terça-feira, 26 de agosto de 2014

Venha para a Festa...



“Os meus retratos são vários e neles não terás nunca o meu rosto de poesia. Não olhes os meus retratos, nem me suponhas em mim.” Gilka Machado ,Poeta Brasileira
Publicações dos participantes no Caderno do Sarau Literário Piracicabano de 19 de Agosto 
de 2014
 
  Narciso_ Ana Lucia Ana Lúcia Paterniani
" eu te olhava e não te via
você me via e não me enxergava
que pena!!
duas belas almas encantadas
aprisionadas
no reflexo do espelho
da própria beleza
não fomos capazes de sair
dessa armadilha
do próprio encantamento
náufragos na ilha do eu
incapazes de amar
morremos afogados
na paixão
de si mesmo"




TRAGÉDIA_  Dirce Ramos de Lima

Só mesmo a fé em Deus conforta
este pai, que, regressando ao lar,
 encontra esposa e filha mortas!
                       
 O homem sofrido.
     abatido,
       ajoelha e chora:
é o único sobrevivente,
      da enchente
      que levou sua família embora...
 
 
Para "Bandeira e todos os Poetas" _ Ana Marly De Oliveira Jacobino
Que saudades do Brasil...
Lá, eu era amigo do Poeta.
Lia, Andrade, Bandeira, Drummond, Gilka...
No sítio do meu avô Giubbina,
De bermuda, chinela, camiseta,
Caminhava pela grama orvalhada.

Que saudades do Brasil...
Como, Lispector fui feliz por lá,
No Brasil tinha grandes aventuras, como;
coordenar um Sarau Literário, repleto
de composições, poemas...de quem sabe fazer
o bom e belo, juntando as palavras.
Passar por Pásargada e visitar Bandeira.
Vou voltar...

Conhecerei meninos e meninas;
brancos, negros, índios...
Vou visitar a casa...
"Encantada de Santos Dumont"!
Subir os degraus da escada com o pé direito.
Escada, que ele planejou, enquanto, fazia o avião.
Ouvirei Villa Lobos em sua Sinfonia de Brasilidade,
E, no Carnaval de Ouro Preto, descerei as ladeiras...
com as Repúblicas Históricas, vestida de colombina.

Que saudade do Brasil...
Lá, sou amiga do Bandeira
Sei que seus poemas são belos!
Tem bolsa família para os mais pobres.
E, os trens sumiram das estações,
As ruas viraram sambódromos
Os rios, alguns, estão poluídos...
Faltam políticas públicas...
Consciência para os governantes e,
o povo na hora de votar!
Mas, as pessoas são alegres, mesmo assim...

Quero ir à Sala São Paulo
Cantando no “Trenzinho Caipira”.
Beber uma caipirinha em Piracicaba.
Ler as homilias de D. Paulo Evaristo Arns,
Na linda Catedral da Sé.
Vou-me embora para o Brasil!

E, se, porventura vier a sentir
saudade do vento gelado,
De ouvir um Jayhawks, imitar o toque do celular
De ver as árvores sem folhas,
E a grama queimada pela neve tão alva,
Quem sabe volte pra lá.
Talvez! Porque, aqui no Brasil sou tão feliz!

Que saudade do Brasil...
Lá sou amiga do Bandeira
Sei que no Brasil há Antonio, Benedito, João, Pedro...
Antonia, Benedita, Joana, Heloisa...
Terei uma cama de palha de milho,
Cachaça, mandioca, pamonha, rapadura,
e um amigo, à quem escrever.
Porque no Brasil, quem é amiga do Bandeira,
É quase, como amigo do Rei.

## Dedico este poema paráfrase para todos os Artistas, Escritores, Músicos... Entre eles, o poeta Richard Mathenhauer e para o grande escritor e pensador Stefen Zweig, que foi um apaixonado pelo Brasil.

2 comentários:

  1. Seu blog é um tesouro onde encontro preciosas jóias!
    Cada vez que leio fico emocionada com tantas e varadas inspirações!
    Então, perdoe-me por repetir esse clichê;
    Querida Ana Marly! Obrigada por existir!!!!

    Dirce Ramos de Lima

    ResponderExcluir
  2. Uma manhã de luz estou tentando. após esse maravilhoso e abençoado comentário Dirce minha querida e sempre amiga. CaipiracicabANA

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário