sábado, 2 de abril de 2011

Arte e literatura derruba barreiras e minimiza a dor! Agend@

"Tenho cá dentro do peito um sofrer dolorido, para extirpá-lo abro um livro de poesia!"                Ana Marly de Oliveira Jacobino

Caderno do Sarau de 15 de Março Parte 3 (trabalhos enviados para a publicação)
Participantes do Sarau Literário em que homenageou: Chiquinha Gonzaga e a Biblioteca Municipal
                                Elas, por ela. (Lídia Sendin)

Se em um espanto
Ela desanima,
Não se cala o canto
Pois é feminina.
Ela é mulher.

Que não faz por ela
Mas faz pelos outros
E sem a querela
Dispensa os louros.
Porque ela quer.


Remove a pedra
Mas não muda o rumo
Numa pior queda
Retoma seu prumo.
Onde estiver.


Se ela for podada
Tal qual uma flor
Crescerá alada
Em seu esplendor.
Quando bem quiser
.
Se ouvir é arte
Temos a Maria
Com a melhor parte
Pois a Cristo ouvia.
Sem nem um sequer.

Se da sua lida
Também está farta
Nunca se olvida
De ser uma Marta.
Pois ela é mulher.


      DEIXO MEUS AMORES NA TERRA (Ana Marly de Oliveira Jacobino)

Seguro forte em minha mão,
Os sonhos de todas as vidas
Murmurando sublime oração,
Perscruto suas vozes flautim!


Queria poder religar o cordão,
Das nossas tristes despedidas
Sem mistérios e numa imersão
Contatar suas memórias, enfim!


Você os envolveu como Adão,
Abraçou Eva, e lhe deu guarida
Juntos a uma profunda afeição,
No Éden. Céu, mar, terra; jardim!


Deixo meus amores em devoção,
Pedras preciosas nesta sua jazida
Terra; os envolva em total oblação,
Antepassados são pedaços de mim!

                                        O VASO MÁGICO _Elda Nympha Cobra Silveira

Ao chegar à Austrália como hospede na residência de um casal de amigos vi no piso de mármore da sala, dois vasos cheios de flores próprias desse país, representando a hospitalidade e o carinho pela minha chegada Isso tocou fundo no meu íntimo, pois percebi, pelo esmero do arranjo, o quanto era esperada.
Não só os braços do casal estavam abertos para me receber, mas seu lar também. No quarto de hóspede encontro outro vaso menor, perto da cabeceira da cama, com florzinhas do campo, retratando o sentimento que queriam transmitir para mim como: “sinta-se à vontade, o quarto é seu, identifique-se com essas modestas flores, aqui tudo é nosso e você faz parte disso”. Então, percebi que dentro de um vaso colocamos: amizade, carinho, fausto e também simplicidade.
Quando nasce uma criança levamos para a mamãe flores diversas, pensando qual seria do seu agrado, comungando com ela esse acontecimento. Um homem apaixonado declara sua paixão para sua amada oferecendo um ramalhete de rosas vermelhas, ou de outra flor qualquer, sabendo da predileção dela. Assim, demonstramos todo nosso carinho oferecendo flores: às mães, aos amigos, e qual é a criança que não gostaria de ganhar um vasinho com flores para cuidar? Uma senhora idosa adoraria flores, ou até mudas de flores plantadas no seu jardim, num vaso, ou num terraço cheio de sol.
Mas o mais triste é oferecer uma coroa de flores para uma pessoa que nada mais vê nessa vida... Já vi alguns caixões mortuários adornados com orquídeas cultivadas com carinho pelo próprio falecido. Seria muito prazeroso saber se o espírito alegrou-se com esse último agrado.

Em homenagem as nossas queridas amigas Escritoras o Escritor Márcio de Curitiba (http://abismodasvaidades.blogspot.com/
Escreveu um comentário:
         Mas, o que é isto aqui? Um desfile de belezas, todas exultantes, jubilosas das maravilhas advindas da poesia e dos contos?
Com certeza, uma coleção maravilhosa. E quero aproveitar "O VASO MÁGICO" da 
         Elda N. C. Silveira, para basear o fecho deste meu comentário. Notei, por ele, que se te der uma poesia, estarei te dando flores. Claro, porque os versos, são como tão belas rosas, que perfumam todo o ambiente e o embelezam, e o poema, ah! o poema é o vaso.

Se acaso partisse desse mundo agora,
Rodeado dessa louca euforia,
Cobriria meus olhos com rosas,
Para esquecer de toda a agonia.


Viver teria sido puro devaneio,
Num pasto rodeado de alegria,
Pois foi cultivando meu anseio,
Que me vou em forma de poesia.


