Santa Ceia de Leonardo da Vinci
Pietá de Michelangelo
LONDRES (Reuters) - Um novo livro foca uma competição no século 16 que buscou descobrir quem era o artista melhor - Michelangelo ou Leonardo da Vinci - e diz que o resultado dela influiu profundamente sobre os legados dos dois titãs da Renascença.
Jonathan Jones, crítico de arte britânico que já foi juiz do Prêmio Turner, disse que os historiadores da arte sabem da competição, mas que ela ainda não tinha sido tema de um livro.
"The Lost Battles: Leonardo, Michelangelo and the Artistic Duel that Defined the Renaissance", publicado pela editora Simon & Schuster, chegará às lojas na quinta-feira e descreve um momento dramático e decisivo na história da arte.
A decisão tomada pelas autoridades de Florença de que Michelangelo era o vencedor ajudou a lançar a carreira do artista mais jovem e o encaminhou para a glória, com encomendas de trabalhos cruciais em Roma.
Enquanto isso, Leonardo da Vinci foi posto de escanteio, apesar de ter uma reputação mais consolidada, e terminou indo para a corte francesa, algo que teria sido malvisto pelos patronos da arte na Itália.
"A Renascença florentina era obcecada pela competição", disse Jones em entrevista telefônica.
Assim, na virada do século 16, o governo florentino encomendou dos artistas dois afrescos rivais sobre batalhas para adornar um salão no palácio cívico - "A Batalha de Anghiari", de Da Vinci, e "Batalha de Cascina", de Michelangelo.
Nenhuma das obras foi concluída, e as duas se perderam, embora sobrevivam parcialmente em gravuras e esboços. Mas Jones tem pouca dúvida de que Michelangelo saiu da competição com sua reputação fortalecida, enquanto Da Vinci sofreu um revés.
Ao apresentar Michelangelo como gênio que estava trabalhando sobre uma grande pintura de batalha, o Estado florentino o ajudou a conseguir uma encomenda ainda mais importante, disse Jones: a Capela Sistina.
O historiador argumenta que o ambiente fortemente competitivo da arte renascentista ajudou a impelir a arte para patamares cada vez mais altos, embora tenha prejudicado as carreiras de alguns artistas, ao mesmo tempo em que ajudou a lançar outros.
Jones também acredita que, se a tela de batalha de Da Vinci tivesse sido promovida como aconteceu com a de Michelangelo, a história da arte italiana poderia ter dado uma virada mais sombria e perturbadora.
"A tela perdida provavelmente foi sua obra-prima e foi quase como a antítese do Renascimento", disse ele. "Se ele (Da Vinci) tivesse sido o artista cujo exemplo fosse seguido depois, muitas coisas poderiam ter sido diferentes nos 200-300 anos seguintes."
Embora a competição de dois anos, que terminou em 1506, tenha terminado com Leonardo da Vinci sendo derrotado, Jones acredita que a história foi mais benevolente com ele que com Michelangelo.
"Os dois foram gênios incomparáveis. Não há dúvida de que Michelangelo ganhou, mas Leonardo venceu historicamente, por pouco", afirmou.
"Michelangelo tem sido reverenciado constantemente, mas, desde que os cadernos de Da Vinci começaram a ser editados, traduzidos e divulgados, no século 19, começamos a ter uma visão de Leonardo como cientista, não apenas artista, e Leonardo provavelmente passou à frente de Michelangelo."
"Para mim, em última análise, o vencedor foi Leonardo da Vinci."
LONDRES (Reuters) - Um novo livro foca uma competição no século 16 que buscou descobrir quem era o artista melhor - Michelangelo ou Leonardo da Vinci - e diz que o resultado dela influiu profundamente sobre os legados dos dois titãs da Renascença.
Jonathan Jones, crítico de arte britânico que já foi juiz do Prêmio Turner, disse que os historiadores da arte sabem da competição, mas que ela ainda não tinha sido tema de um livro.
"The Lost Battles: Leonardo, Michelangelo and the Artistic Duel that Defined the Renaissance", publicado pela editora Simon & Schuster, chegará às lojas na quinta-feira e descreve um momento dramático e decisivo na história da arte.
A decisão tomada pelas autoridades de Florença de que Michelangelo era o vencedor ajudou a lançar a carreira do artista mais jovem e o encaminhou para a glória, com encomendas de trabalhos cruciais em Roma.
Enquanto isso, Leonardo da Vinci foi posto de escanteio, apesar de ter uma reputação mais consolidada, e terminou indo para a corte francesa, algo que teria sido malvisto pelos patronos da arte na Itália.
"A Renascença florentina era obcecada pela competição", disse Jones em entrevista telefônica.
Assim, na virada do século 16, o governo florentino encomendou dos artistas dois afrescos rivais sobre batalhas para adornar um salão no palácio cívico - "A Batalha de Anghiari", de Da Vinci, e "Batalha de Cascina", de Michelangelo.
