domingo, 25 de abril de 2010


Para "Bandeira e todos os Poetas"
Ana Marly de Oliveira Jacobino

Que saudades do Brasil.
Lá eu era amigo do poeta.
Lia, Andrade, Bandeira, Drummond
No sítio do meu avô Giubbina,
De bermuda, chinela, camiseta,
Caminhava pela grama orvalhada.

Que saudades do Brasil.
Como Lispector fui feliz por lá,
No Brasil tinha grandes aventuras, como,
Coordenar um Sarau Literário repleto
De poemas de quem sabe fazer
Do bom e belo juntando as palavras,
Passar por Passargada e visitar Bandeira.
Vou voltar...

Conhecerei meninos e meninas brancos, negros, índios...
Vou visitar a casa Encantada de Santos Dumont
Subir os degraus da escada com o pé direito.
Escada, que ele planejou, enquanto fazia o avião.
Ouvirei Villa Lobos, em sua Sinfonia de Brasilidade,
E, no Carnaval de Ouro Preto, descerei as ladeiras,
Com as Repúblicas Históricas, vestida de colombina.

Que saudade do Brasil.
Lá sou amiga do Bandeira
Sei que seus poemas são belos,
Tem bolsa família para os mais pobres.
E os trens sumiram das estações,
As ruas viraram sambódromos
Os rios, alguns, estão poluídos,
Mas, as pessoas são alegres, assim mesmo.

Quero ir à Sala São Paulo
Cantando o “Trenzinho Caipira”,
E beber uma caipirinha em Piracicaba
Ler as homilias de D. Paulo Evaristo Arns,
Na linda Catedral da Sé.
Vou-me embora para o Brasil!

E , se porventura vier a sentir
Saudade do vento gelado,
De ouvir um Jayhawks, imitar o toque do celular
De ver as árvores sem folhas,
E a grama queimada pela neve tão alva,
Quem sabe volte pra lá.
Talvez! Porque, aqui sou tão feliz.

Que saudade do Brasil.
Lá sou amiga do Bandeira
Sei que no Brasil há Antonio, Benedito, João, Pedro.
Terei uma cama de palha de milho,
Cachaça, rapadura, mandioca e um amigo, à quem escrever.
Porque no Brasil, quem é amiga do Bandeira,
É quase, como amigo do Rei.

(Dedico este poema paráfrase para todos os Artistas, Escritores, Músicos Alê Bragion e Poetas e ao Richard Mathenhauer )


Casa de Santos Dumont em Petropólis








EspontaneidadeCornélio T. L. Carvalho

O poeta é assim:
de repente,
sem nenhum aparato,
numa folha qualquer,
registra o seu o estro
em escrita apressada e disforme.
E, ao reler sua obra,
conclui satisfeito:
Está bom.
Está bem feito.



ALMAMel Redi

Triste
Sem calma
Chora os ais...
Fria solidão !
Ah, nave sem rumo ...
em cais...







A escritora, poeta nicaraguense Angela Reyes conta sobre a sua última passagem por Miami e de todos os acontecimentos que a envolveram no seu retorno ao Brasil.
Clique e veja o que lhe aconteceu:

http://www.youtube.com/watch?v=qrNCCipHzXo


OPIANOElda Nympha Cobra Silveira

Estou ao piano...
Os sons saem lânguidos,
dolentes, às vezes, em forte,
fortíssimo, ou piano...pianíssimo.

Vou dedilhando
com sentimento,
e percebo que a vida
é um orquestrar constante.
Batendo nas teclas,
pretas ou brancas,
de stacatto em stacatto,
vou vibrando sempre.

No correr dos anos,
quando a angústia chega,
vou para um moderato
e sigo em frente,
mais devagar, mais silente...
E noto que, de repente,
a música da vida é mais terna,
mais amena, então,
meu sentimento se aprimora,
e quero tocá-la toda hora,
para ver se chego, sem demora,
ao gran finale esperado,
porque não quero acabarnum desengano.

PaisagemAna Lúcia Stipp Paterniani
Um lago que fica
Cada vez mais tranquilo
Até virar espelho
E refletir as flores coloridas
Que estão ao seu redor
E o céu azul

Escolho uma flor branca,
Parece um lírio -
- colírio para os olhos -
- bálsamo para as feridas da alma -
Assim pura, suave e
Perfumada
Assim, simples e bela -
- como eu quando consigo
Simplesmente
Ser.


Um pouco + do Sarau Literário Piracicabano:












MUSICA MAESTRO_ Ana Lucia Stipp Paterniani (flauta transversal e voz), Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz); Mauro de Moraes( violão, percussão e voz), Marcos de Moraes (violão), Roseane Luppi (percussão e vos); Galvani Luppi (voz) cantam "As Mariposas de Adoniran Barbosa)

Clique e participe:

8 comentários:

  1. Houve uma época em que adorava viajar.
    Estivemos várias vezes no RJ.
    Visitamos a casa encantada de Santos Dumont e outros maravilhosos pontos turisticos do Rio...
    Atualmente continuo indo sempre pra lá mas descobri que o RJ continua lindo ...para turistas!

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  2. Quianta coisa linda mostrada aqui!Adorei rever a casa de S.Dumont,que visitei há ...trocentos anos,tsrsrs...Uma linda semana, tudo de bom,chica

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Salve, Ana Marly: a "Jacobina" (como diz a querida Carmelina...)

    Grande abraço a você!

    E não deixe de nos mandar notícias de seu Sarau!

    Alexandre Bragion.
    Educativa nas Letras.
    www.educativanasletras.blogspot.com

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  5. Oi, Ana! Venho cumprimentá-la por todo este brilhante material sobre cultura e arte. Belo texto este de "saudades do Brasil". Sim, também digo de todo o coração: que saudades do Brasil! Parabéns aos poetas publicados neste espaço. Eles dignificam e honram a poesia. Abraços da Marisa Bueloni

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  6. Querida amiga Ana

    Hoje a minha visita é para agradecer.
    Nestes dias que celebro a minha vida,
    tenho certeza de que a mesma
    não teria o brilho de hoje,
    se não fossem os amigos e amigas
    que a tornam valiosa
    mesmo que distantes.

    A ti gostaria de dizer obrigado:
    Obrigado pelas visitas ao meu blog.
    Obrigado pelas palavras semeadas.
    Obrigado por sentir os meus textos
    com os olhos do coração.

    Sou eternamente grato a vida,
    por mais estes presentes
    que de modo gentil
    deixas em minha vida,
    fazendo de mim uma pessoa melhor,
    e pleno de felicidade.

    Lindos dias de vida para ti.

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  7. Eternamente grata me sinto com todos vocês que valorizam o trabalho desta Agenda que preza em espalhar o trabalho de todos e divulgá-los com os olhos de quem é apaixonada pelas palavras. Obrigada e obrigada pelo carinho dos comentários. Abraços Poéticos Piracicabanos de Ana Marly de Oliveira Jacobino

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  8. Mais uma vez, obrigado, minha amiga!

    Abraços fraternos!

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