Ano Novo com os amigos...

                   

                           Ano Novo 4 – Microconto _ Ana Marly de OLiveira Jacobino

Barulho nos céus! Revoada de pássaros! Cachorros latindo! Crianças chorando! Susto! Espocam os fogos de artifícios! Mais susto! Morre um amigo e deixa saudades! Nasce uma criança, seu nome Esperança! Nasce na Rua Ano Novo, 2012!

Minha saudade e minha homenagem a Maria Emília Redi

                                 Ana Marly, Maria Emilia, Rutinha e Ivana Negri
                                               Maravilhada fiquei.... Mel Redi - in memoriam
Olhos nos olhos...
Almas no compasso
Do descompasso do coração!
Maravilhada fiquei ...
Em teus braços me entreguei,
Naquele abraço tão esperado...
Na penumbra do salão
Rola solto o tango rasgado
Falando mais alto a paixão !
No " Caminito "
Sentimo-nos " Uno " ...
- À Média Luz "
Rompemos disfarces,
Arrebentamos a hipocrisia!
Flutuamos , flutuamos ...
Nas asas voláteis da emoção !

                                                   Feliz Asas Novas _Ivana Negri

Não se trata de utilizar armações de arame, cola e penas. As asas as quais me refiro, são indestrutíveis e feitas de material etéreo e surreal, invisível aos olhos comuns.

Diz a lenda, que a cada boa ação que fazemos aqui na terra, um pedacinho de asa de anjo é acrescentado lá no céu, no par que nos aguarda.

Quanto mais boas ações fizermos, mais bonito fica o nosso par de asas. Elas podem se tornar cintilantes, nacaradas, transparentes, coloridas, perfumadas, prateadas, douradas, acobreadas, furta-cores, do jeito que imaginarmos, pois são feitas de sonho e pensamentos.

Um dia, quando formos promovidos de estágio (o que as pessoas geralmente chamam de morte), elas estarão nos aguardando. Se os bons atos forem poucos, as asas serão pequenas e nos permitirão voos mais breves, mas se tivermos construído asas enormes e potentes, poderemos voar muito mais longe.

Ajudar quem precisa, dizer boas palavras, amparar as crianças, acolher um animalzinho abandonado, dar alimento a quem tem fome, dar atenção ao idoso, ajudar, colaborar, trabalhar, sem esperar nada em troca. Dinheiro não é tudo e não edifica asas para ninguém. Ao contrario, pode atrasar sua confecção e adiá-la por tempo indeterminado. Ninguém chega ao céu sem um anjo que lhe indique o caminho. Eles nos reconduzem ao paraíso, nosso lugar de origem.

Chegará o dia em que todos seremos anjos. Cada pessoa terá seu par de asas. Alforriados da carne, todos seremos seres-borboleta, prontos a polinizar as flores da existência das pessoas ainda sem asas, ajudando-as a construírem as suas. Uma legião de entes alados pairando sobre a terra, dissipando nuvens negras e afastando auras negativas para longe.

Asas da doçura, da piedade, da compaixão, do amor, da fraternidade, da bondade, da solidariedade, enfim, asas são uma encantadora metáfora para designar o que é a alma. Livre dos grilhões do corpo, o espírito pode voar, planar, flutuar ao sabor dos pensamentos.

Ainda somos lagartas humanas, arrastando-nos com dificuldade. Um dia chegará a nossa vez de transmudarmos em entidades angelicais aladas. E alçaremos voos inimagináveis na amplidão infinita do universo com nossas diáfanas asas.
O ano de 2012 está começando. Página em branco, pura e alva. Está na hora de pensarmos em incrementar nossas asas, deixá-las maiores e mais possantes. Feliz asas novas, quer dizer, ano novo!                           

Amigos e amigas, abaixo vai um desejo de sinceras mudanças para 2012. Paz e paz. Luzia.

Felicidade
“Hoje eu confirmei que um pensamento positivo e elevado é capaz de mudar o astral do mundo e o curso da história.
Hoje eu percebi que toda a mudança que desejo para mim, para minha família e para meus colegas nunca saiu de minhas mãos.
... Hoje eu decidi que as crises dos outros, as crises do mundo e minhas próprias crises não são motivos para abalar minha felicidade.
Hoje eu descobri que a felicidade não é uma busca, mas uma realidade que está no DNA da alma e que meu único trabalho é acessá-la.”
Que em 2012 você expresse todo seu manancial de felicidade.            Luzia Stocco

                                 Ano Novo (infantil) Ana Marly de Oliveira Jacobino
Chega de retrospectivas,
De mostrar as desgraças
Preciso saber das alegrias
E não mais das ameaças!

Ano Novo com festança,
Sem drogas e sem bebida
Veja é tempo de mudança
Recomeçar uma nova vida!

                    Abram alas pro ... Ana Marly de OLiveira Jacobino

Cruzes! Não vou hoje não!
Sei que você esta me chamando...
Aqui estou curtindo muito.
No meu vizinho encanador
todo dia ele sobe no telhado
Olha! Ele não é um ladrão!
Não é o vizinho, claro que não!
Interessante ele ter escolhido
lugar tão diferente para andar,
riscar o ar com o seu gorgolejo.


Hoje, não quero ir pra longe...
Sei que você esta me chamando.
Pára! Quero ver o peru no telhado,
na casa do vizinho o encanador,
enquanto, ele não está embriagado.
Vou esperar o céu escurecer
pra derramar nos meus cabelos,
vestígios derretidos de estrelas.
E no silêncio grudar minha alma
na alma das ondas do mar.


Hoje, não quero ir pra longe...
Sei que você esta me chamando...
Afinal, é tão bom ficar por aqui!
Vou lá fora ver e admirar o peru,
ele escapou do dia de ação da graças...
Ah! Isto é festa dos norte- americanos,
país tropical se come peru no Natal!
Quero ouvir o carrilhão da catedral
quebrar com seu ruído este mal
que devora o meu ventre seco.
Por isso...
Hoje, não quero ir pra longe...

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