quarta-feira, 30 de março de 2011

Caipira uma vivência afortunada junto ao conhecimento mais puro!Agend@!

"Caipira não é o ingênuo formulado por uma elite discriminadora. O caipira é aquele que aprende a olhar a natureza e dela tirar o conhecimento autêntico para a vida! "                           Ana Marly de Oliveira Jacobino

            Um pouco de história: O núcleo original do caipira foi formado pela região do Médio Tietê, estão entre as primeiras vilas fundadas no Estado de São Paulo, durante o Brasil colonial, e de onde partiram algumas das importantes bandeiras no desbravamento do interior brasileiro. Os bandeirantes partiam da Vila de São Paulo de Piratininga e desta região do Médio Tietê, nas chamadas "monções", embarcando em canoas, no atual município de Porto Feliz, para desbravarem o interior do Brasil.
No quadrilátero formado pelas cidades de Campinas, Piracicaba, Botucatu e Sorocaba, no médio rio Tietê, ainda se preservam a cultura e o sotaque caipiras. Nesta região, o caipira sofreu muitas transformações, influenciado que foi pela maciça imigração italiana para as fazendas de café.
            Assim, bastante isolados, geraram uma cultura bem peculiar e localizada, e, por outro lado, preservaram muito da cultura da época em que o Brasil era uma colônia de Portugal. A chamada "cultura caipira" é fortemente caracterizada pela intensa religiosidade católica tradicional, por superstições e pelo folclore rico e variado.
           O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico (como dizer "pregunta" e não "pergunta") e, principalmente, do tupi e do nheengatu. Nestas duas línguas indígenas não há certos fonemas como o "lh" (ex: palha) e o "l" gutural (ex: animal). Por este motivo, na fala do caipira, a palavra "palha" vira "paia" e "animal" vira algo como "animar". Este modo de falar, o dialeto caipira, é também conhecido como tupinizado ou acaipirado.
          A música caipira, posteriormente, para se distinguir da música sertaneja, recebe o nome de "música de raiz" também é conhecida por 'música do interior'. o compositor Renato Teixeira, com sua composição "Rapaz Caipira", foi um dos responsáveis pela volta do nome "música caipira".A música é geralmente homofônica ou, algumas vezes, no estilo primitivo do organum.
         A música caipira tem uma temática rural, e, segundo Cornélio Pires que a conheceu em seu estado original, se caracteriza "por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera" mas sua dança é alegre". Entre suas mais destacadas variações, está a moda de viola. O termo "moda de viola" usado por Cornélio Pires é o mais antigo nome da música feita pelo caipira.

Mazinho Quevedo, nasceu em Adamantina em 1965, nome artístico de Osmar Lucianeti Quevedo é um instrumentista, compositor e rde programa da televisão brasileiro. Ele começou a ter contato com a viola aos 10 anos de idade, mas, a viola se firmou na sua vida em Piracicaba quando veio para estudar Odontologia e tomou gosto pela verdadeira música caipira raíz, nas rodas de cururueiros, O estilo musical de Mazinho Quevedo mistura as influências música caipira, MPB, música instrumental brasileira, jazz e música flamenca.
Algumas de suas músicas, consideradas também seus principais trabalhos, fazem parte da trilha do documentário O Encanto das Águas e do programa televisivo Terra da Gente. Em 2009, foi indicado ao Grammy Latino.

Página oficial. A Viola do Brasil, acesso em 4 de fevereiro de 2011

a b c d Terra Paulista. Música - Cantores, acesso em 4 de fevereiro de 2011
Manir, Mônica. (18 de abril de 2009 ). Alembrando de você. O Estado de S.Paulo, acesso em 4 de fevereiro de 2011
Ouça e vibre com Mazinho Quevedo cantando "Rio de Lágrimas":
http://www.youtube.com/watch?v=8GabgHOzzFM

O Rio de Piracicaba cantado por Mazinho Quevedo e o público piracicabano:
http://www.youtube.com/watch?v=Fr_NRTBnpD4

