quarta-feira, 20 de julho de 2016

Noite de muitos encantos...

E a beleza poética da composição invade a música num turbilhão de vozes afinadas... homenagem o Sarau Literario Piracicabano para Ivete Cunha Machado e Tião Carreiro


Já que você pediu aqui vai todas as apresentações musicais do Sarau Literario Piracicabano no dia 12 /7/2016 no Museu Prudente de Moraes...
Grupo Caleidoscópio: Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Christophe Furlan (voz e timba); Ana Ana Lúcia Paterniani (flauta e voz) em: 
2) Água de beber - Antonio Carlos Jobim / Vinícius de Moraes_https://www.youtube.com/watch?v=aQGBZtfA5bY&feature=youtu.be
##Apresentação do Coral Momento Musical Regente: Ivete da Silva CunhaIvete Cunha Machado - Pianista : Danilo (Chocolate) no Sarau Literário Piracicabano em 21 de Julho de 2016 no Museu Prudente de Moraes em Piracicaba

1) Sapato Velho - Mu / Cláudio Nucci / Paulinho Tapajós_https://www.youtube.com/watch?v=F6SzkWG72R4&feature=youtu.be
2) Sabiá – Luiz Gonzaga / Zé Dantas _ https://www.youtube.com/watch?v=oh_ldoG8dm4&feature=youtu.be
3) Vê estão voltando as flores – Paulo Soledade _https://www.youtube.com/watch?v=3Xj1ncqGOSM&feature=youtu.be
## Homenagem de Ivete Cunha Machado Machado (Violão) Marcela Costa(Viola Caipira) , Sandra Regina Marques(viola caipira) em Pagode em Brasília (Teddy Vieira/Lourival dos Santos)_ https://www.youtube.com/watch?v=Dq7oTGOmB-8&feature=youtu.be
Sandra Marques a homenageada Ivete Machado e Marcela Costa todas musicistas...

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Deixa a poesia lhe levar...

Sarau Literário Piracicabano no Museu Prudente de Moraes em Piracicaba.

 Trabalhos publicados no Caderno do Sarau Literario Piracicabano em 21 de Junho

Despertar _ Dulce Ana da Silva Fernandez 
O coração do poeta
Acordou cedo
Com tímidos raios de sol
Penetrando pelas frestas
Da janela do quarto

Despertou com vontade de cirandar
Embalado pelo som de nova melodia
Arrumou estrofes, trocou rimas
Aspirou o perfume de misteriosas palavras

E nesta ciranda de versos
Encantado, abre a janela
Recebe a luz do novo dia
Agradecido e sorridente
Conta ao mundo que está feliz



Pôr da lua _ José Antonio Soares
Lual ao pôr da lua
até o nascer do sol
minguante crescente aguda
astro rei imperial.
Velhas estrelas cadentes
a guiar o animal
que firma os pés no centro
e se perde no final.
Primitivo firmamento
borrado pelo capital
fumaça com sangue sem mais mangue
destruindo o vegetal.
Narciso falta à Terra,
que sem espelho Elemental
se esquece do profano,
do sagrado e mineral.
Esboço roto de esgoto
finda com o essencial
descasando o humano
de seu ciclo natural
Até quando a aparência
esmagará o essencial?
Pôr da lua.



Bom Dia Cidade! Ana Marly De Oliveira Jacobino -

Com seu olhar perspicaz Machado faz em suas obra uma profunda reflexão sobre a mesquinhez humana, junto à precariedade da sorte humana. Além disso, sua escrita possui uma atitude de escárnio diante do poder constituído no seu tempo!
“Sua timidez e introspectividade foram apontados, segundo Simone (sua biografa), de serem resultantes da dor oculta por ser mulato, estigmatizado pela gagueira e epilepsia, numa sociedade que fez de tudo para não aderir ao trabalho livre. Substituiu a condição humana pela condição literária. Foi um grande escritor. ”
Machado de Assis, mulato que nasceu livre, e se educou pelos próprios esforços, numa sociedade abalada repetidamente por crises sociais, conseguiu ser visto ainda em vida na sua escrita grandiosa! – 
Xilmar Ulisses Xilmar mostra ser um profissional completo,pois carrega as experiências de passar pelos cargos de: operador de áudio, redação, fez locução em estúdio, reportagem de campo na área esportiva e comentários. Por isso, sua voz e sua presença inteligente fazem tanta falta para os seus ouvintes! Bom Dia Cidade é a marca consagrada de Xilmar! Ah! Agora ele também carrega nos seus ombros um pássaro, a bem-te-vi Xiquinha, tratada como “alguém” muito importante por sua querida esposa, Irene, que, abriu as portas da sua casa para Xiquinha entrar e ficar a vontade!
“Todos os dias eu saio para caminhar e ela vai me seguindo, voando na fiação dos postes. Me acompanha por algumas quadras e depois vai voar por aí. A todo instante vem em casa, come, toma água e sai. À noite vem dormir aqui”,
O Sarau Literário Piracicabano nestes 21 de Junho de 2016 tem a honra de homenagear estes dois nomes da cultura brasileira erguendo uma taça de espumante para brindar as suas realizações, com uma frase de Machado de Assis:

“Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado.”

