terça-feira, 11 de agosto de 2009

Jorge Amado, HIlda Hilst e Aracy Ferrari no Sarau Literário em Piracicaba. Você não pode perder!

Aracy Ferrari (escritora e poeta)

Sarau Literário é um buque de belas poesias para você! Venha Participar!


Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 18 de Agosto de 2009: ** HILDA HILST (Escritora e Poeta), ** Jorge Amado, (Escritor),## Aracy Ferrari (escritora e poeta)

No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2 na Rua Gomes Carneiro, 136 - Piracicaba-SP

Dia: 18 de Agosto (Terça-feira)

Horário: 19h30 às 21h30

Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)
Querido

ARACY DUARTE FERRARI nasceu em Presidente Alves, desenvolveu sua vida profissional na cidade de Bauru, SP. Em Piracicaba, atua na literatura e artes plásticas. Graduada em Pedagogia, especialização em Psicologia, foi professora da rede estadual de ensino, diretora de Escola e Professora Universitária. É escritora, poetisa, articulista,

Em noite clara, a lua a provocar,
Sentimentos e aspirações
Que amor tu eras
Belo, jovem, educado.
No cruzar dos olhos
A lua fotografando percebeu
Nossos profundos anseios
E as cenas gestuais…
Como as estrelas a cintilar
Brilhamos e nos aproximamos.

Tínhamos a beleza da papoula,
O perfume cálido do jasmim,
A postura majestosa do eucalipto,
O encanto de um jardim.

Amor que adentrou meu ser
No compasso do tempo, como pêndulo,
Marcando no contratempo.
Nosso amor foi assim…




Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.
Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu na Tchecoslováquia, onde nasceu sua filha Paloma.
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis. Doutor Honoris Causa por diversas universidades, Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em fitas gravadas para cegos.
Em 1987, foi inaugurada em Salvador, Bahia, no Largo do Pelourinho, a Fundação Casa de Jorge Amado, que abriga e preserva seu acervo, colocando-o à disposição de pesquisadores. A Fundação objetiva ainda o desenvolvimento das atividades culturais na Bahia.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência, na Rua Alagoinhas, em 10 de agosto, dia em que completaria 89 anos.






Capitães da Areia (trecho)

Como o vestido dificultava seus movimentos e como ela queria ser totalmente um dos Capitães da Areia, o trocou por umas calças que deram a Barandão numa casa da cidade alta. As calças tinham ficado enormes para o negrinho, êle então as ofereceu a Dora. Assim mesmo, estavam grandes para ela, teve que as cortar nas pernas para que dessem. Amarrou com cordão, seguindo o exemplo de todos, o vestido servia de blusa. Se não fôsse a cabeleira loira e os seios nascentes, todos a poderiam tomar por um menino, um dos Capitães da Areia.
No dia em que, vestida como um garôto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou a rir. Chegou a se enrolar no chão de tanto rir. Por fim conseguiu dizer:
- Tu tá gozada...
Ela ficou triste, Pedro Bala parou de rir.
Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer.
O assombro dêle não teve limites:
- Tu quer dizer...
Ela o olhava calma, esperando que êle concluisse a frase.
- ...que vai andar com a gente pela rua, batendo coisas...
- Isso mesmo. - Sua voz estava cheia de resolução.
- Tu endoidou...
- Não sei por quê.
- Tu não tá vendo que tu não pode? Que isso não é coisa pra menina. Isso é coisa pra homem.
- Como se vocêes fôsse tudo um homão. E tudo um menino.
Pedro Bala procurou o que responder:
- Mas a gente veste calça, não é saia...
- Eu também. - E mostrava as calças.
De momento êle não encontrou nada que dizer. Olhou para ele pensativo, já não tinha vontade de rir. Depois de algum tempo, falou:
- Se a polícia pegar a gente, não tem nada. Mas se pegar tu?
- E igual.
- Te metem no Orfanato. Tu nem sabe o que é...
- Tem nada não. Eu agora vou com vocês.
Ele encolheu os ombros num gesto de quem não tinha nada com aquilo. Havia avisado. Mas ela bem sabia que êle estava preocupado. Por isso ainda disse:
- Tu vai ver que eu sou igual a qualquer um...
- Tu já viu uma mulher fazer o que um homem faz? Tu não aguenta um empurrão...
- Posso fazer outras coisas.
Pedro Bala se conformou. No fundo gostava da atitude dela, se bem tivesse mêdo dos resultados.


Homenageados do Sarau Literário Piracicabano de 18 de Agosto de 2009: ** HILDA HILST (Escritora e Poeta), ** Jorge Amado, (Escritor),## Aracy Ferrari (escritora e poeta) No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2 na Rua Gomes Carneiro, 136 - Piracicaba-SP

Dia: 18 de Agosto (Terça-feira)
Horário: 19h30 às 21h30
Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)

3 comentários:

  1. Acabo de ler o novo programa. Alegra-me bastante a volta da Dra Ana e a participação do José Carlos.

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  2. Olá, Marly!

    Convido a você e aos leitores deste BLOG a darem uma lida em uma crônica minha, publicada em A PROVÍNCIA, de ontem. Segui aqui o link do jornal (www.aprovincia.com.br), depois é só clicar na seção IDEIAS.

    Abraços,

    Alê Bragion.

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  3. Vou fazer a leitura da sua crônica. Obrigada pela dica

    Ana Marly de Oliviera Jacobino

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