          Cornélio Pires iniciou a sua carreira viajando pelas cidades do interior do estado de São Paulo e outros, como humorista caipira. Foi autor de mais de vinte livros, nos quais procurou registrar o vocabulário, as músicas, os termos e expressões usadas pelos caipiras. No livro "Conversas ao Pé do Fogo", Cornélio Pires faz uma descrição detalhada dos diversos tipos de caipiras e, ainda no mesmo livro, ele publica o seu "Dicionário do Caipira". Na obra "Sambas e Cateretês" recolhe inúmeras letras de composições populares, muitas das quais hoje teriam caído no esquecimento se não tivessem sido registradas nesse livro.
         A importância de sua pesquisa começa a ser reconhecida nos meios acadêmicos no uso e nas citações que de sua obra faz Antonio Candido, professor na Universidade de São Paulo. Foi o primeiro a conseguir que a indústria fonográfica brasileira lançasse, em 1928, em discos de 78 Rpm, a música caipira. Segundo José de Souza Martins, Cornélio Pires foi o criador da música sertaneja, mediante a adaptação da música caipira ao formato fonográfico e à natureza do espetáculo circense, já que a música caipira é originalmente música litúrgica do catolicismo popular, presente nas folias do Divino, no cateretê e na catira (dança ritual indígena, durante muito tempo vedada às mulheres, catolicizada no século XVI pelos padres jesuítas), no cururu (dança indígena que os missionários transformaram na dança de Santa Cruz, ainda hoje dançada no terreiro da igreja da Aldeia de Carapicuíba, em São Paulo, por descendentes dos antigos índios aldeados.
                                         Um gaúcho apaixonado pela cultura caipira
Escritor Israel Lopes
                      Bom dia, minha amiga Ana Marly
          Que maravilha, o que você escreveu sobre Cornélio Pires e a Cultura Caipira. É claro, SIM, que a cultura caipira já existia, mas o Cornélio, como você diz, foi quem a impulsionou com seus livros, com as gravações das modas de violas e outros ritmos da roça.
         O vocabulário que reuniu, também é muito interessante. O Cornélio chamava de brasileirismos..., provando o quanto ele gostava do nosso Brasil, de sua gente, de sua terra.

         A palavra "óia", a propósito, comentava com o amigo Ramão Aguilar, sobre uma composição de Silva Rillo e José Bicca, que eram daqui de São Borja, que são autores de um clássico, denominado "Cantiga de Rio e Remo", mais conhecida por O Dourado, onde dizem no refrão:
"Óia, o dourado

Óia, o dourado
Que bateu no espinhé.
Traz a canoa
Que rio fundo
Não dá pé".
           Esse é o Brasil caipira, no dizer de Amadeu Amaral, pegando, inclusive, o gaúcho ou guasca, como dizia o Simões Lopes Neto, no seu Cancioneiro...
Também, gostei de ver a sua poesia "Tarde Cabocla", que já conhecia no seu site. Muito bonita e significava essa homenagem que escreveu, homenageando o nosso caipira e valorizando o dialeto.
           Aquela parte sobre o Mazinho Quevedo é excelente. Ele é um grande violeiro, elogiado pelo Maikel Monteiro, do Paraná, que é um estudioso da música caipira. Eu menciono, com muita honra, o Mazinho no primeiro e no último parágrafo do meu artigo "2010- 100 Anos de Musa Caipira - O Primeiro Livro de Cornélio Pires, publicado no site RECANTO CAIPIRA da pesquisadora Sandra Cristina Peripato.
         Meus parabéns por essa grande homenagem ao Mazinho. Um dos grandes artistas do Brasil, em nossa atualidade.
                           Obrigado por ter mencionado o meu artigo.
        Olha, eu tentei, ontem à noite em postar uma mensagem no site, mas não consegui. Sempre faltava alguma coisa... e não consegui postá-la.
       Mais uma vez meus parabéns e muito obrigado por estar divulgando a obra de Cornélio Pires, de Mazinho Quevedo, e a cultura caipira.
                                    Um grande abraço de Israel Lopes
A figura do caipira empresta alegria ao NhoQuim o famoso XV de Novembro de Piracicaba.
                                  O Escritor de Curitiba com vínculos saudosos do interior paulista:Marcio JR
foto de Marcio JR tirada do blog http://abismodasvaidades.blogspot.com/