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Com açúcar com poesia...

                                          Professora Ana Marly, bom dia!
 Recebi da parte da D. Irene, que me representou no ultimo dia10/05, o excelente material do Sarau e o CD. Quanta emoção! É nítido o cuidado, o amor e a atenção com que ele foi elaborado. Que homenagem emocionante e sincera ao nosso saudoso Almir!
Muito grata por toda a sua dedicação. Lamentei profundamente não poder estar presente, em função de estar cuidando de uma Herpes Zoster que me acometeu e debilitou bastante. Graças a Deus, já estou bem melhor.    
Fica, pois, a minha palavra de gratidão e de amizade, por sua significativa homenagem, que muito nos comoveu. Receba o meu forte abraço,

Susana Maia e filhos. 

##Publicados no caderno do Sarau Literário Piracicabano de 21 de Julho de 2016
  
O CAFÉ, O BULE E AMOR Angela Sega
"Mariana fez café, preto, forte e docinho, cheiroso, encorpado.
Mariana fez um café no capricho para o seu amado.
Tem bolo de fubá, leite fervente, manteiga fresquinha e pãozinho macio.
A mesa está posta com esmero, com carinho fino e sincero.
No centro há um vaso, de uma só flor margarida, combinando com a toalha florida.
Mariana fez café, fez geléia de maracujá, morango e maçã.
Tem queijo bem branquinho, tudo tão limpo e arrumadinho, esperando seu amor chegar.
Mariana, com perfume de laranjeira, moça brejeira e carinhosa, de ancas largas, curvas sinuosas, seios fartos e puros.
Mariana, pele morena, da cor da nossa terra, cor da canela, sabor picante do cravo.. Cheirando a sol e maresia, brilhante e formosa.
Mariana fez café, fez amor tão enternecida e dormiu tão distraída que não viu a noite chegar. Fartou seu amor com comida, com carinhos e dengos, se fez mulher e menina, mulher-dama, inocente e gentil.
Mariana, doce dona de um olhar de matar, v erdes olhos como folhagem, cheios de sonhos de mar.
Mariana descansa, esquecida do tempo a passar, dorme calmamente de tanto amar.
Mariana fez café para seu amado que a contempla, encantado, deslumbrado e saciado, ela é a flor mais linda. Moça pobre, afeita ao trabalho duro, mas sabe fazer um homem sonhar.
Mariana fez café, toda a vizinhança sabe que Mariana vai vadiar, vai fazer seu homem vibrar, saciando sua fome, alimentando sua vida, aquecendo o coração, incendiando de paixão.
Mariana está na preguiça, sonha com seu homem, com seu mundo, esquecida das dores passadas, feridas e mágoas.
Mariana coou o café e os dissabores, amassou o pão e largou todo o passado para trás, aqueceu o leite e apagou a tristeza.
Mariana fez café e novamente se deixou amar.
Mariana, Mariana, tua garra me emociona, quero com você aprender a sonhar e o passado enterrar bem fundo e como você, dele não me lembrar."
O pastar da boiada _ Mauricio Generoso
De manhãzinha, 
debruçado nesta velha porteira, fico aqui calado só a observar 
os passos longos da garça-boiadeira, que, seguindo o pisotear do gado, sacia sua fome com os insetos que revoam do capim.
Um bando de anu-preto
aguarda o momento de pousar sobre o dorso dos bois, para livrá-los de seus parasitas.
E como é grande a coragem
do anambé-de-capuz
que, empoleirado na orelha do gado, retira com cuidado seu alimento.
Houve-se um gritar,
é o gavião-carrapateiro,
que no lombo do gado
vai se banquetear.
Hace dano querer como te quiero, porque,
hasta el alme se me torna esquiva,
vivo entre suenos y esntre suenos muero
sin que la paz del corazón reviva,
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hace dano querer como te quiero, porque,
tenerte con-migo, es falza esperanza,
mi lecho y brazos están vcíos,
yo no consigo calmar mis ansias ni,
apapagar el fuego de mi amor tardío.
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hace dano querer como te quiero porque,
tu olvido apagó el sol de mis días,
mi corazón de dolor se muere, mi soledad,
está desprotegida.
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hace dano querer como te quiero porque,
vivo solo para amarte,
deja que te quiera, déjame sonarte.
Para que la paz de mi corazón reviva.
                                                              ** Angela Reyes Ramirez
Amor levado da breca Letícia Vidor 
Quando tu
piscas pra mim
meu coração
bate forte,
feito um tamborim.
Pouco a pouco,
tu me conquistas,
mas não dou na vista
e nem deixo pistas.
Quando tu me vês
e abre aquele teu
sorriso maroto de garoto, tu me deixas em alvoroço.
Teu jeito despojado de ser
me apraz, me faz sorrir
e só faz crescer o desejo
que sinto por ti.
Quando te vejo
em tua bicicleta
me dá vontade de
fazer amor contigo,
um amor levado da breca.