quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vá além da sua dimensão através das asas da arte; aqui na Agend@!

"Sentir os movimentos que acontecem em um Sarau Lítero-Musical é como interagir através de um caleidoscópio, onde o tempo pára, e , os seus reflexos coloridos transpassam a alma envolvendo-a na pura arte atemporal!"
                                                     Ana Marly de Oliveira Jacobino 
                      Sarau Literário Piracicabano
 (Sarau Bem Brasileiro) de  12 de Abril de 2011_ Parte 1
Primeiro homenageado do Sarau Literário Piracicabano: Gilberto Freyre

Gilberto nasce no Recife, em 15 de março de 1900, Gilberto Freyre, filho do Dr. Alfredo Freyre — educador, Juiz de Direito e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito do Recife — e de D. Francisca de Mello Freyre.
Aos seis anos de idade tenta fugir de casa, escondendo-se em Olinda, cidade à qual devotou grande amor e da qual escreveria, em 1939, o 2° Guia Prático, Histórico e Sentimental.
Inicia seus estudos freqüentando o Jardim da Infância do Colégio Americano Gilreath, em 1908. Faz seu primeiro contato com a literatura através das Viagens de Gulliver. Mas, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos.
Em 1909 falece sua avó materna, que vivia a mimá-lo por supor ser o neto retardado, pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933 e escrito em Portugal. Em 1946, Gilberto Freyre é eleito pela UDN para a Assembléia Constituinte e, em 1964, apoia o golpe militar que derruba João Goulart. A seu respeito disse Monteiro Lobato:
“O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram. “
Gilberto Freyre foi também reconhecido por seu estilo literário
As mangueiras
o telhado velho
o pátio branco
as sombras da tarde cansada
até o fantasma da judia rica
tudo esta à espera do romance começado
um dia sobre os tijolos soltos
a cadeira de balanço será o principal ruído
as mangueiras
o telhado
o pátio
as sombras
o fantasma da moça
tudo ouvirá em silêncio o ruído pequeno."            Gilberto Freyre