             Deixo para você e essas fantásticas mulheres, este "vaso" que acabei de escrever.Ana, madrinha e amiga do coração, beijos a ti. Marcio

                                              O Crime _Luzia Stocco

Folhas rebolam
A tempestade as faz rodopiar
Como ao som de um rebolado
Com seus corpinhos frágeis, quase nus
Meninas-crianças
Sobem e descem
Simulando um mundo de adultos que um dia serão
Privadas da infância
Cada vez mais estão.
Agora outra menina grita
Mas seu grito é pelo silêncio dos adultos
Quem lhe deixou sozinha, à mercê de um vilão?
Nenhuma novidade
Só repetição.
Não! Alguém denunciou o caso não casual.
Corre livre a girar a menina,
Mãe.
A tempestade passou...
Mas a ventania agita as folhas da sua vida.

                                Mulher Cidadã _Dione Esmeralda Mendes Rossatte

Mulher cidadã, é como uma flor,
Que desabrocha a cada manhã
Faz sempre com muito amor e carinho seu papel de mãe,esposa e cidadã.
Quando Deus a fez tão formosa e caridosa,Ele disse :
- Está sim será uma verdadeira cristã
Que Deus abençoe a todas as mulheres
UM LIVRO SEM FINAL (Angela Reyes)

Andava solitária por uma floresta. Não pensava em nada, apenas andava ..., andava e andava.Não enxergava nada, apenas andava ..., andava.De repente tropecei em algo, era um tronco de árvore petrificado pelos anos bem na entrada de uma cabana abandonada. Entrei, percorri a estância, abrindo passo entre as teias de aranhas, o tempo parecia estar congelado. Mas ...
Que volume escondido é esse que até agora ninguém encontrou?
Andei, me aproximei temerosa e insegura, não tive coragem de tocá-lo. Quis sair correndo, mas uma força externa deixou-me imobilizada. Depois de um bom tempo resolvi encarar. Tomei coragem. Afastei o carpete de folhas secas acumuladas, era um baú!O baú tinha uma inscrição na tampa. Li com atenção estava escrito o seguinte: “Este cofre guarda um tesouro da humanidade”.Quem o descobrir terá obrigação de divulgá-lo.Continuei quieta, pensando, escutei o meu coração galopante e minha respiração agitada e arquejante. E se fossem moedas de ouro? Ou uma brincadeira de mau gosto, uma serpente venenosa que pudesse me morder, e se não fosse nenhuma das duas? E se, e se..., e se. O objeto estava na minha frente, parecia antigo, poderia ter milhares de anos. A minha imaginação voava desgovernada. Pensei, e se fosse o Santo Graal? Ou as tabuas recebidas por Moisés?
Serei famosa, todos vão querer me entrevistar. Ficaria muito rica, venderia o meu segredo por um valor incalculável. Vamos mulher, abre-o duma vez, parecia eu escutar naquele úmido e obscuro silêncio da cabana. Consegui tirar forças do meu próprio medo e... Já!As minhas mãos trêmulas sentiram algo, o levei perto dos meus olhos até conseguir enxergá-lo. Limpei o mofo que cobria os sete lados da volumosa figura. OH, surpresa! Era um velho e danificado livro. Segurei o livro com as duas mãos e com dificuldade consegui enxergar a portada. O titulo estava muito apagado, mas permitia ler o seguinte: “VIDA, UM LIVRO SEM FINAL”.
Comecei a folhear o livro. Na primeira página apenas uma letra e mais nada. Uma letra? Eu sei, é uma figura ou um signo, com ela posso expressar um som qualquer. Grande coisa, apenas uma letra. Passei à próxima página: uma silaba já as conheço dois ou mais letras que posso pronunciar num golpe de voz.
Comecei a ficar entediada, eu esperava por algo mais interessante. No entanto não desisti e continuei procurando. Apareceu uma “PALAVRA”. Fiquei entusiasmada, sabia que por médio dela poderia me expressar. O conjunto de letras e sons permitem que eu possa expressar tantas coisas. Posso escrever ou ler: mãe, irmão, amigo, paz, luz, amor. Não fiquei satisfeita com apenas uma palavra, faltava alguma coisa. Continuei procurando e apareceu o verbo. Que maravilha! O verbo é ação e com ele posso completar frases. As frases irão me levar à oração. Com muitas orações vou escrever uma história, um verso de amor, uma carta. Se juntar todas poderei escrever um livro, é isso, um LIVRO. Foi assim que aprendi que em cada folha do livro da vida sempre encontramos muitas para aprendermos. Teremos espaço para dar ou compartilhar conhecimentos por que: O LIVRO DA VIDA NÃO TEM FIM.
Ouça e cante junto com os músicos Música Maestro: Ana Lucia Stipp Paterniani (flauta transversal e voz), Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz), percurssão: Vivaldo Bortolazzo ( TITO )

                        Lua Branca Composição: Chiquinha Gonzaga
Ó, lua branca de fulgores e de encanto
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo
Vem tirar dos olhos meus o pranto
Ai, vem matar essa paixão que anda . comigo
Ai, por quem és, desce do céu, ó, lua branca
Essa amargura do meu peito, ó, vem, arranca
Dá-me o luar de tua compaixão
Ó, vem, por Deus, iluminar meu coração
E quantas vezes lá no céu me aparecias
A brilhar em noite calma e constelada
E em tua luz então me surpreendias
Ajoelhado junto aos pés da minha amada
E ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo
Ela partiu, me abandonou assim
Ó, lua branca, por quem és, tem dó de mim


http://www.youtube.com/watch?v=V7ph23UEEJw
                                                                 Convites:
Exposição: “MOMENTOS”, da artista plástica– Denise Storer.

