"Eça de Queirós: Um homem que escreveu sobre a tecnologia de uma cidade que arrebanhava os sonhos dos turistas, mas, que trazia ao seu morador o cansaço físico e mental imposto pela modernidade e deste modo, o leva para as serras reabastecer do convívio acalentador da natureza e da simplicidade que a envolve!"
Ana Marly de oliveira Jacobino
foto by Ivana Marisa Altafin
O espetáculo que movimentou os palcos do Teatro Municipal em Piracicaba, ontem a noite (24/03) é uma adaptação do romance de Eça de Queiroz: “A Cidade e as Serras” - desenvolvimento do conto “Civilização” do próprio autor - que foi publicado em 1901, após sua morte. Levanta questões a respeito da importância da simplicidade em nossas vidas e ainda, critica o consumismo desenfreado presente na segunda metade do século XIX, quando da descoberta da energia elétrica e do desenvolvimento de novas tecnologias.
“A Cidade e as Serras” conta a história do intelectual Jacinto, apresentada por José Fernandes, o seu melhor amigo. Os episódios parisienses são abundantemente coloridos, onde são apresentados alguns episódios divertidíssimos relativos às falhas da tecnologia com os quais se pretende demonstrar a falibilidade da obra humana. O lirismo bucólico do autor português e o excepcional trabalho dos artistas envolvidos no projeto aproximam-nos da concepção humanista de Rousseau de que o homem, ao nascer “animal”, é realmente bom e que é a sociedade que o corrompe, sendo o grau de corrupção tanto maior quanto maior o grau de “civilização”.
O espetáculo que movimentou os palcos do Teatro Municipal em Piracicaba, ontem a noite (24/03) é uma adaptação do romance de Eça de Queiroz: “A Cidade e as Serras” - desenvolvimento do conto “Civilização” do próprio autor - que foi publicado em 1901, após sua morte. Levanta questões a respeito da importância da simplicidade em nossas vidas e ainda, critica o consumismo desenfreado presente na segunda metade do século XIX, quando da descoberta da energia elétrica e do desenvolvimento de novas tecnologias.
“A Cidade e as Serras” conta a história do intelectual Jacinto, apresentada por José Fernandes, o seu melhor amigo. Os episódios parisienses são abundantemente coloridos, onde são apresentados alguns episódios divertidíssimos relativos às falhas da tecnologia com os quais se pretende demonstrar a falibilidade da obra humana. O lirismo bucólico do autor português e o excepcional trabalho dos artistas envolvidos no projeto aproximam-nos da concepção humanista de Rousseau de que o homem, ao nascer “animal”, é realmente bom e que é a sociedade que o corrompe, sendo o grau de corrupção tanto maior quanto maior o grau de “civilização”.
José Maria de Eça de Queirós nasceu em novembro de 1845, numa casa da Praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro da cidade; foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde. Filho de José Maria Teixeira de Queirós, nascido no Rio de Janeiro em 1820, e de Carolina Augusta Pereira d'Eça, nascida em Monção em 1826.Uma das teses para tentar justificar o facto dos pais do escritor não se terem casado antes do nascimento deste sustenta que Carolina Augusta Pereira de Eça não teria obtido o necessário consentimento da parte de sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça. De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se oporia, casaram-se os pais de Eça de Queirós, quando o menino tinha quase quatro anos.
Por via dessas contingências foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó paterna.
Portugal do inicio do século XX (foto by Google) O pai era magistrado, formado em Direito por Coimbra. Foi juiz instrutor do célebre processo de Camilo Castelo Branco, juiz da Relação e do Supremo Tribunal de Lisboa, presidente do Tribunal do Comércio, deputado por Aveiro, fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do Reino e do Conselho de Sua Majestade. Foi ainda escritor e poeta.
Em Coimbra, Eça foi amigo de Antero de Quental. Os seus primeiros trabalhos, publicados avulso na revista "Gazeta de Portugal", foram depois coligidos em livro, publicado postumamente com o título Prosas Bárbaras.
Em 1866, Eça de Queirós terminou a Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra e passou a viver em Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo. Foi director do periódico O Distrito de Évora. Porém continuaria a colaborar esporadicamente em jornais e revistas ocasionalmente durante toda a vida. Mais tarde fundaria a Revista de Portugal.
Atores da Wz Brasil Produção em cena do romance adaptado de Eça de Queirós uma leitura obrigatória tanto para o vestibular da Fuvest quanto o da Unicamp, o livro ‘A cidade e as serras’, de Eça de Queiroz.
