João da Cruz e Sousa era Filho de Guilherme da Cruz, mestre pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, lavadeira, ambos negros e escravos, alforriados por seu senhor, o coronel Guilherme Xavier de Sousa. Do coronel, o menino João recebeu o último sobrenome e a proteção, tendo vivido em sua casa como filho de criação.Estudou no Ateneu Provincial Catarinense, de 1871 a 1875, onde aprendeu francês, inglês, latim, grego, matemática e ciências naturais. Aos oito anos, já recitava versos seus, em homenagem a seu protetor.
Discriminação:
Cruz e Souza é nomeado promotor público, porém, é impedido de assumir o cargo, novamente por causa do preconceito.
Ao transferir-se para o Rio, sobreviveu trabalhando em pequenos empregos e continuou sendo vítima do preconceito.Em 1893 casa-se com Gravita Rosa Gonçalves, que também era negra e que mais tarde enlouqueceu. O casal teve quatro filhos e todos faleceram prematuramente, o que teve vida mais longa morreu quando tinha apenas 17 anos.
Cruz e Souza morreu em 19 de março de 1898 na cidade mineira de Sítio, vítima de tuberculose. Suas únicas obras publicadas em vida foram Missal e Broquéis.
A importância de Cruz e Souza para a Literatura Brasileira e Mundial
Cruz e Souza é, sem sombra de dúvidas, o mais importante poeta Simbolista brasileiro, chegando a ser considerado também um dos maiores representantes dessa escola no mundo. Muitos críticos chegam a afirmar que se não fosse a sua presença, a estética Simbolista não teria existido no Brasil. Sua obra apresenta diversidade e riqueza.De um lado, encontram-se aspectos noturnos, herdados do Romantismo como por exemplo o culto da noite, certo satanismo, pessimismo, angústia morte etc. Já de outro, percebe-se uma certa preocupação formal, como o gosto pelo soneto, o uso de vocábulos refinados, a força das imagens etc. Em relação a sua obra, pode-se dizer ainda que ela tem um caráter evolutivo, pois trata de temas até certo ponto pessoais como por exemplo o sofrimento do negro e evolui para a angústia do ser humano.
Cruz e Souza nasce em 24/11/1861 - Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis (SC)e falece em 19/03/1898, Sítio (MG)
Alucinação
Cruz e Souza
Ó solidão do Mar, ó amargor das vagas,
ondas em convulsões, ondas em rebeldia,
desespero do Mar, furiosa ventania,
boca em fel dos tritões engasgada de pragas.
Velhas chagas do sol, ensangüentadas chagas
de ocasos purpurais de atroz melancolia,
luas tristes, fatais, da atra mudez sombria
De trágica ruína em vastidões pressagas.
Para onde tudo vai, para onde tudo voa,
sumido, confundido, esboroado, à toa,
no caos tremendo e nu dos tempos a rolar?
Que Nirvana genial há de engolir tudo isto,
mundos de Inferno e Céu, de Judas e de Cristo,
luas, chagas do sol e turbilhões
Clarice Lispector nasce em Tchetchelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920, tendo recebido o nome de Haia Lispector, terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Seu nascimento ocorre durante a viagem de emigração da família em direção à América. Seu pai consegue, em Bucareste, um passaporte para toda a família no consulado da Rússia. Era fevereiro quando foram para a Alemanha e, no porto de Hamburgo, embarcam no navio "Cuyaba" com destino ao Brasil. Chegam a Maceió em março desse ano, sendo recebidos por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin, que viabilizara a entrada da biografada e de sua família no Brasil mediante uma "carta de chamada". Por iniciativa de seu pai, à exceção de Tania — irmã, todos mudam de nome: o pai passa a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia — irmã, Elisa; e Haia, em Clarice. Pedro passa a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.
Em artigo publicado no jornal "The New York Times", no dia 11/03/2005, a escritora foi descrita como o equivalente de Kafka na literatura latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para o inglês de Jorge Amado, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e de Clarice. No dia 13/01, foi discutido o viés judaico na obra da autora no Centro de História Judaica em Nova York.
Dados obtidos em livros da autora, sites da Internet, nos Cadernos de Literatura Brasileira - Instituto Moreira Salles, no "Inventário das Sombras" de José Castello e fornecidos por João Pires, amigo do Releituras.
"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."Clarice Lispector
Clique no endereço e assista a Clarice Lispector - Todas as suas Fotos e Documentos
http://www.youtube.com/watch?v=uUgY8j1FUfU
Última entrevista de Clarice Lispector, colhida pelo jornalista Junio Lerner para o programa "Panorama" de 01/02/77.
http://www.youtube.com/watch?v=MQoVrxBsUZk
Carlos Drummond de Andrade
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
Drummond rima Itabira mundo - Moraes, Emanuel de (1971) - RJ.
4º Fentepira
De 21 a 29 de novembro, A cidade terá em suas ruas, palcos, clubes de serviço e universidades uma variedade de espetáculos teatrais durante a quarta edição do Festival Nacional de Teatro de Piracicaba. Amadurecido e modernizado, o Fentepira 2009 pretende estabelecer-se como um dos eventos mais importantes do teatro do Estado de São Paulo e, para isso, toda a programação foi minuciosamente pensada a fim de levar ao público grandes espetáculos, oficinas, debates, esquetes, palestras que contribuam decisivamente na formação dos profissionais da arte.
Os espetáculos selecionados na categoria adulto são: A Ver Estrelas (Santa Bárbara DOeste), com o Grupo Travessia; Beira Rio (Piracicaba), da Companhia Estável de Teatro Amador (CETA), Eldorado (São Paulo) , monólogo com o ator Eduardo Okamoto, Manter em Local Seco e Arejado (São Paulo),da companhia PH2: Estado de Teatro, Marias (Piracicaba),da Companhia Coletivo Estalo, Nekrópolis (São Paulo), do grupo Formação 10 e Réquiem (São Paulo), da Companhia Lazzo.
Na categoria infantil e adolescente foram três os espetáculos selecionados: Astros, Patas e Bananas , da Companhia Katharsis, de Sorocaba, Cindi Hip Hop doNúcleo Bartholomeu de Depoimentos, de São Paulo e Histórias Brincantes de Muitas Mainhas, com a Cia do Abração, de Curitiba (PR).
Serviço
4º. Festival Nacional de Teatro de Piracicaba (FENTEPIRA)
Data: 21 a 29 de novembro de 2009
Informações: 19 3434 2168
Endereço eletrônico: http://fentepira2009.zip.net
Autor: Marcelo Lucas
Ana,
ResponderExcluirObrigado pelo apoio e pelo carinho com que sempre tem dispensado ao Sarau de Rio das Pedras! Você não é nossa madrinha em vão!
Com amizade,
Richard
Tenho orgulho do seu trabalho e da grandeza do Sarau de Rio das Pedras. Parabéns!
ResponderExcluirAna Marly de Oliveira Jacobino