quarta-feira, 13 de maio de 2015

Acima de tudo ele foi um abolicionista...

Neste 13 de Maio vou lembrar de Cruz e Sousa (Maldito dos versos musicais) um dos maiores Poetas Simbolistas Mundial... esquecido?, jamais!, enquanto, houver seus versos fortes e belos, ele nunca será esquecido! Ana Marly de Oliveira Jacobino

Cruz e Sousa atravessou a vida num silêncio escuro. Errante, trêmulo, triste e vaporoso, o negro e sublime poeta nascido na Desterro de 1861 suportou o peito dilacerado com a convicção da glória.
O Cisne Negro não se amedrontou diante de austeras portas lacradas. Maldito pela grandeza e pelo elixir ardente de versos capazes de arrebatar paixões até a atualidade, quando se completam os cem anos de morte
!1898 -1998).
De pranto e luar, sangue e sensualidade, lágrimas e terra construiu uma obra de estímulo às paixões indefiníveis. Mestre do Simbolismo no Brasil, aliou genialidade a um meticuloso rigor. Celebrado só depois de morto, o Poeta de Desterro foi um homem apaixonado, autor de versos transcendentais que ganharam o mundo.
Ele via a perfeição como celeste ciência, mas não saboreou a imortal conquista. Antes de morrer tuberculoso em Minas Gerais, em 19 de março de 1898, o poeta ensinou a alma palpitante, a fibra e sobretudo que "era preciso ter asas e ter garras".

Edição especial de ANcapital nos 100 anos da morte de Cruz e Sousa


Moderno antes de ser eterno_ Cruz e Souza é seguidor da vanguarda francesa, 
Cruz e Sousa cria o Simbolismo no Brasil e revela-se um homem engajado com as lutas do seu tempo

Forças adormecidas de angústia e sonho sustentam a vida e a obra de Cruz e Sousa, autor de versos incompreendidos porque inovadores e inseridos na trilha da vanguarda francesa da época. O Cisne ou Poeta Negro, como alguns o chamavam, ao mesmo tempo em que produzia uma poética que o colocou ao lado de Mallarmé, Rimbaud e Verlaine, também desafiou o mundo com sua escrita contundente. "Não lhe bastou ser poeta, foi um jornalista engajado com as lutas de seu tempo", situa o poeta paranaenese Paulo Leminski em uma biografia publicada em 1983. 
Cruz e Souza acima de tudo um abolicionista.
##Alucinação
Ó solidão do Mar, ó amargor das vagas,
ondas em convulsões, ondas em rebeldia,
desespero do Mar, furiosa ventania,
boca em fel dos tritões engasgada de pragas.

Velhas chagas do sol, ensangüentadas chagas
de ocasos purpurais de atroz melancolia,
luas tristes, fatais, da atra mudez sombria
De trágica ruína em vastidões pressagas.

Para onde tudo vai, para onde tudo voa,
sumido, confundido, esboroado, à toa,
no caos tremendo e nu dos tempos a rolar?

Que Nirvana genial há de engolir tudo isto,
mundos de Inferno e Céu, de Judas e de Cristo,
luas, chagas do sol e turbilhões

11 anos de Sarau Literário Piracicabano a festa vai ficar ainda mais bonita


19 de Maio, terça-feira no Centro Cultural Martha Watts vai acontecer o Sarau Literario Piracicabano
HOMENAGEADOS: JAIR RODRIGUES (cantor) e Joceli Cerqueira Lazier(Diretora do Centro Cultural Martha Watts e Núcleo Universitário de Cultura da Unimep .
ENTRADA GRATUITA
 

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