Nenhuma das obras foi concluída, e as duas se perderam, embora sobrevivam parcialmente em gravuras e esboços. Mas Jones tem pouca dúvida de que Michelangelo saiu da competição com sua reputação fortalecida, enquanto Da Vinci sofreu um revés.
Ao apresentar Michelangelo como gênio que estava trabalhando sobre uma grande pintura de batalha, o Estado florentino o ajudou a conseguir uma encomenda ainda mais importante, disse Jones: a Capela Sistina.
O historiador argumenta que o ambiente fortemente competitivo da arte renascentista ajudou a impelir a arte para patamares cada vez mais altos, embora tenha prejudicado as carreiras de alguns artistas, ao mesmo tempo em que ajudou a lançar outros.
Jones também acredita que, se a tela de batalha de Da Vinci tivesse sido promovida como aconteceu com a de Michelangelo, a história da arte italiana poderia ter dado uma virada mais sombria e perturbadora.
"A tela perdida provavelmente foi sua obra-prima e foi quase como a antítese do Renascimento", disse ele. "Se ele (Da Vinci) tivesse sido o artista cujo exemplo fosse seguido depois, muitas coisas poderiam ter sido diferentes nos 200-300 anos seguintes."
Embora a competição de dois anos, que terminou em 1506, tenha terminado com Leonardo da Vinci sendo derrotado, Jones acredita que a história foi mais benevolente com ele que com Michelangelo.
"Os dois foram gênios incomparáveis. Não há dúvida de que Michelangelo ganhou, mas Leonardo venceu historicamente, por pouco", afirmou.
"Michelangelo tem sido reverenciado constantemente, mas, desde que os cadernos de Da Vinci começaram a ser editados, traduzidos e divulgados, no século 19, começamos a ter uma visão de Leonardo como cientista, não apenas artista, e Leonardo provavelmente passou à frente de Michelangelo."
"Para mim, em última análise, o vencedor foi Leonardo da Vinci."
Por Mike Collett-White
Pausa para ouvir os Músicos do Sarau Literário Piracicabano
*** Ouça e veja a bela participação dos "Músicos do Sarau Literário Piracicabano " clique no endereço a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=EHAtLh-GH40
Rússia proíbe livro de Hitler para combater extremismo
MOSCOU (Reuters) - Promotores russos proibiram nesta sexta-feira o livro semi-autobiográfico de Adolf Hitler "Mein Kampf" (Minha Luta), de 1925, em uma tentativa de combater a crescente fascinação por políticas de extrema direita.
Banido na Alemanha desde a 2a Guerra Mundial, o livro delineia a visão de Hitler de supremacia racial. Apesar de incluir trechos anti-semitas e anti-russos, o livro tem sido promovido por alguns grupos russos de extrema direita.
Banido na Alemanha desde a 2a Guerra Mundial, o livro delineia a visão de Hitler de supremacia racial. Apesar de incluir trechos anti-semitas e anti-russos, o livro tem sido promovido por alguns grupos russos de extrema direita.
O livro tem uma "perspectiva militar que justifica a discriminação e a destruição de raças não-arianas e reflete ideias que, quando implementadas, deram início à 2a Guerra Mundial", disse em comunicado promotoria-geral russa.
"Até agora, o 'Mein Kampf' não era reconhecido como extremista", disse o comunicado, anunciando a proibição do livro e sua inclusão numa lista federal de materiais extremistas. O livro estava disponível nas lojas e online, segundo o comunicado.
Extremistas russos atacaram trabalhadores imigrantes de nações pobres da Ásia Central e do Cáucaso que vão à Rússia e frequentemente buscam empregos subalternos e vivem em condições precárias, assim como estudantes africanos e asiáticos e russos sem aparência eslava.
Ao menos 60 pessoas morreram e 306 ficaram feridas em ataques racistas na Rússia no ano passado, de acordo com a Sova, organização não-governamental em Moscou que rastreia violência racista.
A proibição foi instaurada depois que um departamento regional da promotoria buscou novas formas de combater o extremismo e descobriu que o livro estava sendo distribuído na região de Ufa.
Hitler ditou o livro para seu assistente Rudolf Hess enquanto estava em uma prisão na Baviera depois da frustrada tentativa de golpe conhecida como o "Putsch de Munique" em 1923. O livro explica sua doutrina de supremacia racial alemã e suas ambições de anexar áreas gigantescas da União Soviética. (,,,)
"Até agora, o 'Mein Kampf' não era reconhecido como extremista", disse o comunicado, anunciando a proibição do livro e sua inclusão numa lista federal de materiais extremistas. O livro estava disponível nas lojas e online, segundo o comunicado.
Extremistas russos atacaram trabalhadores imigrantes de nações pobres da Ásia Central e do Cáucaso que vão à Rússia e frequentemente buscam empregos subalternos e vivem em condições precárias, assim como estudantes africanos e asiáticos e russos sem aparência eslava.