Aninha, você é a futura substituta da Inezita Barroso, digo, no tocante a defesa do folclore brasileiro. Cada vez que venho aqui, saio perfumado pelas delicias da cultura de raiz, e ainda mais contagiado pelo "caipirismo" tão envolvente e que você tão bem vem mostrando.
Desta vez, você citou também um dos compositores que, penso eu, é um dos porta-vozes da verdadeira musica brasileira, que é o Renato Teixeira.
Cabe ressaltar, na questão da história caipira, a influência mais recente do povo nortestino. Ao contrário do que muitos pensavam, essa influência não desvirtuou muito a área de Campinas, pelo contrário "deu mais molho" ao caipirez... (rsrs).
Excelente, também, a participação do Israel Lopes neste post. Outro mestre, e alguém que, em poucas linhas, deu uma aula.
E me junto a você, por fim, na homenagem ao José Alencar. Um brasileiro maiúsculo, e que fará muita falta.
Ana, minha querida amiga, valiosa defensora do nosso folclore, meus aplausos.
             Beijos, minha querida amiga. Marcio JR
                                       Vamos ao TeatroConvite pra lá de imperdível
Autores do Ceta nos palcos do Teatro Municipal Dr Losso Netto
                                 Piracicaba no Teatro (Ana Marly de Oliveira Jacobino)
      
       Nesta terça-feira (29), algo especial aconteceu no Teatro Municipal Drº Losso Netto uma montagem teatral sobre a história de Piracicaba enternece e faz bem a alma das pessoas que por lá compareceram. Um dos personagens centrais, o Elias dos Bonecos (morto em 1º de abril de 2008, e os seus bonecos feitos por ele a partir das sucatas.) empresta a sua voz para cantar as maravilhas do Rio de Piracicaba. O espetáculo Beira Rio, produzido pela Ceta (Companhia Estável de Teatro Amador de Piracicaba) fez uma brilhante reestréia neste dia, 29, a qual estive presente com as minhas amigas para aplaudi-los!

       Escrita pelo diretor teatral Reinaldo Santiago em 1992, “Beira-Rio” retrata a importância visceral do Rio Piracicaba para a vida em seu entorno, desde o seu povoamento, até os dias atuais, mostrando toda a transformação ocorrida ao longo do tempo. Todo esse movimento histórico ocorre através dos atores, numa fluidez de movimentos nos palcos repletos de originalidade. Vale à pena conferir!
        A direção de Ricardo Araújo e João Scarpa traduz para o elenco uma visão singela e competente sobre a nossa história. Bem! Convido você leitor para ir ao teatro e participar desta bela montagem sobre as nossas raízes. Convido as escolas a levar os alunos a esta aula de história cativante montada no palco de um teatro.
        Esta semana, a história “caipiracicabana” estará sendo encenada no Teatro Municipal, então, corra ao teatro e assegure o seu ingresso. E olha que a entrada é gratuita. Quarta e quinta-feira sempre às 20h, no Teatro Municipal Dr. Losso Netto (Avenida Independência, 277).
               Prestigie você vai gostar muito!
                                                        Mais um convite caipira
Mais um Convite
                                                  "Meu tributo ao Sr. Sorriso"
José Alencar; meu herói... Ana Marly de Oliveira Jacobino


         A morte de José Alencar firma para todos os doentes de CA a importância de enfrentar o tratamento com "alegria n’alma", vencendo ou não! O medo do CA e todo o tratamento que acompanha a doença assusta e maltrata muito. Por isso, a postura de Alencar arrancou a empatia de todos nós.
        A benção José de Alencar seu sorriso foi refrigério para a alma de todos que passavam e passam pelo duro golpe do diagnóstico de um CA. Fique em paz!
       Fica o exemplo de um homem que denominei como "Sr Sorriso", pois tive contato por segundos no elevador do Sírio-Libanês a alguns anos atrás, e ele brincou com a minha “carequinha” alisando a dele!
        Após 24 anos de tratamento radioterápicos e quimioterápicos os meus cabelos voltaram fortes, e, aquí estou agradecendo o seu olhar caridoso para esta que luta com alegria n’alma contra o CA!
         Estou de alma enlutada, mas, sei que a maneira que tratou o Câncer, o levou a viver por mais tempo para nos deixar o seu exemplo. Adeus! Vai em paz meu bom amigo!                                     fotos by google

10 comentários:

  1. Aninha, você é a futura substituta da Inezita Barroso, digo, no tocante a defesa do folclore brasileiro. Cada vez que venho aqui, saio perfumado pelas delicias da cultura de raiz, e ainda mais contagiado pelo "caipirismo" tão envolvente e que você tão bem vem mostrando.

    Desta vez, você citou também um dos compositores que, penso eu, é um dos porta-vozes da verdadeira musica brasileira, que é o Renato Teixeira.

