SESC PIRACICABA DISCUTE A RAPIDEZ DA IMAGEM NO PROJETO TEMPO
" O Tempo esse "ser inexorável" que determina o fim de tudo, que não é o Tempo..." Ana Marly de Oliveira Jacobino
O filósofo Mario Sergio Cortella é mestre e doutor em educação pela PUC de São Paulo, instituição na qual é professor titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e da Pós-Graduação em Educação. Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo na gestão Luiza Erundina, de 1991 a 1992. É autor de diversas obras no campo da filosofia e da educação.
Mario Cortella após a palestra no Sesc Piracicaba com Rose Cruz
Para incentivar o debate sobre o tempo, considerado a criação humana que mais tem urgência de ser repensada na era da informática e das conexões instantâneas, o SESC Piracicaba criou o projeto Tempo , que terá início no dia 16 de outubro, com o intuito de discutir ideias para evidenciar a contínua tentativa de criação de modos e estilos de vida, inerentes à preservação e necessários para a evolução da sociedade.
O verdadeiro cadáver não é o corpo (...), mas aquilo que deixou de viver(...)" Fernando Pessoa
Mario Cortella após a palestra no Sesc Piracicaba com Rose Cruz
Para incentivar o debate sobre o tempo, considerado a criação humana que mais tem urgência de ser repensada na era da informática e das conexões instantâneas, o SESC Piracicaba criou o projeto Tempo , que terá início no dia 16 de outubro, com o intuito de discutir ideias para evidenciar a contínua tentativa de criação de modos e estilos de vida, inerentes à preservação e necessários para a evolução da sociedade.
Exposição Tempo: A mostra faz um panorama da arte contemporânea brasileira e olhares sobre o tempo por meio do trabalho dos artistas Anabela Santos, Celina Carvalho, João Modé, Lucas Bambozzi, Luzia Simons, Marcelo Amorim, Néle Azevedo, Paulo Cheida, Renato Brunello, Siron Franco, Sonia Guggisberg e Thereza Salazar. As visitas vão até dia 29 de novembro.
O filósofo e mestre em educação, Mario Sergio Cortella deu corda no tempo e aborda as características incorporadas ao tempo contemporâneo.
Convite:
Dia 24, 15h30 - palestra "A identidade na era de sua reprodutibilidade técnica", com Eduardo Viveiros de Castro, doutor em Antropologia Social pela UFRJ, professor do Museu Nacional/UFRJ e etnólogo americanista. Dia 24, 16h30 - bate-papo com Eduardo Viveiros de Castro e o cineasta Marcelo Masagão, criador do Festival do Minuto, sobre "O tempo da identidade", com mediação do psicanalista Márcio Mariguela, professor de Filosofia da Unimep.
O verdadeiro cadáver não é o corpo (...), mas aquilo que deixou de viver(...)" Fernando Pessoa
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. " Fernando Pessoa
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. Fernando Pessoa
AH! OS RELÓGIOS
Mario Quintana - A Cor do Invisível
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vida
sem seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantam
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
AUTO-RETRATO
Ana Marly de oliveira Jacobino
Quando olho no espelho,
Sempre vejo uma criança,
Ouvindo cantigas de ninar,
Ciranda e muita folgança.
No seu olhar perdido,
Na busca do que se foi,
Perde a noção do tempo,
Acorda com a canção do boi.
Brinca de pique, queimada,
Pensa que é uma menina,
Mas, o espelho lhe revela,
Uma mulher na sua retina.
Não acredita na imagem,
Ana Marly de oliveira Jacobino
Quando olho no espelho,
Sempre vejo uma criança,
Ouvindo cantigas de ninar,
Ciranda e muita folgança.
No seu olhar perdido,
Na busca do que se foi,
Perde a noção do tempo,
Acorda com a canção do boi.
Brinca de pique, queimada,
Pensa que é uma menina,
Mas, o espelho lhe revela,
Uma mulher na sua retina.
Não acredita na imagem,
Não se reconhece como Eu!
Não adivinha mais seu futuro.
Basta! De encarnar Proteu!
Basta! De encarnar Proteu!
No Tempo nos refugiamos (que belo paradoxo, do próprio tempo!), seja no passado que não nos comprime como o presente, seja no futuro (imaginário e ideal) que nos liberte. Mas do tempo, por mais que queiramos, por mais que se diga que ele não existe, mas que somos nós que nos degeneramos, dele não fugimos.
ResponderExcluirAdorei seu Auto-retrato!
Richard
Que bom que você teve tempo e passou por aqui com suas palavras filosóficas. Obrigada!
ResponderExcluirAna Marly de Oliveira Jacobino
Ana, Carinho, que poema mais linnnndo!!..." mas, o espelho lhe revela,/ uma mulher em sua retina..." Que Bela Mulher Nos Revela - Em Nossa Retina!! Linnnnda e querida amiga do meu coração! PARABÉNS! Mil carinhos, Mel Redi
ResponderExcluirMélzinha; saudades! Ainda bem que podemos nos comunicar através das palavras. Com carinho e amizade obrigada pela visita. Ana Marly de Oliveira Jacobino
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