Ao menos 60 pessoas morreram e 306 ficaram feridas em ataques racistas na Rússia no ano passado, de acordo com a Sova, organização não-governamental em Moscou que rastreia violência racista.
A proibição foi instaurada depois que um departamento regional da promotoria buscou novas formas de combater o extremismo e descobriu que o livro estava sendo distribuído na região de Ufa.
Hitler ditou o livro para seu assistente Rudolf Hess enquanto estava em uma prisão na Baviera depois da frustrada tentativa de golpe conhecida como o "Putsch de Munique" em 1923. O livro explica sua doutrina de supremacia racial alemã e suas ambições de anexar áreas gigantescas da União Soviética. (,,,)
Por Conor Sweeney
Livro expõe cadernos de rascunho inéditos de Agatha Christie
Torquay (Reino Unido), 27 mar (EFE).- "O Caso dos Dez Negrinhos" e a "Morte na Praia", dois dos romances mais famosos de Agatha Christie (1890-1976), poderiam ter um final diferente, como mostra um livro que analisa os 73 cadernos de rascunho da autora.
A complexa simplicidade dos romances de Christie é revelada através das dezenas de cadernos que a autora encheu com suas anotações, objeto de estudo do irlandês John Curran em "Agatha Christie's Secret Notebooks" ("Os cadernos secretos de Agatha Christie", em tradução livre), ainda não publicado em português.
Curran, especialista na obra de Agatha Christie, a escritora que mais vendeu livros no mundo - 2 bilhões de exemplares em 45 idiomas, segundo seu site oficial -, passou quatro anos analisando os rascunhos.
"Eu sabia da existência dos cadernos, mas nunca, nem em meus melhores sonhos, cheguei a pensar que acabaria lendo eles um dia e publicando um livro sobre eles", explicou Curran à Agência Efe em Torquay, cidade natal da escritora. Foi ali perto, na residência de verão dos Christie, que o especialista estudou os 73 cadernos conservados.
As anotações são "completamente caóticas". Às vezes a autora começava tratando de um livro e saltava para outro algumas páginas depois. E em alguns casos, ela retomava ideias inacabadas dez anos depois.
"No meio dos rascunhos, havia, por exemplo, listas de presentes", explica Curran. Segundo ele Christie era caótica e trabalhava ao mesmo tempo em várias histórias, o que lhe permitiu escrever 80 livros entre romances e relatos e uma dúzia de peças de teatro.(...) Alicia García de Francisco
A complexa simplicidade dos romances de Christie é revelada através das dezenas de cadernos que a autora encheu com suas anotações, objeto de estudo do irlandês John Curran em "Agatha Christie's Secret Notebooks" ("Os cadernos secretos de Agatha Christie", em tradução livre), ainda não publicado em português.
Curran, especialista na obra de Agatha Christie, a escritora que mais vendeu livros no mundo - 2 bilhões de exemplares em 45 idiomas, segundo seu site oficial -, passou quatro anos analisando os rascunhos.
"Eu sabia da existência dos cadernos, mas nunca, nem em meus melhores sonhos, cheguei a pensar que acabaria lendo eles um dia e publicando um livro sobre eles", explicou Curran à Agência Efe em Torquay, cidade natal da escritora. Foi ali perto, na residência de verão dos Christie, que o especialista estudou os 73 cadernos conservados.
As anotações são "completamente caóticas". Às vezes a autora começava tratando de um livro e saltava para outro algumas páginas depois. E em alguns casos, ela retomava ideias inacabadas dez anos depois.
"No meio dos rascunhos, havia, por exemplo, listas de presentes", explica Curran. Segundo ele Christie era caótica e trabalhava ao mesmo tempo em várias histórias, o que lhe permitiu escrever 80 livros entre romances e relatos e uma dúzia de peças de teatro.(...) Alicia García de Francisco
Ana Marly, Idamis, Eunice, Ruth, Cornélio, Elda, Gisele, Lurdinha, Leda e Ivana. Sentadas: Angela, Carmen, Isadora e Maria Lucia
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Próximos homenageados do Sarau Literário Piracicabano do dia 13 de abril de 2010: Adoniran Barbosa_ compositor e a escritora e poeta Carmem Pilotto
Dúvida!
ResponderExcluirDa Vinci de tantos talentos, inclusive das incursões pela culinária, ou Michelangelo dos afrescos e de Moisés martelado para falar?
- Fico com os dois!
Não dá pra escolher um só, são dois GÊNIOS IMORTAIS ! FELIZ PÁSCOA, querida amiga! Bjs Mel
ResponderExcluirOi Ana
ResponderExcluirObrigada pelo Feliz Páscoa!
Bons ovinhos para você também, temperados com doçura e alegria...
bj
Amiga.
ResponderExcluirA genialidade dos dois é incomparável.
Quando vemos o espírito humano
dedicar-se a construção do belo,
encontramos o sentido do humano.
Que os sonhos sempre existam em ti.