    Cabe ressaltar, na questão da história caipira, a influência mais recente do povo nortesdito. Ao contrário do que muitos pensavam, essa influência não desvirtuou muito a área de Campinas, pelo contrário "deu mais molho" ao caipirez... rsrs.

    Excelente, também, a participação do Israel Lopes neste post. Outro mestre, e alguém que, em poucas linhas, deu uma aula.

    E me junto a você, por fim, na homenagem ao José de Alencar. Um brasileiro maiúsculo, e que fará muita falta.

    Ana, minha querida amiga, valiosa defensora do nosso folclore, meus aplausos.

    Bjs, minha querida amiga.

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  2. Voltei, minha querida amiga.

    Preciso lhe pedir algo, mas o comentário acima se alongaria demais. E quero lhe fazer um convite aqui, publicamente... rsrs.

    Lancei um novo projeto, que visa garimpar novos autores cronistas, e que se chama ARENA DAS CRÔNICAS. Penso em buscar autores variados, mas novatos nas letras, e mostrá-los ao público blogueiro. Está tudo engatinhando ainda, mas o blog já está no ar.

    Tenho um padrinho para o blog, o José Claudio (Cacá), mas quero também uma madrinha, e ninguém melhor do que você, que tanto me incentiva.

    Quer ser MADRINHA do Arena das Crônicas?

    Caso queira, passa lá no Abismo das Vaidades. Na minha última postagem, no finalzinho, tem um link para o Arena.

    Bjs, Aninha. Aguardo a resposta... rsrs

    Marcio

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  3. Ops! Depois de todo o carinhoso comentário em que cita a querida Mestra Inezita Barroso e todo o seu incansável trabalho divulgando o folclore (as raizes da nossa terra), você ainda me convida para ser Madrinha do "Arena de Crônicas", isto é, um motivo para chorar e rir de alegria (isto mesmo, estou chorando de alegria. Agradeço meu grande amigo das Letras, e afirmo que estou honrada pela escolha. Obrigada mil vezes obrigada. Sua amiga aqui de Piracicaba de tantos encantos culturais Ana Marly de Oliveira Jacobino

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  4. Ana,

    Bela homenagem a José Alencar, sua morte entristeceu a nação brasileira. Ele nos deixou uma grande lição de vida.
    Ana, continue sorrindo, sempre! Um abraço!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Agradeço o seu comentário em suas palavras de incentivo e amizade ao trabalho do Agenda Culural, Caríssima Amiga Ivana Marisa Altafin, obrigada pelas belas fotos que deixa este espaço muito mais belo. Ana Marly de Oliveira Jacobino

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  7. Aninha, Aninha, querida madrinha.

    Agora, quem se emocionou fui eu. Me ver dentro dessa postagem, maravilhosamente dedicada a uma parte essencial da cultura brasileira, é para deixar qualquer um pulando de alegria. Quem sou eu para estar aí nesse meio!!

    Minha querida amiga e incentivadora, você é uma das pessoas que mais batalha pela cultura de raiz desse nosso país. Só tenho a agradecer ao Agenda e a você, pelo trabalho que prestam e prestarão ainda por muito tempo, em prol dessa nossa nem sempre afortunada paixão, que é a literatura e a cultura em geral.

    Quanto ao Arena, ele já não é mais "órfão" padrinhos. rsrs. Dentro em breve, te mando um e-mail sobre o assunto, e conversaremos melhor sobre isso.

    Minha querida amiga, aplauso novamente e um beijo enorme.

    Marcio

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  8. Caríssimo Escritor Márcio: agradeço como sempre o incentivo ao nosso trabalho, e que possamos conntinuar batalhando para incentivar a Arte, Literatura... através da nossa persistência em mostrar; o quanto é importante o conhecimento e a cultural para inserir o homem na sociedade. Aposentei das salas de aula, mas, ainda levo esta vontade de continuar plantando a semente do amor pela escrita e a leitura dentro de cada um de nós! Obrigada!Desta caipiracicabana Ana Marly de Oliveira Jacobino

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  9. Olá, Aninha. Cá estou, trazendo o afilhado para pedir benção para a madrinha.

    Minha amiga, li novamente o post, e fiquei novamente orgulhoso da minha querida amiga. Sempre muito bom passar por aqui, e hoje, na pele do Arena das Crônicas.

    Bjs, minha amiga.

    Marcio

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  10. Márcio meu amigo você viu que consegui publicar o Arena de Crônicas na coluna ao lado ai do Agend@ Vitória, não é mesmo?

    ana

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