar"

                                                       Bolo Souza Leão

1kg de massa de mandioca lavada e peneirada.2 vidros de leite de coco mais duas vezes a mesma medida de água.800g de açúcar3 copos americanos de água10 gemas1 pacote de margarina (250g)Uma pitada de sal

Junte a massa de mandioca com o leite de coco e o sal A parte, faça o mel com o açúcar com os três copos de água. Leve ao fogo. Quando soltar bolhas, está no ponto certo Retire do fogo e junta-se a margarina aos poucos. Quando estiver morno, coloque as gemas uma a uma batendo bem. Junte este mel à massa que se formou com a mandioca e o leite de côco. Passe esta mistura em uma peneira fina de uma a duas vezes
Forma untada só com margarina. Leva-se ao forno por aproximadamente 35 minutos.


Ruas de Parati onde seus restaurantes oferecem uma culinária típica e saboroes para todos os gostos

A monocultura da cana-de-açúcar foi a primeira grande ocupação colonial no Brasil, assunto tão bem descrito no livro Nordeste de Gilberto Freyre _ que abordou com uma sensibilidade regional própria ao rigor da crítica ecológica, mostrando ainda aspectos como: biodiversidade, ecossistema, ecologia cultural. foi com a civilização do açúcar e no seu período colonial que colaborou  para o ethos nacional, com os diferentes povos e civilizações africanas.

“Uma multidão de brasileirismos, muitos deles de origem africana, que só faltam se desmanchar na boca da gente: bangüê, ioiô, efó, felô, quindim, xangô, dondon, dendê.” (Freyre)



“Mas toda essa influência indireta do açúcar de adoçar maneiras, gestos, palavras, no sentido de adoçar a própria língua portuguesa, não nos deve fazer esquecer sua influência direta, que foi sobre a comida, sobre a cozinha, sobre as tradições portuguesas do bolo e do doce.” (Freyre)

                                 Uma parte do Brasil parada no tempo é Parati.


Cocada Baiana (vendida nos carrinhos de doce nas ruas de Parati)

1 kg de coco fresco ralado500 g de açúcar1 copo tipo americano de água1 colher de sopa de glucose1 lata de leite condensado1 colher de margarina para untar a forma .

Em uma panela ou tacho, levar ao fogo: o açúcar e a água, sem mexer, até dar ponto de bala Para saber o ponto: coloque um pires com água e pingue a calda, se ela ficar firme e der para pegar como uma bala, estará pronta Acrescentar o coco e mexer até secar a água, mais ou menos 15 minutos Juntar uma lata de leite condensado e continuar mexendo por mais 5 minutos Tire do fogo e molde com colheradas em uma forma untada com margarina

Parati (Brasil)

“A marmelada, o caju e a goiabada formaram-se desde os tempos coloniais, os grandes doces das casas-grandes. A banana assada ou frita com canela, uma das sobremesas mais estimadas das casa patriarcais, ao lado do mel de engenho com farinha de mandioca, com cará, com macaxeira; ao lado do sabongo e do doce de coco verde, e mais tarde do doce com queijo _ combinação brasileira.” (Freyre) A intimidade entre o doce e a família, receitas exclusivas, projeções e estilos de casas, de cozinhas quase santuários; senhoras tão especializadas como os mestres de engenhos, fazendo suco de cana virar açúcar.



“Inventaram-se as casas-grandes (…) doces e bolos que tomaram nomes de família ou de engenho _ Souza Leão, Guararapes, cujas receitas se conservaram por muito tempo em segredo, às vezes passando de mãe à filha. Houve no Brasil uma maçonaria das mulheres ao lado da maçonaria dos homens, e das mulheres se especializando nisto: em guardar segredo das receitas de doces e bolos de família.” (Freyre)





















Convite: Sarau Losso Netto e as Musas dos Compositores



Excepcionalmente no mês de agosto, o Sarau integra a programação do Agosto Cultural, promovido pelo JP de 7 a 25 de agosto.


É solicitada a doação de 1 lata de leite em pó (em prol da Fundação Jaime Pereira).


Local: No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2
Rua Gomes Carneiro, 136 -Piracicaba-SP
Dia: 17de Agosto (Terça-feira): 19h30 às 21h30
Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)
Classificação: Livre
Telefone do Teatro: 19. 3433.4952

2 comentários:

  1. Qua legal,Ana Marly...o bolo é uma delíci, já provei, nem lembro onde. Lindas fotos também.beijos,tudo de bom,chica

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  2. olá paraty é realmente lindo

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