## Com o livro "Casa-Grande & Senzala", publicado em 1933, Gilberto Freyre revolucionou a historiografia. Ao invés do registro cronológico de guerras e reinados, ele passou a estudar o cotidiano por meio da história oral, documentos pessoais, manuscritos de arquivos públicos e privados, anúncios de jornais e outras fontes até então ignoradas. Usou também seus conhecimentos de antropologia e sociologia para interpretar fatos de forma inovadora. Freyre fez carreira acadêmica, de artista plástico, jornalista e cartunista no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Manteve, porém, uma grande ligação com Pernambuco, em especial Olinda e Recife...
Segunda homenageada do Sarau Literário Piracicabano: Marly Therezinha Germano Perecin
                         Uma biografia, que fala ao coração
Certa menina estudiosa e inteligente solicitou-me a biografia. Encarei com espanto, primeiro porque os filhos não crescem não importa a sua origem _se d’alma, do coração ou do sangue; segundo, porque ela hoje empresta a Piracicaba o seu dinamismo como lingüista e literata, terceiro é que por graça da sua imensa alegria interior, ela estremece Piracicaba com o seu sarau: Ana Marly de Oliveira Jacobino!
Não é que a menina cresceu e engrandeceu a cultural piracicabana? Tornou-se mestra, mãe e artista. Esta mesma que me solicitou a biografia.
Já, alertei sobre a inutilidade de considerar uma vida, tão sem graça que cabe na orelha de um livro, mas como ela é insistente cedi. Talvez para me livrar rapidamente do que chamam uma saia justa. _Falar de mim ou da biografia na terceira pessoa?_ Preferi a segunda alternativa.
Marly Therezinha Germano Perecin nasceu em Taquaritinga, São Paulo aos 6 de novembro de 1936. Se houvesse sido consultado escolheria Piracicaba, pois nesta cidade passou a viver toda a sua vida; cresceu, estudou, casou, teve filhos e neto; sorriu e sofreu como todos os seres humanos porém, jamais se entregou a dor e, quando encerrou o magistério, dedicou-se a escrever.
Vai deixar filhos e livros neste mundo. É medularmente paulista, natureza que revela em suas pesquisas, monografias, livros, opúsculos, artigos e romances. Se o que consta em seu currículo tem significado meramente formal, o que vale é a sua perseverança no duro aprendizado da vida, sem se dar conta da idade. Talvez, este seja o seu único mérito.
Foram seus pais Nestor soares Germano e Djanira ribeiro Germano, seu marido Noedy Perecin. São seus filhos: Gil, Théo e Nelita (falecida); seus netos: Marcelo, Beatriz, Lucas, Mariana e Marina.
Como historiadora não se espanta com o rápido suceder das transformações, mas as vezes deseja que reinventassem o processo genealógico das sociedades no sentido do aprimoramento da beleza, da inteligência e da bondade, imunizando-se o mundo frente as perversidades e o sofrimento. Não é que seja movida por sonhos e utopias, mas certas contradições alimentam duvidas que só cabem ao futuro resolver.
Finalmente, a última revelação: perante a vida, que de presente lhe é oferecida, esta curiosa como criança em “Noite de Natal”; atenta como segurança em shopping e um pouco inútil como tigela sem tampa.
Para vocês; “Mestres” na grandeza da palavra; suas vidas entrelaçam com a História do Brasil                         Ana Marly de Oliveira Jacobino
         Hoje ouvimos muito falar em “Resgate Histórico”! Vou além ao afirmar; o que fazemos é “Justiça Histórica”! Você ouviu bem; “Justiça Histórica”.
        Gilberto Freyre foi duramente criticado por volta da segunda metade do século XX, como: o sociólogo, que escrevia ensaios e, portanto, não poderia ser considerado um cientista. Esqueciam seus críticos mais ortodoxos, do seguinte e inesperado detalhe: Freyre era sem dúvida alguma um romancista, ele tinha o domínio das palavras, e deste modo, escrevia muito bem! Gilberto Freyre, com esta postura romanceada na pesquisa, dezenas de vezes foi mal compreendido por suas posições diante das suas idéias elaboradas em suas escritas, quanto; a miscigenação do povo brasileiro. Mas, Freyre conseguiu romper o racismo e as tradições do pensamento (1930 em diante), que alardeava a necessidade de haver uma raça pura e junto com a mesma; a existência de um estado com mão forte.
         Freyre com seus escritos antropológicos percebe e faz seu leitor perceber; as pessoas, suas religiões, costumes, culinária; tudo isto no âmbito da essência da nacionalidade brasileira. Nos dias atuais, há um movimento de reavaliação das obras de Gilberto Freyre, movimento este, que vai muito além das noções de mestiçagem e democracia racial, hoje, Freyre está sendo revisto para que se possa compreender melhor a questões de globalização e à preocupação com uma nova realidade de migrações e contato entre diferentes grupos étnicos.
            Marly Therezinha Germano Perecin veio de encontro a minha vida num momento de fomentar ainda mais uma busca de conhecimento para me fortalecer para um longo tratamento de saúde. Desta maneira, procurei no âmbito acadêmico minimizar a minha dor no corpo!
            Eu, re-encontrei a “Mestra” em uma sala toda restaurada da Escola Sud Mennucci. Ela falou sobre a história do Sud Mennucci, alguns fatos e figuras marcantes referentes ao local, eu conhecia, pois já havia por lá estudado. Então, uma aluna contou o fato da sua mãe ter o hábito de mandá-la estudar mencionando; ser a nossa cidade berço de figuras notáveis e concluía a sua fala, com a seguinte afirmação: “Piracicaba é considerada a “Atenas Paulista”.
            Recordo-me da serenidade da Professora Marly ao tratar uma gafe histórica dos piracicabanos ao explicar: “O que de fato aconteceu é que um intelectual italiano, cujo nome era: Roberto Capri foi quem primeiro denominou Piracicaba de “Ateneu Paulista”. Ele estava em visita a nossa cidade e viu que aqui havia muitas escolas, um fenômeno para a época, e em proporção numérica, aqui tinha mais escolas que Campinas e Santos, Roberto Capri, deste modo, denominou Piracicaba de “Ateneu Paulista”. Vejam bem! Ateneu é o local onde os intelectuais se reúnem, centro de intelectuais, ele certamente não poderia falar que aqui era Atenas, pois Atenas é a pátria da democracia e Piracicaba nesta época era a terra dos coronéis!
          Sempre que possível durante a minha vida acadêmica ou mesmo no magistério, eu busquei ouvir a voz desta historiadora, que tem o mérito de estudar pontos considerados delicados e polêmicos da nossa história sem ser contaminada por eles, sua contribuição vai além de Piracicaba e região; seus estudos históricos são propagados sem limitações de fronteiras. Copilo uma frase do nosso “Poetinha Vinicius de Moraes”:: “Saravá Freyre! Sarava Marly Germano Perecin!

