quinta-feira, 8 de julho de 2010

Vinicius de Moraes; Compositor e Poeta aqui na Agend@!

30 anos sem o homem que sabia amar as "Mulheres" com Poesia" 

Marcus Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos (...)
No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco
O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boémio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi amnistiado pela Justiça em 1998. Em 2006, foi oficialmente reintegrado na carreira diplomática. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22.06.2010 e recebeu o número 12.265.

Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.
Nos anos 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.
Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia 9 de julho, Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreria pela manhã.

Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure..

Ouça; Vinicius declamando o "Soneto da Fidelidade". Clique no endereço a seguir:


http://www.youtube.com/watch?v=PMZ10B82ZZg


Os precursores da Bossa Nova

Garota De Ipanema
 Antônio Carlos Jobim / Viní­cius de Moraes

Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço, a caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, porque estou tão sozinho
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
E também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor
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                             Assista e se emocione com vinícius e Tom Jobim:

                            http://www.youtube.com/watch?v=m_XRAhp1AGc

Morais, Vinicius (organização de Antonio Cicero e Eucanaã Ferrasz). Nova Antologia Poética. 1a..ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. ISBN 978-85-359-0439-0
Morais, Vinicius (texto de José Castello). Livro de Letras. 1a..ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. ISBN 85-359-0730-0

O ano de 1958 marcaria o início de um dos movimentos mais importantes da música brasileira, a Bossa Nova. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum "Canção do Amor Demais", gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além da faixa-título, o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom, como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e "Chega de Saudade", em interpretações vocais intimistas.


                                                           SOS Mulher  Brasileira



Precisa um caso de repercussão como a do goleiro Bruno para nos conscientizarmos da violência contra a mulher. Dez mulheres são mortas por dia no país. 40.000 mulheres foram assassinadas por amantes, namorados, maridos..., no ano de 2009 no Brasil. Carnificina para fazer inveja aos mercenários em guerra!
                                                        
                                                             SOS mulheres brasileiras!

Este deve ser a nossa luta primordial antes de todas as outras lutas que participamos. Basta de violência. Basta!
                                                             Ana Marly de Oliveira Jacobino
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Convite: Venha para o Sarau da Bossa Nova
** Sarau da Bossa Nova 2:



HOMENAGEADOS: CARLOS LYRA, ROBERTO MENESCAL, BADEN POWEL, MARCOS E PAULO SÉRGIO VALLE e os MÚSICOS DO SARAU LITERÁRIO PIRACICABANO


Local: No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2 na Rua Gomes Carneiro, 136 -Piracicaba-SP
Dia: 13 de Julho (Terça-feira): 19h30 às 21h30


Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)
Classificação: Livre

5 comentários:

  1. Oi Ana
    De cara nova no site, heim?
    Ficou ótimo!!!

    bj

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  2. Ana, querida.
    Gosto muito do Vinicius, das suas composições, de seus versos. Fico satisfeito em ver uma postagem dedicada a ele neste seu espaço fabuloso!

    Abraços,

    P.S.
    Será que deixei de comentar que gostei da nova decoração? rs

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  3. Obrigada Andreia e Richard;levei um tempo,mas consegui dar um visual novo ao Agend@. Ainda vou descobrir mais coisas que podem ser feitas. Devagar se vai ao longe!

    abraços Poéticos Piracicabanos

    Ana Marly

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  4. Ana: tudo muito lindo, a casa nova, e a maravilhosa homenagem a este poeta que cantou o amor, a vida e, sobretudo, a beleza das mulheres. Nota mil para você! Um beijão da Marisa

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  5. Já vai 30 anos da morte do Poetinha. Ontem ele ainda estava ali, com o Tom, com o Toquinho... cantando a garota de molejo quente lá pelas areias de Ipanema. Ontem ainda li alguma coisa dele, cantei uma música dele. E lá ele ficou, no ontem, mas sua obra ainda vive aqui, no hoje.

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