Uma noite em um sarau movimenta a alegria interior...Convidados na noite do Sarau de 16 de Julho de 2013
Publicações do Caderno do Sarau Literário Piracicabano de 16 de Julho_ parte 2
foto Ivana Altafin
Decifra-me ou te devoro – Terezinha Sbrissa de Campos
Nasci em Piracicaba, vivi um tempo no Rio. Quando cheguei à São Paulo tudo era tão difícil!!!Lembrei-me da esfinge de Tebas que cruzava o caminho de todos e formulava um enigma para o viajante.Quem errava o enigma era devorado pelo monstro. Assim sentia, que SP me dizia, como na frase clássica da obra de Homero: Decifra-me ou te devoro.
“ Eu sou o que você vê,mais um pouco e menos um pouco.Talvez o contrário, o parecido; o avesso ou inverso.Depende .... de você”(autor desconhecido). De cara a cara com o meu eu,carregada de medos e inseguranças,fui salva pela minha profissão de agrônoma.Contratada pela prefeitura de São Paulo, fui trabalhar no Viveiro Manequinho Lopes.No meio das plantas eu tentava o equilíbrio necessário para enfrentar o complexo demográfico que agora vivia. Morava na esquina da Rua Groenlândia com a Brigadeiro Luís Antonio .Ia a pé para o trabalho. No caminho ia recolhendo lembranças das amigas e amigos deixados para trás. E eram tantos, tão queridos e estavam tão longe!
Aos poucos fui tendo contato com jardineiros, imigrantes europeus, principalmente italianos e espanhóis. Sr Orestes, Malaguenha, me ensinaram a arte da jardinagem, transmitida de pais para filhos. A frente da administração do Parque Ibirapuera estava o sr. Artur Etzel, que embora aposentado, trabalhava de graça, por amor ao trabalho. Eu percorria com ele todo o Parque,ávida das sua histórias, seus conhecimentos e sua dedicação.
Fora daquele Parque, a cidade me dava medo. Quanto mais difícil,mais eu mergulhava pra dentro, buscando forças para enfrenta-la. O psicodrama chegava à SP e iluminou vários caminhos que segui. Rendi-me, mergulhei no que não conhecia, preocupei-me em entender o que não entendia. Fiz novos amigos, encontrei amores e um em especial com quem me casei e tive filhos.Enraizei-me.
Só assim a cidade me mostrou seu outro lado, seus encantos. Embora a realidade tenha se provado muito mais complexa que eu imaginava nos meus 22 anos. Piracicaba me deu raízes. Até hoje quando caminho lá, sinto meus pés grandes. O Rio de Janeiro, muito prazer, cultura. Vivi lá a época da bossa nova, cinema novo, Liberdade, liberdade.São Paulo me deu profundidade e auto conhecimento. É por isso que hoje, já aposentada, tento devolver um pouco de tudo isso que recebi. Pelas praças do bairro e nas aulas de jardinagem, nas terças de manhã vou deixando sementes que outros cuidarão quando eu me for.
Nasci em Piracicaba, vivi um tempo no Rio. Quando cheguei à São Paulo tudo era tão difícil!!!Lembrei-me da esfinge de Tebas que cruzava o caminho de todos e formulava um enigma para o viajante.Quem errava o enigma era devorado pelo monstro. Assim sentia, que SP me dizia, como na frase clássica da obra de Homero: Decifra-me ou te devoro.
“ Eu sou o que você vê,mais um pouco e menos um pouco.Talvez o contrário, o parecido; o avesso ou inverso.Depende .... de você”(autor desconhecido). De cara a cara com o meu eu,carregada de medos e inseguranças,fui salva pela minha profissão de agrônoma.Contratada pela prefeitura de São Paulo, fui trabalhar no Viveiro Manequinho Lopes.No meio das plantas eu tentava o equilíbrio necessário para enfrentar o complexo demográfico que agora vivia. Morava na esquina da Rua Groenlândia com a Brigadeiro Luís Antonio .Ia a pé para o trabalho. No caminho ia recolhendo lembranças das amigas e amigos deixados para trás. E eram tantos, tão queridos e estavam tão longe!
Aos poucos fui tendo contato com jardineiros, imigrantes europeus, principalmente italianos e espanhóis. Sr Orestes, Malaguenha, me ensinaram a arte da jardinagem, transmitida de pais para filhos. A frente da administração do Parque Ibirapuera estava o sr. Artur Etzel, que embora aposentado, trabalhava de graça, por amor ao trabalho. Eu percorria com ele todo o Parque,ávida das sua histórias, seus conhecimentos e sua dedicação.
