quinta-feira, 21 de junho de 2012

Machado de Assis, hoje é seu aniversário...

"A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal." Verdades que somente o "Bruxo do Cosme Velho" poderia ter nos deixado como legado. Machado de Assis, sem dúvida, foi um grande expoente da literatura nacional e afirmo, sem sombras de dúvida da universal. Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em  21 de junho de 1839, veio para mostrar a sua genialidade! 
                                       Ana Marly de Oliveira Jacobino
Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentara o autodidata Machado de Assis.
       Poema de Machado de Assis na voz de Miguel Falabella. Parte do CD "Momentos de Amor":
                              http://www.youtube.com/watch?v=kYfDVDGV2hc
        Aqui estou na FLIP ao lado da foto do meu querido Bruxo Machado de Assis.
De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.
   Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender.  Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.
                                   Um dos poemas mais lindos de Machado de Assis:
                              http://www.youtube.com/watch?v=kn1TsJT0j_Y
Sua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).  Um de seus amigos, Faustino Xavier de Novaes (1820-1869), poeta residente em Petrópolis, e jornalista da revista O Futuro,[ estava mantendo sua irmã, a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, desde 1866 em sua casa, quando ela chegou ao Rio de Janeiro do PortoSuas cartas endereçadas a Carolina são todas assinadas como "Machadinho

Seriado baseado no livro Dom Casmurro de Machado de Assis_ Capitu - Capítulo 1 - 

http://www.youtube.com/watch?v=pSnTjEV6MHM&feature=related


         Inspirados na Academia FrancesaMedeiros e AlbuquerqueLúcio de Mendonça, e o grupo de intelectuais da Revista Brasileiraidearam e fundaram, em 1897, junto ao entusiasmado e apoiador Machado de Assis, a Academia Brasileira de Letras, com o objetivo de cultuar a cultura brasileira e, principalmente, a literatura nacional.[
          O capítulo final de Memórias Póstumas de Brás Cubas é exemplo cabal do pessimismo que vigora na fase madura de Machado de Assis e do narrador morto:
Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.
— Memórias Póstumas de Brás CubasCapítulo CLX
"Figuras do narrador machadiano". In: Cadernos de Literatura Brasileira, n. 23/24, jul 2008, Instituto Moreira Salles, São Paulo
 Brás Cubas em três versões. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Assis, Machado deObra Completa, org. por Afrânio Coutinho. Rio, Aguilar, 1971.
youtube, google

3 comentários:

  1. Que maravilha de homenagem.Adorei a foto 0perto dele... E estás sempre atenta à tudo,né? Que legal!! beijos,lindo fds!chica

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  2. Chica adoro as suas visitas sempre mostras que de fato lê o que publicamos. Obrigada

    Ana Marly

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  3. Escolhi esta postagem do Machado para cravar aqui minha mensagem de congratulações pelo Blog, agradecer a Tua visita no blog Retalhos do Modernismo. É uma delícia encontrar divulgação dos nossos literatos. Machado, se por acaso fossemos postar tudo que existe ainda de inédito, teríamos que permanecer 24 horas por dia e por meses. Mas, o importante são as pinceladas aqui e ali e assim vamos deixando viva a vida e a obra desses nossos ícones sagrados.
    Só para lembrar, postei a síntese biográfica do Villa-Lobos. Gostaria muitíssimo de receber Tua avaliação e crítica.
    Abraços Terno e fraterno e:
    "ESTEJA E SEJA E FIQUE FELIZ!"
    Luiz de Almeida

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