Escrever para crianças e jovens exige conhecer mais do que a linguagem precisa conhecer a alma infanto-juvenil; o que eles pensam; como participam do mundo, como reagem..., enfim, escrever para elas é dialogar com o mundo e toda a sua problematização!
Nenê, a rede embalando
,quer provocar a soneca
à sua linda boneca
nuns versos que vai cantando:
“Bonequinha, bonequinha,
tão lourinha,
por que ficas a sorrir,
sem dormir?
A tua rede balanço
no vai-vem;
os olhos fecha de manso,
que o sono vem.
“Bonequinha, bonequinha,
tão lourinha,
por que ficas a sorrir,
sem dormir?
A BONECA
Olavo Bilac
Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: “É minha!”
— “É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca…
Olavo Bilac
Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: “É minha!”
— “É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca…
DORME RUAZINHA… É TUDO ESCURO!…
Mário Quintana
Dorme ruazinha… É tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos…
Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso perseguí-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada…
Só os meus passos… Mas tão leves são,
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…
Do livro: Antologia poética para a infância e a juventude, Ed. Henriqueta Lisboa, Rio de Janeiro, INL:1961.
Mário Quintana
Dorme ruazinha… É tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos…
Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso perseguí-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada…
Só os meus passos… Mas tão leves são,
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…
Do livro: Antologia poética para a infância e a juventude, Ed. Henriqueta Lisboa, Rio de Janeiro, INL:1961.
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
SACI E A TURMA (POESIA INFANTIL)
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Onde foi parar
o gorro do saci?
E agora? Sem ele
o travesso perdeu
os poderes mágicos.
Olha, olha amiguinho
descobri o gorro
enterrado na cabeça...
adivinhe de quem!
Da mula sem cabeça!
Será?
A Iara o pediu emprestado
para presentear o seu
mais novo namorado;
o tal do boto encantado!
Onde foi parar
o gorro do saci?
Na toca da cobra grande
Na cabeça de Nonato
levado pela bela Naiá
a futura Vitória-régia!
Onde foi parar
o gorro do saci?
Ninguém sabe, ninguém viu?
Talvez, o tal do Frajola,
o gatinho do Piu-piu
sem querer o engoliu
De passagem pela vida
muitos temos para ver...
Ver o que vale e importa ,
logo temos que aprender
Basta ver nas amizades.
Há quem tem mil amigos tem!
Mas,na hora da dor ou sofrimento,
só os poucos e verdadeiros, vem.
Desses poucos qual o valor?
Do que os mil, muito maior
que são apenas como um tambor
fazem barulho , mas nos deixam na pior!
Se em algo acreditar,
ainda que pequeno,modesto,
temos que ali depositar
nossa energia,esquecendo o resto.
Coisas pequenas, bem singelas
podem muito melhor nos surpreender
se formos apenas para as mais belas
podemos nos arrepender...
Só aparência e quantidade
temos que muito cuidado ter
não relatam sempre a verdade
e podem problemas nos trazer.
Saber o que para nós
Não queremos,pode nessa caminhada nos ajudar
pela quantidade não nos enganemos
qualidade é do que vamos precisar!
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Onde foi parar
o gorro do saci?
E agora? Sem ele
o travesso perdeu
os poderes mágicos.
Olha, olha amiguinho
descobri o gorro
enterrado na cabeça...
adivinhe de quem!
Da mula sem cabeça!
Será?
A Iara o pediu emprestado
para presentear o seu
mais novo namorado;
o tal do boto encantado!
Onde foi parar
o gorro do saci?
Na toca da cobra grande
Na cabeça de Nonato
levado pela bela Naiá
a futura Vitória-régia!
Onde foi parar
o gorro do saci?
Ninguém sabe, ninguém viu?
Talvez, o tal do Frajola,
o gatinho do Piu-piu
sem querer o engoliu
Sabendo ser
De passagem pela vida
muitos temos para ver...
Ver o que vale e importa ,
logo temos que aprender
Basta ver nas amizades.
Há quem tem mil amigos tem!
Mas,na hora da dor ou sofrimento,
só os poucos e verdadeiros, vem.
Desses poucos qual o valor?
Do que os mil, muito maior
que são apenas como um tambor
fazem barulho , mas nos deixam na pior!
Se em algo acreditar,
ainda que pequeno,modesto,
temos que ali depositar
nossa energia,esquecendo o resto.
Coisas pequenas, bem singelas
podem muito melhor nos surpreender
se formos apenas para as mais belas
podemos nos arrepender...
Só aparência e quantidade
temos que muito cuidado ter
não relatam sempre a verdade
e podem problemas nos trazer.
Saber o que para nós
Não queremos,pode nessa caminhada nos ajudar
pela quantidade não nos enganemos
qualidade é do que vamos precisar!
MINHOQUINHA MALUQUINHA
( Anne Lieri) http://annelieri.blogspot.com/
( Anne Lieri) http://annelieri.blogspot.com/
Minhoquinha maluquinha
Para a praia foi de canga
De biquíni de bolinha
E sandálias havaianas.
Passou protetor solar
Deitou numa cadeirinha
Queria se bronzear
E ficar bem moreninha.
Com o andar muito lento
Com o andar muito lento
Chegou belo, o minhocão
Não demorou muito tempo
E pra minhoca fez canção.
Ficou tão apaixonado
Que queria se casar
Mas pra minhoca era sagrado:
Não queria se amarrar!
Minhocão foi insistente
Dela não quis abrir mão
E a minhoquinha contente
Entregou seu coração!
Puxa,Ana Marly, que honra estar com minha poesia por aqui! Adorei!Obrigado!beijos, parabéns pelos trabalhos sempre e Feliz Páscoa!chica
ResponderExcluirAna,muito legal ver minha poesia e da querida amiga Chica por aqui!É uma honra fazer parte de sua agenda,sempre maravilhosa e com grandes iniciativas culturais!Bjs e feliz Páscoa a todos da agenda cultural!
ResponderExcluirlinda de mais
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