segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Brasil de Rolando Boldrin em Piracicaba!



O Rio de Piracicaba Setembro de 2009__"Entre águas poluídas vejo lágrimas correndo, são as lágrimas do povo pelo rio que está morrendo "



Adeus Rio Piracicaba


Tião Carreiro e Pardinho

Adeus rio Piracicaba adeus terra tão querida


Estou chorando na despedida Piracicaba, Piracicaba


É minha vida.


Já foi o rio mais bonito quem conheceu acredita


Da linda Piracicaba foi o cartão de visita


A cachoeira murmurante de água pura e cristalina


Era o véu que enfeitava nossa noiva da colina.


Adeus rio Piracicaba adeus terra tão querida


Estou chorando na despedida Piracicaba,


Piracicaba É minha vida.


Entre águas poluídas vejo lágrimas correndo


São as lágrimas do povo pelo rio que está morrendo


Eu também estou chorando e a tristeza não acaba


Eu choro por ver morrendo o rio de Piracicaba.


Adeus rio Piracicaba adeus terra tão querida


Estou chorando na despedida Piracicaba, Piracicaba


É minha vida.




Assista o video e ouça a música, clique no endereço a seguir:






Rolandro Boldrim na noite de ontem em Piracicaba



Causos / O Gato da Madame



Vou contar a história de uma madame que vivia muito solitária, no vigésimo andar de um prédio nos jardins, em São Paulo. Era uma madame muito bonita, que gostava de conforto, e por isso morava num belísso apartamento de ampla salas e grandes suítes. Mas, apesar de ser uma mulher muito rica e coisa e tal, a dita cuja vivia sozinha naquele espaço. Como acontece com tanta gente por aí, é ou não é?Ah, mas eu ia contar causo de bicho e tô aqui falando de uma madame. Naturalmente vocês pensam que eu me atrapalhei ou me esqueci do fio da meada, mas não é nada disso. Acontece que o causo começa assim mesmo, pois tal madame tinha um gatinho. Lindo que só vendo. Desses que nem parecem de verdade, de tão formoso. Tudo nele era majestoso. Agora, o que impressionava a madame eram os olhos azuis e a expressão de quem entende tudo o que se passa e o que se fala. O que às vezes deve ser verdade e a gente nem se toca. Pois a tal madame se impressionava tanto com o olhar do lindo bichano que achava que só faltava mesmo ele falar. E não é que, acreditando mesmo nisso, a dita cuja deu de conversar o dia inteiro com o gatinho, achando que este método usado para fazer papagaio aprender a falar de tanto a gente repetir era o que tinha que ser feito. E elas sempre terminava as aulas com o gato na insistência: “ Fala, meu bichano, fala...” O bichano, diante dessas insistências diárias, sempre lhe respondia com um longo...miauuuuuuu. Sempre com olhar azul fixo em sua dona, atal madame dos Jardins. Aquela que vivia solitária com o nosso personagem por companhia.Mas – sempre tem um mas, como dizia o saudoso amigo Plínio Marcos – eis que o belo dia, logo de manhãzinha, antes que a madame pudesse recomeçar a sua aula de fazer o bicho falar, o dito cujo bicho olha para a madame e diz, bem claramente, até devagar, de um jeito categórico: “Dona, fuja que este prédio vai cair”.Tal não foi a surpresa de o bicho falar que a dona saiu desembestada gritando no corredor do seu andar, que era o vigésimo: “ Meu gato falou...meu gato falou...Venham ver!”.E o gatinho ainda insistiu num berro: “Dona! Eu to avisando que este prédio vai cair!”.
Rolando Boldrin






"Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem ter – não é o dinheiro, não são os aplausos – é a esperança de poder rir todos os risos e poder chorar todos os prantos"_ Plínio Marcos



Pátria Minha

Vinicius de Moraes

A minha pátria é como se não fosse,é intima


Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo


É minha pátria. Por isso, no exílio


Assistindo dormir meu filho,


Choro de saudades de minha pátria.


Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:


Não sei. De fato, não sei


Como, por que e quando a minha pátria


Mas sei que a minha pátria é a luz, o sol e a água


Que elaboram e liquefazem a minha mágoa

Em longas lágrimas amargas.


Vontade de beijar os olhos de minha pátria


De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...


Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias

De minha pátria, de minha pátria sem sapatos


E sem meias, pátria minha


Tão pobrinha!


Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho


Pátria, eu semente que nasci do vento


Eu que não vou e não venho, eu que permaneço


Em contato com a dor do tempo, eu elemento

Um comentário:

  1. rsrs...
    Adorei o causo da Madame e do gato!

    Abraços,
    Richard

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