segunda-feira, 30 de junho de 2014

Brasil...


 

Para "Bandeira e todos os Poetas"
Ana Marly de Oliveira Jacobino

Para "Bandeira e todos os Poetas"
Ana Marly de Oliveira Jacobino

Que saudades do Brasil...
Lá, eu era amigo do Poeta.
Lia, Andrade, Bandeira, Drummond...
Cecília, Francisca, Gilka...
No sítio do meu avô Giubbina,
De bermuda, chinela, camiseta,
Caminhava pela grama orvalhada.

Que saudades do Brasil...
Como, Lispector fui feliz por lá,
No Brasil tinha grandes aventuras, como;
coordenar um Sarau Literário, repleto
de composições, poemas...
de quem sabe fazer
o bom e belo, juntando as palavras.
Passar por Passargada e visitar Bandeira.
Vou voltar...

Conhecerei meninos e meninas;
brancos, negros, índios...
Vou visitar a linda casa, "Encantada de Santos Dumont"!
Subir os degraus da escada com o pé direito,
Escada, que ele planejou, enquanto, fazia o avião.
Ouvirei Villa Lobos em sua Sinfonia de Brasilidade,
E, no Carnaval de Ouro Preto, descerei as históricas ladeiras,
com as Repúblicas Históricas,
vestida de colombina.

Que saudade do Brasil...
Lá, sou amiga do Bandeira
Sei que seus poemas são belos!
Tem bolsa família para os mais pobres.
E, os trens sumiram das estações,
As ruas viraram sambódromos
Os rios, alguns, estão poluídos...
Faltam polìticas públicas...
Consciência para os governantes e,
Para o povo na hora de votar!
Mas, as pessoas são alegres, mesmo assim...

Quero ir à Sala São Paulo
Cantando no “Trenzinho Caipira”.
Beber uma caipirinha em Piracicaba.
Ler as homilias de D. Paulo Evaristo Arns,
Na linda Catedral da Sé.
Vou-me embora para o Brasil!

E , se, porventura vier a sentir
saudade do vento gelado,
De ouvir um Jayhawks, imitar o toque do celular
De ver as árvores sem folhas,
E a grama queimada pela neve tão alva,
Quem sabe volte pra lá.
Talvez! Porque, aqui no Brasil sou tão feliz!

Que saudade do Brasil...
Lá sou amiga do Bandeira
Sei que no Brasil há Antonio, Benedito, João, Pedro...
Antonia, Benedita, Joana, Heloisa...
Terei uma cama de palha de milho,
Cachaça, mandioca, pamonha, rapadura...
e um amigo, à quem escrever.
Porque no Brasil, quem é amigo do Bandeira,
É quase, como amigo do Rei.

(Dedico este poema paráfrase para todos os Artistas, Escritores, Músicos( Alê Bragion) e Poetas ( Richard Mathenhauer), e, para o grande escritor, pensador Stefen Zweig, que foi um apaixonado pelo Brasil.

2 comentários:

  1. Anônimo7/7/14 13:30

    Que maravilha perceber que continua cheia de energia e inspirações!
    Acredite que estou com muitas saudades desse povo , desses encantos que amo tanto... Mas só volto após a Copa resolvida... Tanto na maior alegria ou tristeza prefiro comemorar com a familia.. Aqui até o cachorro late durante os jogos. é uma bela bagunça
    Ganhando ou não esses estrangeiros já sabem que " um filho teu não foge á luta", patria amada Brasil!
    Abraço carinhoso,
    Dirce Ramos de Lima

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela visita sempre repleta de notícias e de força para continuarmos nesta luta árdua que é levar adiante a Arte e a Literatura nos nossos rincões, Dirce... Obrigada e volte sempre! CaipiracicabANA Marly de Oliveira Jacobino

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário