terça-feira, 29 de junho de 2010

São Pedro e São Paulo: as Festas Juninas findam o mês na Agenda!




O segundo lugar escolhido pela Academia Brasileira de Letras, saiu para Carla Ceres Oliveira Capeleti, de Piracicaba, São Paulo, com o trabalho:


"Joguei. Perdi outra vez! Joguei e perdi por meses, mas posso apostar:

os dados é que estavam viciados. Somente eles, não eu".



Repaginando as Festas Juninas
Ana Marly de Oliveira Jacobino

Ruínas espelham idades.
Ali, o salto alto da mãe
torce o pé da menina
palpita sobre o piso desencarnado
crava; retaliando gerânios.
Gelado o luar desperdiça
grudentas gotas translúcidas
no trançar dos cabelos.
Arraial resmunga cantorias.
Vestido engomado!
Casaco de lá tricotado
por mãos sábias. Como sei?
Elas secaram meus cabelos.
Resmungos inteligíveis
Retorcem os beiços
Enquanto, o gengibre perfuma o ar
Floresce o escurecer
cores barulhentas
assobiam buscapés, traques...
escondidos na fogueira.
No meu peito o afagar
do coração brinca de quadrilha
desobstruído pelas lembranças
remotas...; talvez!
                                                              29 de junho

Em homenagem a São Pedro, fogueiras são acesas, mastros são erguidos com as suas bandeiras e fogos são queimados. Porém, não há na noite de 29 de junho a mesma empolgação que está presente na festividade de São João.Em homenagem a este santo são realizadas procissões terrestres, organizadas pelas viúvas e as fluviais, pois como vimos, São Pedro é caracterizado como protetor dos pescadores.
A brincadeira do pau-de-sebo, está em várias regiões, diretamente relacionada com a festividade deste santo.São Paulo também é festejado com São Pedro, pois os dois foram julgados e condenados no mesmo dia, sendo que o primeiro não é destacado nas festividades deste mês. Encerra-se assim, o ciclo das celebrações dos santos juninos.                                                           http://www.festajunina.com.br/
As festas juninas são conhecidas como características da igreja Católica Apostólica Romana, por manter culto de veneração a três santos: São João, Santo Antônio e São Pedro.
Dessa cultura religiosa surgiram as quermesse ou festas de barraquinhas, onde são vendidos esses deliciosos alimentos, além de artesanatos, a fim de arrecadar verbas para as benfeitorias da igreja.
Essas festas também são conhecidas como festas de caridade e durante a realização das mesmas acontecem várias brincadeiras, também para se arrecadar fundos. São feitos pequenos leilões de alimentos, onde os lances chegam a valores bem maiores que os das prendas, mas somente para levar animação ao momento, além de fazer a doação para a igreja.
Mas o importante mesmo é se divertir e comer as delícias das festas juninas.
                                                                                                                Jussara de Barros

Conta a história que as comemorações juninas surgiram na época pré-gregoriana, em comemoração à fartura das colheitas, no solstício de verão, onde faziam-se uma grande festa pagã para agradecer a fertilidade da terra. Essa festa era realizada no dia vinte e quatro de junho.
Aos poucos a festa foi sendo difundida por todo o Brasil, tendo chegado ao nosso país através da colonização dos portugueses.
Nessa data o milho está em evidência em nossas plantações, sendo a base de todos os alimentos consumidos nas festas juninas.
Dentre tantos pratos deliciosos podemos destacar a canjica, o curau, a pipoca, a pamonha, o bolo de milho, o caldo de milho, milho cozido, dentre outros. Porém, não são apenas esses alimentos que compõem a culinária da festa.
Dependendo da região onde for realizada, a festa junina apresenta um caráter peculiar com a cultura da localidade.
Várias são as opções para se fazer uma boa festa junina. O mané-pelado é um bolo feito de mandioca crua, ralada; a paçoquinha é feita de amendoim torrado, bolacha de maisena e leite condensado; a maçã do amor é uma maçã mergulhada em calda de açúcar, com um cabo de palito de picolé; bolo de coco; cachorro-quente, o delicioso pãozinho com molho e salsicha; pé de moleque, feito com rapadura e amendoim torrado; pinhão cozido, uma castanha característica do sul e o famoso quentão, feito com gengibre, canela e pinga.

QUADRILHAS JUNINAS
ORIGEM :Os estudos colocam a dança de quadrilha teve origem na Inglaterra, por volta dos séculos XIII e XIV. A guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra, serviu também para promover uma transferência cultural entre esses países. A França adotou a quadrilha e levou-a para os palácios, tornando-a assim uma dança nobre. Rapidamente se espalhou por toda a Europa, sendo assim uma dança presente em todas as festividades da nobreza.
Originalmente, em sua forma francesa, a quadrilha era dançada em cinco partes, em compassos que variavam de 6/8 a 2/4, dependendo da parte que estava sendo dançada, terminando sempre em um galope, que normalmente atravessava-se o salão.
A quadrilha não só se popularizou, como dela apareceram várias derivadas no interior. Assim a Quadrilha Caipira, no interior paulista (e Minas), o baile sifilítico na Bahia e Goiás, a saruê (deturpação de soirée) no Brasil Central e, porventura a mais interessante dentre todas elas, a mana chica e suas variantes... Várias danças do fandango usam-se com marcação de quadrilha, da mesma forma que o pericón e outros bailes guascas da campanha no Rio Grande do Sul.
                                                              http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/

Convites Imperdíveis
aa

4 comentários:

  1. Quanta coisa boa nas Festas JUninas: cadeia, quadrilha, fogos, fogueira, doces, batata-doce na fogueira, vinho-quente, quentão (com moderação! rs), pinhão, bolo de fuba... eh, saudade!

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  2. Duas comemorações me assustam até hoje:carnaval e festas juninas. Eram tempos proibidos de sair de casa.
    No carnaval cegavam meus olhos com lanças perfumes,talco ou água e me pisoteavam nos salões cheios de gente doida, embriagada,mal educadas e nas festa juninas os fogos explodiam num barulho ensurdecedor, os buscapés ameaçavam queimar nossas pernas e as fogueiras provocavam atos insanos de mentes perigosas.
    Que bom que agora essas festas são distantes, particulares e restritas!
    Posso andar tranquila pelas ruas que nada nem ninguém irá me provocar invocando costumes que não são meus...

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  3. Lembranças que sem dúvida marcaram; ainda bem que nos meus olhos deixaram a beleza das festas junto aos meus familiares distantes e que movimentavam a família com a alegria. Descendentes diretos de portugueses e italianos, até hoje nos reunimos para as festas, mesmo sem os mais velhos que já estão dançando a quadrilha em outro plano.

    Obrigada pelos comentários

    Ana Marly

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  4. Em primeiro lugar, obrigada por divulgar nossas atividades e parabéns pelas preciosas informações que contém o blog.

    Cibele
    CCMW

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