Waldomiro Freitas Autran Dourado, sua "Ópera dos Mortos", romance, reconhecido pela Unesco, como representativo da Literatura Universal descerra uma bela história encerrada pelos lados da Minas Gerais, em que Rosalina, personagem principal desfia sua solitária história até a chegada de um amor proibido e maldito... o romance mostra a vida e a amplidão da condição humana vivida no terrítório mineiro. Para Eric John Earnest Hobsbawm levou o princípio da luta de classes em suas pesquisas marcado por ser um velho militante de esquerda viveu toda a ideologia nazista e fugiu dela. Foi graças aos horrores macabros de Hitler que o historiador teve o motivo para divulgar Marx e sua obra socialista. Autran Dourado e Hobsbawm dois pensadores dos nossos tempos que pedem para viver na memória de cada um de nós!
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Autran Dourado nasceu em Patos de Minas em 1926 e faleceu no Rio de Janeiro em 30 de setembro de 2012).
Filho de um juiz, passou sua infância em Minas Gerais. um dos mais importantes ficcionistas da literatura do país e um dos escritores mais premiados no Brasil.
Sua primeira novela publicada foi A teia (1947), sobre
o início de um ciclo sobre a decadência do interior de Minas. Ganhou o
Prêmio Mário Sette do Jornal de Letras com Sombra e exílio (1950).
Mudou-se (1954) para o Río de Janeiro, onde foi secretário de imprensa
da República (1955-1960) no governo de Juscelino Kubitschek. Em seguida
mudou-se no Rio de Janeiro, publicou Tempo de amar (1952), Nove
histórias em grupos de três (1957) com o qual ganhou o Prêmio Artur
Azevedo, do Instituto Nacional do Livro, A barca dos homens (1961),
considerado o melhor livro do ano pela União Brasileira de Escritores,
Ópera dos mortos (1967), O risco do bordado (1970), Solidão Solitude
(1972), Os sinos da agonia (1974), O Novelário de Donga Novais (1976) e
Armas & corações (1978). Recentemente ganhou o Prêmio Camões (2000),
cerca de 100 mil dólares, pelo importância de sua obra em português.
Em suas obras ,Autran Dourado, focaliza a
vida no interior de Minas Gerais e utiliza amplamente expressões locais,
mas explora não temáticas regionalistas, e sim os aspectos psicológicos
da vida humana: a morte, a solidão, a incompreensão
do
outro, a loucura, o crime. Esses traços demonstram tanto a origem
mineira do autor quanto a influência de James Joyce, Stendhal e Goethe.
Além disso, frequentemente revela-se também influenciado pelo Barroco
mineiro e espanhol, usando uma linguagem obsessivamente trabalhada e
trazendo personagens que são arrastados por forças superiores rumo à
destruição. O pensamento de filósofos como Platão, Aristóteles,
Nietzsche e Schopenhauer também se manifesta nas obras de Autran
Dourado.
"Meus personagens se parecem muito
comigo. Eu os conheço muito bem e sofro a angústia que eles sofrem. Não
tenho nenhum prazer em escrever. Depois de pronta a
obra,
aí me dá uma certa satisfação, mas a mesma que dá quando se descarrega
dos ombros um fardo pesado. [...] (Escrever é) também uma fatalidade.
Você é destinado à literatura, e não a literatura a você. "
Eric John Earnest Hobsbawm
De família judia, Hobsbawm nasceu na cidade de Alexandria, no Egito, em
1917, o mesmo ano da Revolução Russa, que representou a derrocada do
czarismo e o início do comunismo no país.
Não por coincidência, a vida do historiador e seus trabalhos foram
moldados dentro de um compromisso duradouro com o socialismo radical.
O pai de Hobsbawm, o britânico Leopold Percy, e sua mãe, a austríaca
Nelly Grün, mudaram-se para Viena, na Áustria, quando o historiador
tinha dois anos e, logo depois, para Berlim, na Alemanha.
Hobsbawm aderiu ao Partido Comunista aos 14 anos, após a morte precoce
de seus pais. Na ocasião, ele foi morar com seu tio.
Em 1933, com o início da ascensão de Hitler na Alemanha, ele e seu tio
mudaram-se para Londres, na Inglaterra. Após obter um PhD da
Universidade de Cambridge, tornou-se professor no Birkbeck College em
1947 e, um ano depois, publicou o primeiro de seus mais de 30 livros.
Hobsbawm foi casado duas vezes e teve três filhos, Julia, Andy e Joshua.
Na década de 80, Hobsbawm comentou sobre sua fuga da Alemanha.
"Qualquer
um que viu a ascensão de Hitler em primeira mão não poderia ter sido
ajudado, mas moldado por isso, politicamente. Esse garoto ainda está
aqui dentro em algum lugar - e sempre estará".
Obra
Entre as obras mais conhecidas de Hobsbawm, estão os três volumes sobre a
história do século 19 e "Era dos Extremos", que cobriu oito décadas da
Segunda Guerra Mundial ao colapso da União Soviética.
Já como presidente do Birkbeck College, ele publicou seu último livro,
"Como mudar o mundo
Artigo de Michael Lowy (traduzido para o português)
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