GRUPO - CHORANDO EM 7_ COORDENAÇÃO - MAESTRO MARCOS DE MORAES

CLARINETA - ABNER SMITH// CAVAQUINHO - ANDRÉ CONCEIÇÃO ROQUE// PERCUSSÃO - LAURO H. DE MENDONÇA// VIOLÃO 7 CORDAS - MATHEUS TAGLIATTI // VIOLÃO 6 CORDAS - MAURO DE MORAES// ESCALETA - ROSEANE LUPPI

**OUÇA A INTERPRETAÇÃO DOS MAIS BELOS "CHORINHOS BRASILEIROS" NAS MÃOS DOS SEUS INTÉRPRETES:
                                      http://youtu.be/YndLYXDMXNY
                         SECRETA _Lídia Sendin

A lua é mulher que encanta,
Tem o seu lado de santa
Brilhando no arco do céu.
Mas tem para quem procura
A face também escura.
Metade que ninguém vê.
Na outra face da lua
Mulheres guardam segredo,
Escondem um lado negro,
Com uma senha secreta,
Não dada nem ao poeta,
Que é quem nela mais crê.
Mulher, essa bela lua,
Sabendo que é só sua,
Velada, sombria zona
Que mora na escuridão,
Jamais deixa vir à tona
Segredos do coração.
REVELAÇÃO – (Carlos G. Mokreys)

Não posso dar-te toda a flor.
Apenas...
Algumas pétalas, talvez...
Mas lembra-te,
cada pétala encerra em si
toda a essência da flor.

GOSTO DE AVELÃS _ Rosani Abou Adal
Dirigindo o veículo que me conduzia
às minhas quatro paredes,
viajei nas rodas de Lenoir
rumo à rua Roquette.
No café em frente ao terminal,
observava através das cortinas transparentes
os chapéus que passeavam na calçada.
Tentava te perceber meio à multidão,
não via o vulto de tua imagem.
Sobre a mesa Uma Paixão no Deserto,
nos tipos de Didot, Balzac me acompanhava.
Entrastes pela alta porta de vidro
com um buquê do campo nas mãos
como fosse este o primeiro instante.
Sentastes ao meu lado,
beijastes suavemente minhas mãos.
Não falastes nada, mas teus olhos
disseram-me frases inesquecíveis.
Tomamos um café, nosso beijo
com gosto de licor de avelãs.
Voltei ao meu Corcel, à grande avenida
que me conduzia à região leste.
Na minha memória Delacroix
guiava-me à Catedral do meu Silêncio.
Emudeci no cruzamento,
teu cheiro se fez presente no ar.
Dentro do meu peito tua voz
acalentou-me no tráfego.
Minha boca com gosto de avelãs.
             (In “Catedral do Silêncio”, João Scortecci Editora, 1996.)
         Onde estou? _ Dirce Ramos de Lima
Vou p’ra qualquer lugar