Com direção de Rick Von Dentz, o espetáculo conta a história de Jacinto que, tomado de um pessimismo e de um vazio onde nada tem valor, se vê obrigado a viajar para Portugal com o objetivo de resolver um problema familiar. Nas serras, Jacinto reencontra-se com seu eu interior, preenchendo o vazio de sua alma.
Wz Brasil Produção trouxe "A cidade e as serras " Para Piracicaba
foto by Ivana Marisa Altafin
Wz Brasil Produção trouxe "A cidade e as serras " Para Piracicaba
foto by Ivana Marisa Altafin
Tendo ingressado na carreira diplomática, em 1873 foi nomeado cônsul de Portugal em Havana. Os anos mais produtivos de sua carreira literária foram passados em Inglaterra entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu o cargo em Newcastle e Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, como A Capital, escrito numa prosa hábil, plena de realismo. Manteve a sua actividade jornalística, publicando esporadicamente no Diário de Notícias, em Lisboa, a rubrica «Cartas de Inglaterra». Mais tarde, em 1888 seria nomeado cõnsul em Paris.
Personagens de Eça de Queirós em adaptação teatral (fotos by Ivana Marisa Altafin)
A Ilustre Casa de Ramires, foi Seu último livro sobre um fidalgo do século XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. É um romance imaginativo, entremeado com capítulos de uma aventura de vingança bárbara que se passa no século XII, escrita por Gonçalo Mendes Ramires, o protagonista. Trata-se de uma novela chamada A Torre de D. Ramires, em que antepassados de Gonçalo são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão moral e intelectual do rapaz.
Eça de Queirós morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua casa de Neuilly, perto de Paris. Teve funeral de Estado. Está sepultado em Santa Cruz do Douro.
Atores no palco do Teatro Municipal de Piracicaba, que recebeu um ótimo público jovem interessado no romance que esta na lista do Vestibular 2011 (fotos by Ivana Marisa Altafin)
Póvoa de Varzim (Portugal) foto by google
Em 1869 e 1870, Eça de Queirós fez uma viagem de seis semanas ao Oriente (de 23 de outubro de 1869 a 3 de janeiro de 1870), em companhia de D. Luís de Castro, 5.º Conde de Resende, irmão da sua futura mulher, D. Emília de Castro, tendo assistido no Egipto à inauguração do canal do Suez: os jornais do Cairo referem «Le Comte de Rezende, grand amiral de Portugal et chevalier de Queirós». Visitaram, igualmente, a Palestina. Aproveitou as notas de viagem para alguns dos seus trabalhos, o mais notável dos quais o O mistério da estrada de Sintra, em 1870, e A relíquia, publicado em 1887. Em 1871, foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.
João Gaspar Simões, Eça de Queirós: o homem e o artista. Lisboa / Rio de Janeiro: Dois Mundos, 1943.
a b João Gaspar Simões, Eça de Queirós Lisboa: Arcádia, 1961.
João Medina, Eça de Queirós e o seu tempo, Livros Horizonte, lisboa, 1972.
Convites e Celebrações:
Sarau Bem Brasileiro
Sétimo Ano do Sarau Literário Piracicabano as homenagens serão para:
Gilberto Freyre
A historiadora Marly Therezinha Germano Perecin
Dia 12 de abril das 19:30h às 21:30hs
Encontro de artistas,declamadores, escritores, poetas, músicos no Teatro Municipal Drº Losso Netto em Piracicaba, com a presença do Regional do Sarau Literário Piracicabano, e GRUPO Musical- CHORANDO EM 7 (COORDENAÇÃO - Maestro MARCOS DE MORAES
Local: Teatro Municipal Drº Losso Neto
Aberto a todos que queiram participar
Entrada Franca (retirar na bilheteria do Teatro Municipal)
Show PIRA JAZZ , CAROS AMIGOS VAMOS NOS PROGRAMAR .
DIA 16 DE JUNHO TODO MUNDO NO TEATRO, ANIVERSÁRIO DA PIRA JAZZ, 14 ANOS. VAMOS LÁ .
A banda Superdose será a primeira atração da programação do projeto SESI Música 2011 - Brasileira, no Teatro da unidade de Piracicaba. A apresentação, gratuita, será realizada sábado (26/03), às 20h.
Resultado da influência dos clássicos do rock inglês e de grandes poetas, a banda tem 10 anos de estrada e gravou recentemente o CD Superdose, que faz uma abordagem lúcida e turbulenta do cotidiano da vida urbana, suas alegrias, frustrações e velocidade.
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