domingo, 10 de junho de 2012

Luís Vaz de Camões deixou um legado...

Luís Vaz de Camões deixou um legado poético inigualável de amor a pátria com os Lusíadas. Hoje, 10 de Junho é  comemorado o do dia da sua morte, atualmente relembrado como o “Dia de Portugal, de Camões e da Língua Portuguesa, sendo feriado nacional em Portugal. Camões é visto como um poeta além do seu tempo  pela sua modernidade ao escrever o épico!
                                         Ana Marly de oliveira Jacobino
Nasceu a 1524 ou 1525, segundo documentos publicados por Faria e Sousa, em Lisboa ou em Coimbra (a data e o local do seu nascimento não são certos). Segundo registo da lista de embarque para o Oriente do ano de 1550, declara-se que Luís de Camões se inscrevera e, nesse registo, é-lhe atribuída a idade de 25 anos.
O Padre Manuel Correia que o conheceu pessoalmente, dá-o nascido em 1517. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá Macedo, família nobre estabelecida em Portugal na época de D. Fernando, foi educado sob o império do Humanismo, estudou em Coimbra de 1531 a 1541, onde D. Bento de Camões seu tio, era chanceler.
Ouça Soneto 11 - Luiz de Camões:
Era esse mesmo seu tio sacerdote e sábio que o auxiliava nos estudos, mas ainda antes de Luís de Camões acabar o seu curso, partiu para Lisboa, talvez para conhecer melhor a principal cidade do seu país visto gostar imenso da História de Portugal.
Reinava D. João II e, como Camões era fidalgo, podia frequentar as festas e saraus da corte no palácio real; e foi lá que conheceu aquela que ele queria que viesse a ser a sua esposa, D. Catarina de Ataíde.
Devido à rigorosa tradição da corte, Camões teve que se afastar desta linda menina a quem ele tratava por um nome inventado de Natércia nos seus muitos poemas consagrados, e foi exilado por ordem do rei para o Ribatejo (Constância), onde permaneceu durante dois anos até que se alistou como soldado e partiu para Ceuta.

AMÁLIA Rodrigues canta " ERROS MEUS " Poema: Luis Camões Música: Alain Oulman:



Camoês foi um grande poeta, e, também um grande patriota e um grande soldado. Defendeu Portugal tanto nas guerras em África como na Ásia. Em 1547, partiu para Ceuta depois de ter estado na corte de 1542 a 1545. Em Ceuta perdeu um olho quando lutava a favor de D. João III.
Três anos mais tarde voltou a Portugal e teve vários duelos, num dos quais feriu Gonçalo Borges, moço de arreios de D. João III, o que lhe custou um ano de prisão no Tronco. Diz-se que foi nesse ano de prisão que Camões compôs o primeiro canto da sua obra “Os Lusíadas”.
Os Lusíadas, como gênero literário, classifica-se como um poema épico. Esta palavra veio para nós do latim, “epicus”, que, por sua vez, prende-se a “epikos”, do grego, que tem na sua base “epos”, inicialmente palavra, depois verso e recitação. Já o verbo “poiein” em grego recebeu o sentido particular de fazer uma obra literária; como na antiguidade grega toda literatura era poesia, a palavra guardou o sentido de fazer poesia. A temática épica tem características universais, fala de grandes feitos, de grandes realizações, de coletividades, tendo no geral um caráter laudatório. Seus personagens vêm da história, da mitologia, das lendas, são deuses, semi-deuses, heróis, monstros.
A ação é o próprio fato heróico no seu desenvolvimento como, por exemplo, o descobrimento do caminho marítimo para a Índia em Os Lusiadas. Embora o poema celebre na realidade toda a história nacional portuguesa, sua tônica dominante, em torno da qual tudo gira, é a viagem ao oriente. O protagonista, é o que “luta na frente”, o principal ator na tragédia grega. É o herói central numa epopeia, Vasco da Gama, no caso de “Os Lusíadas”. Maravilhoso é a intervenção de agentes sobrenaturais a favorecer ou dificultar o desenvolvimento da ação.
Regressou a Lisboa em 1569 e, em 1572, publicou “Os Lusíadas”. Foi-lhe concedida por D. Sebastião uma tença anual de 15 mil reis que só recebeu durante três anos, pois faleceu no dia 10 de Junho de 1580 em Lisboa, na miséria, vivendo de esmolas que se dizia terem sido angariadas pelo seu fiel criado Jau. O seu enterro teve de ser feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos.
Após a sua morte, foi D. Gonçalo Coutinho que mandou esculpir na sua pedra o seguinte letreiro: Aqui Jaz Luís de Camões Príncipe dos Poetas de seu Tempo. Viveu Pobre e Miseravelmente e Assim Morreu. - Esta campa lhe mandou pôr D. Gonçalo Coutinho, na qual se não enterrará pessoa alguma.

Nabuco, Joaquim. Camões e os Lusíadas. BiblioBazaar, LLC, reimpressão de 2009.
Biografia: Camões in Sociedade Digital
 Ivan Teixeira (ed) & Camões, Luís de. Os Lusíadas: episódios. Atelie Editorial, 1999.
fotos google
poema no youtube



Um comentário:

  1. Legado, sem sombra de dúvidas, importantíssimo.

    Muito linda tua joaninha e já está lá! Fico daqui torcendo pra tudo de bom por aí,melhoras pra tu mãe! beijos,chica

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