onde possa ver o sol brilhar,
nos altos dos edifícios,
nos calçadões, nas praças
o sol existe em toda parte
e é de graça.
Vou p’ra algum lugar
onde haja gente,
recém nascida ou sobrevivente,
assim com eu,
cheias de virtudes ou de defeitos,
boas ou pervertidas,
acanhadas ou atrevidas,
esperançosas ou desiludidas,
covardes ou destemidas,
gente apenas,
lutando e se atropelando
programadas ou de qualquer jeito....
O mundo é o meu lar!
Não me perguntes onde estou,
Eu estarei sempre
em qualquer lugar...
                                     Cristo Partido _ Leda Coletti
Pensando bem,
só um Pai de verdade,
se deixaria crucificar,
materialmente ficar
com ossos quebrados,
rasgado, ensangüentado
por seus filhos pecadores!
Para muitos esse Calvário nada significou.
Não entendem
porque Jesus chora,
tem o coração partido.
Às vezes, também nós
(que dizemos amá-Lo),
O machucamos, O agredimos!
Quantas vezes, o Cristo será tolerante?
(setenta vezes sete?)
Muito mais, já testemunhou.
Ele é Pai de verdade,
adverte-nos suavemente
nos aponta o bom caminho,
perdoando e nos acolhendo.
Será que tentamos uma vez somente
imitar Cristo, amando nosso irmão?
                                                 Tudo pode mudar _Edson Antonio Di Piero.
Não derrame seu pranto.
Porque a vida é mesmo assim.
Sorria, pois ainda existe vida.
Por mais difícil que pareça.
O amor pode acontecer.
E a felicidade secar seu pranto.
Não chores.
Ainda há vida.
Você pode:
Ver;
Caminhar;
Sentir;
Amar novamente;
Nunca desista.
A felicidade pode estar na esquina.
Para em fim te encontrar.
                                                                Convite
Sarau Literário Piracicabano de 17 de Maio de 2011
Homenageados
                                                                   Jovem Guarda
E os músicos: Carlos Roberto (Beto) Suzana (Suzi) Furlan
Ouça a bela interpretação de Suzi e Carlos no Sarau de 19 de Abril:
+Convites
Oficina de crônicas
14 de maio - 8h30 - Unimep Campus Taquaral
Oficina de contos
18 de maio - 14h - Centro Cultural Martha Watts
Ministradas pela Profª Drª Josiane Maria de Souza, coordenadora do Curso de
Letras - Português da Unimep.
Inscreva-se através dos telefones: 19 3124-1603 e 19 3124-1889,
ou através dos emails: nuc@unimep.br e ccmw@unimep.br
Vagas limitadas. Haverá entrega de certificado.
Inscrições a partir de 2 de maio / 2011
                                                           Convite 2
1º Curso de Formação Técnica Extensiva – “O Processo de Profissionalização do Gestor Cultural”, caso você queira divulgar em seu blog. O curso contará com 25 vagas, inscrições até dia 29 de abril (gratuitas), dividido em 12 módulos com carga horária total de 48 horas e acontecerá no Teatro Municipal de Piracicaba Dr. Losso Netto, tendo o apoio da Biblioteca Pública Municipal “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto.”

              Obrigada.
Larissa H.R.Martins
Estagiária - Assessoria de Imprensa
Biblioteca Pública Municipal “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto”
Rua Saldanha Marinho, nº333 - Centro, Piracicaba - São Paulo
Contato: (19) 3434-9032 (19) 3233-3674

5 comentários:

  1. Excelente seu blog,quantas informações encontramos nele, agora sei onde procurar informações sobre alguns autores, passei por aqui para te conhecer e agradecer tbm os comentários deixados em minha crônica na Arena das Crônicas, muito obrigada pela gentileza.. Abraços...

    ResponderExcluir
  2. Caríssima Nice fui ao seu blog e li a sua crônica sobre a paixão feminina por sapatos. Meu marido sempre me fala"Você tem somente esses pés então, porque tantos sapatos?". Obrigada pela visita aqui na Agend@. Abraços Poéticos desta CaipiracicabANA Marly de Oliveira Jacobino

    ResponderExcluir
  3. Recebi da Escritora Dirce Ramos de Lima o comentário sobre o blog no meu e-mail:

    Recebi!
    Conferi!
    Adorei!
    Agradeço!
    Sempre , que posso,acesso esse blog
    È lindo, atual e mais uma leitura diária agradável e instrutiva!
    Dirce

    ResponderExcluir
  4. Querida Ana Marly, nossa Amiga e Grande Poetisa MARIA EMÍLIA nos deixou, que DEUS a tenha, pois pessoa tão Grande e Iluminada partiu, Já deixou saudade. que DEUS e Ela ilumine nosso caminhar.

    Abraço Tristonho, Edson

    ResponderExcluir
  5. "Eita nóis.....!!" Quanta magia, alegria e folia. Parabéns, querida. Abraços e luz. Luzia.

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário