Ana Marly de Oliveira Jacobino
Emilinha Borba é botafoguense de coração e mangueirense de alma e nascimento, pois foi num dia 31 de agosto, na Vila Savana, de seu avô, situada na Rua Visconde de Niteroi, no Bairro da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro / RJ, que nasceu, da união de Eugênio Jordão Borba e Edith da Silva Borba, uma carioca predestinada ao sucesso e a levar para fora dos limites de sua cidade e do seu País, o seu carisma, a sua grandiosidade e, principalmente, a nossa cultura popular: Emilia Savana da Silva Borba (hoje Emília Savana de Souza Costa) e nacionalmente conhecida como Emilinha Borba.
Cantoras do Rádio é um documentário que resgata importantes passagens da Era de Ouro do Rádio, durante as décadas de 30 a 50...
Ainda menina e contrariando um pouco a vontade de sua mãe, apresentava-se em diversos programas de auditório e de calouros, dentre eles, "A Hora Juvenil", na Rádio Cruzeiro do Sul, e "Calouros do Ari Barroso", onde conquistou a ota máxima interpretando o samba "O X do Problema" de Noel Rosa.
Cantando de emissora em emissora de rádio daquela época, formou com Bidú Reis, e por um curto período, a dupla "As Moreninhas" (foto acima), quando então, gravaram em Discoteca Infantil - 78 RPM, "A História da Baratinha", numa adaptação de João de Barro.
1950 - Emilinha Borba - Tomara Que Chova
Levada por Carmen Miranda, "A Pequena Notável" e sua madrinha artística, fez um teste no Cássino Balneário da Urca / Rio de Janeiro. Por ser menor de idade e na ansia de conseguir o emprego, alterou sua idade para alguns anos a mais. Ajudada por Carmen (que também emprestou-lhe vestido apropriado e sapatos de plataforma), foi aprovada pelo Sr. Joaquim Rollas, diretor artístico do Cássino e ali passou a se apresentar como "crooner", tornando-se logo em seguida uma das principais atrações daquela casa de espetáculos.
Emilinha Borba canta suas marchinhas: http://www.youtube.com/watch?v=1FLnh0Qfa0o
Auditório da Rádio Nacional
Emilinha foi a primeira artista brasileira a fazer uma longa excursão pelo país com patrocínio exclusivo. O laboratório Leite de Rosas até então investia em artístas internacionais (como a orquestra de Tommy Dorsey) e contratou e patrocinou Emilinha por três meses consecutivos em excursão pelo Norte e Nordeste.
Sua foto era obrigatória nas capas de todas as revistas e jornais do país. Na "Revista do Rádio" semana era ela, na seguinte outro artista e na posterior ela novamente. Até que, na Semana Santa que seria a vez de Emilinha, foi criado um impasse, pois o diretor da revista queria homenagear a Igreja Católica. Como resolver? Solução: colocar um crucifixo em seu colo, o que foi o bastante para um crítico (José Fernandes) dizer: "Que até Cristo para ser capa de revista teve que sentar no colo de Emilinha"
Em fevereiro de 2004, Emilinha foi hospitalizada após cair da cama e fraturar o braço direito. Em junho de 2005, ela esteve internada após cair de uma escada e sofrer traumatismo craniano e hemorragia intra-cerebral.Morreu na tarde do dia 3 de outubro de 2005 de infarto fulminante, enquanto almoçava em seu apartamento no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, aos 82 anos.Seu corpo foi velado durante toda a noite e pela manhã, por amigos, familiares e fãs, na Câmara dos Vereadores no Rio de Janeiro (cidade) e sepultado no Cemitério do Caju.
Emilinha Borba - Escandalosa - Ao Vivo:http://www.youtube.com/watch?v=AyC9Yx78f5I&feature=related
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