Fora daquele Parque, a cidade me dava medo. Quanto mais difícil,mais eu mergulhava pra dentro, buscando forças para enfrenta-la. O psicodrama chegava à SP e iluminou vários caminhos que segui. Rendi-me, mergulhei no que não conhecia, preocupei-me em entender o que não entendia. Fiz novos amigos, encontrei amores e um em especial com quem me casei e tive filhos.Enraizei-me.
Só assim a cidade me mostrou seu outro lado, seus encantos. Embora a realidade tenha se provado muito mais complexa que eu imaginava nos meus 22 anos. Piracicaba me deu raízes. Até hoje quando caminho lá, sinto meus pés grandes. O Rio de Janeiro, muito prazer, cultura. Vivi lá a época da bossa nova, cinema novo, Liberdade, liberdade.São Paulo me deu profundidade e auto conhecimento. É por isso que hoje, já aposentada, tento devolver um pouco de tudo isso que recebi. Pelas praças do bairro e nas aulas de jardinagem, nas terças de manhã vou deixando sementes que outros cuidarão quando eu me for.
O Espelho _ Lídia Sendin
No meu espelho, fiel escudeiro,
Vejo somente o meu real reflexo.
Não há outro amigo assim verdadeiro,
Que mostre tão leal e puro nexo.
#Cada fio de cabelo em desalinho,
As rugas que emergem em teimosia,
Só refletem, sinceras, meu caminho
E nele cada pedra que havia.
#Ele só mostra a real história:
Não passei por aqui sem um tormento.
O espelho me olha, sem memória,
Só me diz desta vida o momento.
#Somos casca que um dia cairá,
Ele diz sem um traço de piedade.
Amanhã outra coisa me dirá
E também saberei que é verdade.
#Esse monstro que só reflete o certo,
Como já disse o poeta Caieiro,
Não pensa e por isso é esperto,
Só reflete o que vê e é verdadeiro.
No meu espelho, fiel escudeiro,
Vejo somente o meu real reflexo.
Não há outro amigo assim verdadeiro,
Que mostre tão leal e puro nexo.
#Cada fio de cabelo em desalinho,
As rugas que emergem em teimosia,
Só refletem, sinceras, meu caminho
E nele cada pedra que havia.
#Ele só mostra a real história:
Não passei por aqui sem um tormento.
O espelho me olha, sem memória,
Só me diz desta vida o momento.
#Somos casca que um dia cairá,
Ele diz sem um traço de piedade.
Amanhã outra coisa me dirá
E também saberei que é verdade.
#Esse monstro que só reflete o certo,
Como já disse o poeta Caieiro,
Não pensa e por isso é esperto,
Só reflete o que vê e é verdadeiro.
O que sou eu? Edson Antonio Di Piero
O que sou eu?
Um humano.
Um cristão.
Um romântico.
Um pobre diabo.
O que sou eu?
Uma simples pessoa.
Uma humilde alma.
Sou pensamentos.
Sou sonhos.
Quero ganhar o mundo.
Quero ser feliz.
Só quero ser alguém.
Qualquer alguém.
Não tenho identidade.
É tão difícil ser alguém.
Será que é tão difícil ser amado.
Será que é tão complicado assim.
A felicidade é rara.
É raro me sentir feliz.
O que sou eu?
Um humano.
Um cristão.
Um romântico.
Um pobre diabo.
O que sou eu?
Uma simples pessoa.
Uma humilde alma.
Sou pensamentos.
Sou sonhos.
Quero ganhar o mundo.
Quero ser feliz.
Só quero ser alguém.
Qualquer alguém.
Não tenho identidade.
É tão difícil ser alguém.
Será que é tão difícil ser amado.
Será que é tão complicado assim.
A felicidade é rara.
É raro me sentir feliz.
No mês do aniversário de Piracicaba
Terça – 20/08/2013 – 19 horas e 30 minutos
SARAU LITERÁRIO PIRACICABANO
no Museu H. P. PRUDENTE DE MORAES (Rua Santo Antonio, 641 - Centro - Piracicaba/SP)
_ Entrada Gratuita_
Tema: “
O “Pacificador” levou o ideal republicano como prioridade na direção do
país. Nas mãos de “Tô Mendes”, a nau da história de Prudente de Moraes
navega nas águas da cidade de Piracicaba!”.
Homenageados_ Prudente de Moraes (Primeiro Presidente Civil do Brasil) e Maria Antonieta Sachs Mendes (Musicista e Diretora do Museu H. P. PRUDENTE DE MORAES)
Homenageados:
foto by _ Isa Silvano
Por aqui acaba uma e já tem outra em mente, planejada, bem pensada! LINDO e por isso tudo é sucesso! beijos,chica
ResponderExcluirChica, enquanto estivermos com saúde iremos espalhando e resgatando nomes históricos e mostrando seus trabalhos. Obrigada pela visita sempre tão esperada. Ana Marly
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