Período: De 08/04 a 01/05
Abertura: Dia 08/04 às 19h30
Técnicas: Aquarela e óleo sobre tela
Temas: Paisagens regionais e locais, cenas do cotidiano, figuras humanas
A mostra “Momentos” ocupa as duas salas de exposições temporárias do Museu H.P. Prudente de Moraes, com aquarelas e óleo sobre tela da artista plástica Denise Storer.
Os trabalhos foram feitos exclusivamente para o espaço do Museu, procurando complementar o ambiente com motivos que propiciem um clima suave, saudosista e emblemático, exaltando a natureza, as cores e a vida.
“Sentimentos que permeiam minha trajetória, conduzem a leitura da exposição, cujo objetivo maior é para o espectador, transmitindo e despertando boas lembranças...”, diz a artista.
A mostra é fruto da parceria com a Prefeitura Municipal de Piracicaba, através da Secretaria de Ação Cultural.
Local: Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes.
Rua Santo Antonio, 641. Centro – Piracicaba – SP.
Horário: De terça a domingo, inclusive feriados das 9 h às 17 h.
Informações: (19) 3432-2148

fotos by google

6 comentários:

  1. Olá, Aninha.

    Mas, o que é isto aqui? Um desfile de belezas, todas exultantes, jubilosas das maravilhas advindas da poesia e dos contos?

    Com certeza, uma coleção maravilhosa. E quero aproveitar "O VASO MÁGICO" da Elda N. C. Silveira, para basear o fecho deste meu comentário. Notei, por ele, que se te der uma poesia, estarei te dando flores. Claro, porque os versos, são como tão belas rosas, que perfumam todo o ambiente e o embelezam, e o poema, ah! o poema é o vaso.

    Se acaso partisse desse mundo agora,
    Rodeado dessa louca euforia,
    Cobriria meus olhos com rosas,
    Para esquecer de toda a agonia.

    Viver teria sido puro devaneio,
    Num pasto rodeado de alegria,
    Pois foi cultivando meu anseio,
    Que me vou em forma de poesia.

    Deixo para você e essas fantásticas mulheres, este "vaso" que acabei de escrever.

    Ana, madrinha e amiga do coração, beijos a ti.

    Marcio

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  2. Amei inundar meus olhos de coisas tão belas.
    Parabéns! Aqui há verdadeiras artes, abarrotadas de amor.
    Um beijo querida e deixo-te um pensamento de Manoel de Barros."...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.
    Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."
    Saio daqui encantada.

    Fernanda

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  3. Uau! Os comentários deixam uma alegria imensurável ao saber que o Márcio e a Fernanda gostaram do trabalho publicados aqui na Agend@. Obrigada pelas palavras de incentivo aqui na Agenda Cultural Piracicaba. Obrigada! Abraços poéticos desta caipiracicabana Ana Marly de Oliveira Jacobino

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  4. Recebi este comentário da querida escritora Elda:

    QUERIDA ANA MARLY.
    AGRADECI AO MARCIO DE CURITIBA PELAS ALUSÃO AO MEU TEXTO "O VASO MÁGICO"
    ESSA ALEGRIA FOI POSSIVEL PELA DIVULGAÇÃO DO SEU BLOG. ENTÃO EXTENDO-O A VOCE.
    OBRIGADA POR ESSA OPORTUNIDADE.

    Elda

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  5. Olá, Ana, olá Elda.

    Fico lisonjeado novamente por você me acrescentar no corpo da postagem. Este paranaense aqui, que conheceu e viveu um pouco o interior paulista e a cultura caipira, este curitibano, que tão pouco conhece da nobre arte de escrever, agradece, e muito, tal afago.

    E veja, um curitibano no meio da Agenda Cultural Piracicabana. É bão dimais da conta, sô!!!

    E quanto a Elda, cabe dizer que sou um adorador dos contos, das fábulas e das parábolas. Não poderia, portanto, deixar de enaltecer tão bela obra. Assim como as demais mocinhas, que deixaram suas pérolas em forma de poesia e conto também.

    Ana, madrinha, amiga de prosa, verso e coração, fica meu beijo e o desejo de uma semana linda.

    Marcio

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  6. Agradeço em nome do interior paulista o afago carinhoso deste que reside na "Capital Ecológica" do Brasil. e como é linda Curitiba, me apaixonei por ela e fiu em um final de ano e escutei as vozes afinadas do Coral do bamerindus, ai não me esqueci pareciam rouxinóis, ou melhor sabiás cantando nas janelas daquele prédio maravilhoso. Obrigada Márcio meu amigo curitibano por emprestar as suas palavras aqui na Agend@
    A sua amiga caipiracicab_ANA

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