Caderno de Publicações do Sarau
Literário Piracicabano 11/12/2012 Parte 2
Tristeza e solidão_ Ondina Bueno Toricelli
Estou só, e ninguém pode preencher este
vazio
Como
espectro atrás da cortina vendo o nada
A luz do
poste no meio da névoa é opaca
E os cães se
aquietam esperando a madrugada.
*Uma buzina
restrugiu na rua escura sem asfalto
Em frente as
moradas de barracos ao lado do rio
Onde crianças famintas demoram a dormir
Com seu
estômago rugindo como trovão bravio.
#É triste o
gemido do vento nos beirais do zinco
Parece vozes de
almas em sussurros doloridos
Aguilhadas gemem em soluços lacerantes
Trazendo
misérrima dor aos meus ouvidos.
#Ninguém para
entreter minha dor ofuscando este vazio,
Nem mesmo a presença de uma mariposa a se debater
Contra a
lâmpada escaldante queimando suas asas,
É outra
condenada como eu que se contorce até morrer.
#Estou só e
propensa a qualquer desatino nas trevas
Tenho ânsias de
fugir correndo pelas ruas desertas
Encontrar
alguém, ou até mesmo um cão vadio,
Para me fazer
companhia nesta hora incerta.
#Procuro me
distrair esfregando minhas mãos
Passando os
dedos pelos meus cabelos em desalinho
Sou como a
garça solitária que mora à beira do rio
Que triste contempla as águas levando
seu ninho.
Ouça o Receita Caseira _ Angela Tuppy, Ariadne Teixeira, Mirna Adamoli, Murilo
Beltrame, Osvaldo Nogueira
Arranjo Maestro Osvaldo
Nogueira) Adeus Guacyra - Hekel Tavares e Joraci Camargo__ http://www.youtube.com/watch?v=kT374OT7S8o&feature=youtu.be
"Conheci
Décio Pignatari em uma das suas palestras sobre arte, poesia, política e
literatura, então, percebi o motivo dele ser considerado polêmico;
ideias fortes, uma lingua ferina, em uma das palestras disse:"O Brasil
nunca teve escritor de cunho universal!" Nas suas palestras notei
Décio, incrédulo e irônico, sempre! Décio marca presença na história da
literatura brasileira junto com os irmãos Augusto e Haroldo de Campos,
tornou-se um dos principais idealizadores da poesia concreta.""
Ana Marly de Oliveira JacobinoTributo ao imortal Decio Pignatari morto no dia domingo 02 de Dezembro de 2012
Poesia
Concreta_ Ana Marly de Oliveira Jacobino
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igualtudomuitoigualtudomuitoigualtudo
igualtudomuitoigualtudomuitoigual
igualtudomuitoigualtudomuito
igualtudomuitoigualtudo
igualtudomuitoigual
igualtudomuito
igualtudo
igual
Repleta_ (Julia
Deffende)
Sinto um vazio completo de lucidez
Um nada repleto de alegria
E um medo recheado de coragem
E então eu temo...
Temo pela dor que ainda não senti
Pelo amor que esta por vir
E pelo seu sorriso que ainda não conheci.
Então entrego minha alma para a alegria
E sem nenhuma covardia,
Rio repleta de alegria,
Com coragem vou seguindo
Sem deixar de temer,
Pois o meu grande e iluminado dia vai chegar
Para me fascinar e me completar.
Um nada repleto de alegria
E um medo recheado de coragem
E então eu temo...
Temo pela dor que ainda não senti
Pelo amor que esta por vir
E pelo seu sorriso que ainda não conheci.
Então entrego minha alma para a alegria
E sem nenhuma covardia,
Rio repleta de alegria,
Com coragem vou seguindo
Sem deixar de temer,
Pois o meu grande e iluminado dia vai chegar
Para me fascinar e me completar.
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