"Vale a pena assistir e ouvir um dos maiores inttelectuais do século XX que esteve no Brasil e graças a essa passagem pode formular a teoria que remodelou a visão e o pensar do homem contemporâneo", Clque no endereço e saiba +:
Lévi-Strauss (nasceu na Bélgica em 1908 e morreu na França em 01/11/2009) não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta. Membro da Academia de Ciências Francesa (1973), integra também muitas academias científicas, em especial européias e norte-americanas. Também é doutor honoris causa das universidades de Bruxelas, Oxford, Chicago, Stirling, Upsala, Montréal, México, Québec, Zaïre, Visva Bharati, Yale, Harvard, Johns Hopkins e Columbia, entre outras. Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: "Fico emocionado, porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".
"Tristes trópicos" Claude Lévi-Strauss Editora: Edições 70 Colecção: Perspectivas do Homem Tema:
Mestre da Antropologia contemporânea, na qual introduziu uma nova metodologia – a análise estrutural – Claude Lévi-Strauss está inquestionavelmente ligado ao Brasil através de Tristes Trópicos. Nesta obra, Lévi-Strauss – chegado ao Brasil em 1935, para exercer a função de professor de Sociologia na Universidade de S. Paulo – não se limita a descrever a sua vivência com os índios brasileiros – Cadiueus, Bororos, Nambiquaras e Tupi-Cavaíbas: faz também uma descrição do Brasil da época, da sua história e de tudo quanto observou nas suas expedições de estudo às zonas do Paraná, do Pantanal, da Amazónia e do Sertão, entre outras. O livro contém 38 ilustrações e um mapa, e, em extratexto, 68 fotografias tiradas pelo autor.
Assista e ouça Lévi Strauss em "A propos de Tristes Tropiques". Clique logo a seguir:
Um dos grandes pensadores do século 20, Lévi-Strauss tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris.De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro "Tristes Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.
O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de índígenas das Américas do Sul e do Norte.O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo.
"Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano. Página 3 Pedagogia & Comunicação
Lévi-Strauss em uma das suas excursôes pelo Brasil desconhecido.
Comentário sobre a morte de Lévi-Strauss
- Gilberto Velho, antropólogo e professor do departamento de Antropologia do Museu Nacional da UFRJ:
"Lévi-Strauss foi um dos maiores pensadores do século XX, e a importância do seu pensamento transcende a antropologia no sentido restrito. Sua obra teve uma contribuição revolucionária para a definição das bases da Antropologia moderna, mas vai muito além desse campo... "O estruturalismo foi uma moda, mas a obra de Lévi-Strauss permanece. É uma obra consistente e sólida, que se sustenta acima de modismos intelectuais."
Próximo Sarau:
Homenageados do Sarau de 10 de Novembro de 2009: Mês da Consciência Negra
Sala 2 do Teatro Municipal de Piracicaba
Horário: 19:30 às 21:30h.
Entrada gratuita
Mário de Andrade (Brasil; 1893-1945), Maria Manuela Conceição Carvalho Margarido (São Tomé e Príncipe) e Profº Cornélio Thereza Lúcio de Carvalho(Piracicaba)
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