sábado, 6 de março de 2010

Livros,leituras,.. Educativa o programa da literatura...

Afinal, o que é mesmo um Sarau Literário?

O Sarau Literário Piracicabano é um projeto que visa aproximar o público das obras literárias, lendo fragmentos delas ou falando sobre a trajetória do artista da vez. Quem vai sempre se emociona e volta. Alguns dos saraus que já foram realizados foram dos poetas e escritores: brasileiros (paulistas, mineiros, nordestinos, piracicabanos, caipiras...), poetas russos, ingleses, franceses, italianos, espanhóis, latinos... E muito ainda está por vir!


Sarau Literário é um encontro onde os participantes interagem. É algo ativo, vivo. Tudo regado com muita poesia, música, declamações, leituras. Durante o sarau, o público saboreia um diverso cardápio temático. As poesias estimulam os freqüentadores a refletir sobre a realidade em que estão inseridos e os problemas que os cercam.

O Sarau propicia um espaço para que as pessoas que gostam da literatura e que escrevem sejam contos, crônicas ou poesias se conheçam e mostrem os seus trabalhos e nesta troca de experiência acabam se interagindo e aprendendo um pouco mais.
O propósito do sarau, que tem apresentação gratuita, é também estabelecer uma relação direta com o público, com a intervenção e a mobilização dos materiais dos homenageados, que abrangem crônica, poesia, música, depoimento..., publicado em um Caderno Literário e distribuído gratuitamente ao publico presente.

Ana Marly de Oliveira Jacobino: coordenadora do Sarau Literário Piracicabano sendo entrevistada no Educativa nas Letras sobre o sarau e o seu calendário 2010

Carmelina de Toledo Piza:Escritora e contadora de histórias - incumbe-se de, por encanto nas histórias que conta no Programa

Educativa nas Letras é um programa de rádio que tem por princípio a ideia de que o rádio é um maravilhoso meio para se divulgar a boa literatura. Valendo-se de contações de estórias, declamações de poesia, leituras de trechos de livros, dicas de leitura e comentários críticos, o Educativa procura cativar o ouvinte – inserindo-o cada vez mais no mundo da leitura.

Lucila Calheiros Sivestre: diretora da Biblioteca Pública Municipal de Piracicaba e a mediadora do programa

Alexandre Bragion: Músico e pesquisador da teoria literária e um dos apresentadores do programa EDUCATIVA NAS LETRAS.
Dicas de Leituras:
Arte


Em seu livro A Palavra Pintada, Tom Wolfe saboreia, digere e regurgita o advento sequencial da arte moderna; ou seja, as vanguardas históricas, com o apimentado acompanhamento (ou seria prato principal?) da supervalorização da teoria como meio de validação da arte.
Autor, entre outros sucessos, do cultuado romance A fogueira das vaidades, o gênio do new journalism Tom Wolfe propõe uma visão apurada e cheia de ironia sobre o universo da arte no século XX em A palavra pintada. Num domingo de 1974, quando folheava o The New York Times, o jornalista e escritor encontrou uma crítica de arte atacando novos pintores sob a alegação de que suas obras careciam de uma teoria convincente que as embasasse – este foi o ponto de partida para que concebesse este título. De Pollock aos minimalistas, passando especialmente pelos críticos norte-americanos do pós-guerra, ninguém escapa ao humor mordaz e à lucidez de Wolfe. Publicado originalmente em 1975, esta obra-prima ganhou um epílogo em 1981 e permanece atual até hoje, pois continua questionando e fazendo pensar todos aqueles que se interessam pela arte e não apenas pela teoria por trás dela.
O autor descreve burlescamente o ritual de acasalamento entre o artista moderno e o le monde, abordando de forma sagaz a proliferação da teoria da arte, particularmente criticando os colossais escritos de crítica de arte do pós-guerra, sendo estes por Clement Greenberg, Harold Rosenberg e Leo Steinberg, autores os quais Wolfe nomeia sarcasticamente pertencentes ao Cultureburg.
Saiba +
Palavra Pintada, A
Autor:
WOLFE, TOM
Tradutor: WYLER, LIA
Editora: ROCCO
Filosofia

Os ensaios deste livro trazem à tona o questionamento da condição humana. Para o organizador, vivemos um momento de transição, ao qual as regras e conceitos que conhecamos não se aplicam.

Condiçao Humana, A
As Aventuras Do Homem Em Tempos De Mutaçoes
Organizador:
NOVAES, ADAUTO
Editora: AGIR
Assunto: FILOSOFIA
Humanas
A psicanalista e escritora Maria Rita Kehl parte da suposição de que a depressão é um sintoma social contemporâneo para desenvolver os três ensaios que compõem seu novo livro: O tempo e o cão, a atualidade das depressões.

Escrito a partir de experiências e reflexões sobre o contato com pacientes depressivos, o livro aborda um tema que, apesar de muito comentado, é pouco compreendido. Para abordá-lo, Maria Rita faz um apanhado do lugar simbólico ocupado desde a Antigüidade clássica até meados do século XX, quando Freud trouxe esse significante do campo das representações estéticas para o da clínica psicanalítica. O livro toca também na relação subjetiva dos depressivos com o tempo, chamado pela autora de temporalidade. Para a construção deste pensamento, são utilizados conceitos dos filósofos Henry Bergson e Walter Benjamin, ambos dedicados à reflexão sobre essa questão.

Trecho de O tempo e o cão

A via do entendimento psicanalítico parte sempre da investigação clínica, na qual as formações do inconsciente se expressam na singularidade de cada sujeito; mas a experiência clínica pode também, seguindo o exemplo de Freud, contribuir para esclarecer o sofrimento que se expressa através dos sintomas da vida social. A direção da construção da teoria vai do particular para o social, nunca o contrário. Nos consultórios, tratemos nossos depressivos um a um, a partir dos pressupostos da psicanálise. A partir daí, talvez possamos escutar também o que eles têm a nos ensinar a respeito das formas contemporâneas do mal-estar, das quais eles não estão – como nenhum ser falante, aliás – excluídos.”

Serviço:

Título: O tempo e o cão
Subtítulo: a atualidade das depressões
Autor(a): Maria Rita Kehl
Páginas: 304
Ano de publicação: 2009
ISBN: 978-85-7559-133-8
Preço: R$ 39,00

Literatura

"Cadernos de Infância" (tradução de Joana Angélica D'Ávila Melo, lançamento da editora Record) apresenta as memórias da poeta argentina Norah Lange, autora que fez parte do seleto grupo dos grandes escritores do início do século 20 da Argentina, onde listam Borges, Bioy Casares e Olivero Girondo -- este último, com quem ela foi casada
Leia abaixo um trecho do livro



"VEJO-A ORLADA de uma ternura que ninguém poderia tocar sem desfazer-lhe algo, sem acrescentar-lhe mais graça além da que era necessária e real. Montava seu cavalo, vestida com aquelas saias amplas, opacas, que se usavam na época. Nós a víamos toda inteira de um lado do cavalo, a face escondida sob a aba do chambergo preto. Do outro, apenas uma das mãos enluvada; o perfil tão claro, como se de repente se aproximasse de uma lamparina. Toda a figura parecia fazer contrapeso, a partir de um flanco do cavalo, ao outro, ao luminoso, à inteireza do seu rosto. Montando assim, transmitia-nos uma dupla doçura: podíamos vê-la de um costado, do costado da sombra, do menos conhecido, e do outro, onde ela estava toda, e a recuperávamos intacta, idêntica ao panorama de carinho que nos mostrava todos os dias. Ao levantá-la até a montaria, meu pai só necessitava juntar as mãos para que ela apoiasse um pé. Mamãe subia e de imediato, já pronta, ficava atenta, esperando. Todos os seus gestos, embora fossem novos, viviam em seguida uma paisagem habitual. .."

História


O historiador e suas fontes (Editora Contexto), livro organizado pelas historiadoras Carla Bassanezi Pinsky e Tania Regina de Luca, apresenta aos leitores diferentes conjuntos documentais e suas formas de utilização na pesquisa histórica. Estudiosos experientes, que querem diversificar seu trabalho, ou mesmo iniciantes, têm em mãos uma obra cuidadosa, que traz os procedimentos da construção do conhecimento historiográfico a partir de fotografias, obras literárias, cartas, diários, pronunciamentos e discursos, testamentos e inventários, registros paroquiais e civis, processos criminais, bem como documentos produzidos por órgãos de repressão em diferentes regimes políticos.
O livro também aborda as fontes para o estudo e a constituição do patrimônio cultural, um campo que abarca de papéis a edifícios, de mapas a obras de arte, de comidas típicas a festas populares e tudo mais que for capaz de expressar cultura. Os capítulos foram escritos por especialistas nas fontes abordadas. Pesquisadores de instituições conceituadas estão reunidos em um projeto editorial destinado a estreitar a relação entre a produção do saber e sua utilização pela universidade. Analisam as possibilidades e os problemas enfrentados no trato das fontes, completam com informações sobre os acervos existentes, sugestões práticas de como proceder a coleta e interpretar o material, e amarram tudo com exemplos concretos.
Serviço

Livro: O historiador e suas fontes
Organizadoras: Tania Regina de Luca e Carla Bassanezi Pinsky
Formato: 16x23 cm; 336 páginas
Preço: R$ 43,00

7 comentários:

  1. POSSO DAR NOTA?? SE PUDER DOU-LHE MIL...HUMMMM... UM MILHÃO DE APLAUSOS!! PARABÉNS QUERIDA, PELAS MARAVILHAS QUE NOS OFERTA!! Grande abraço, Mel

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  2. Que pena que não ouço rádio... Mas tenho certeza de que sua entrevista foi de êxito, e um convite a participarem da festa que são os Saraus realizados por você, Ana, "Cheia de Graça".

    Força, que a Literatura agradece! Nós todos agradecemos!

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  3. LINDO:::::::::

    Vim deixar poesia

    NÃO ME IMPORTO



    Não me importo...
    Que pensem o que quiserem...

    Não me importo...
    Que imaginem o imaginário...

    Não me importo...
    Que digam o que não é...

    Não me importo...
    Que inventem o que apetecer...

    Não me importo...
    Que falem, só para não estarem calados...

    Não me importo...
    Que acordem e pensem que dormi...

    Não me importo nada...
    Mas importo-me...
    Em ser eu...
    Em estar presente...
    Em ter os olhos abertos...
    Em estar atenta...

    Em ver o que o mundo precisa...
    De gente que saiba sorrir...

    E assim, muito a sério...
    Eu importo-me, mesmo!...

    LILI LARANJO

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  4. Amiga.

    Fico com aquela vontade boa de conhecer o sarau,
    e sentir as idéias inspiradas nas cores dos olhares.

    Feliz dia da mulher.
    Para mim este dia dura o ano todo.

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  5. Obrigada pelos comentários tão repletos de carinho e anizade; Abraços Poéticos Piracicabanos da Ana Marly de Oliveira Jacobino

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  6. Ana Marly

    Lindo
    volte sempre
    no blog de africa encontra muita poesia...a minha poesia...

    quando quizer vir a Portugal a casa é para ti... Depois... vamos ao hotel Moliceiro tomar o nosso chá e ouvir o piano a tocar...

    BEIJOS

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  7. Lilii: quando for a Portugal irei ao seu encontro para ouvir poesia ao som do fado. obrigada!

    Ana Marly

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