Sarau
Literário Piracicabano se sente honrado em
estar participando deste 8º Sarau
Literário e Festivo em Poços de Caldas, evento este,
realizado por Juraci e Ondina (com a colaboração
de Sheyla e Alessandro, e demais membros
da sua família) .
Agradecimento especial a Gustavo Augusto Molinari e Lucas
Rodrigues de Ribeirão Preto pela disponibilidade.
Agradecimento para todos os colaboradores, participantes do Sarau Literário Piracicabano, do Sarau Literário e Festivo de Poços de Caldas e de Ribeirão Preto. Obrigada!
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 13 de
junho de 1888. Fernando
Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo. Tendo sido "plural" como se
definiu, criou vários poetas, que conviviam nele. Cada um tem sua biografia e
traços diferentes de personalidade. Os poetas não são pseudônimos e sim
heterônimos, isto é, indivíduos diferentes, cada qual com seu mundo próprio,
representando o que angustiava ou encantava seu autor. Criou entre outros
heterônimos, Alberto Caeiro da Silva, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo
Soares. Fernando António Nogueira Pessoa morreu em Lisboa, no dia 30 de
novembro de 1935.
Autopsicografia_ Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Autopsicografia_ Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo no dia 12 de
setembro. Filho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa
Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a sua irmã. Álvares de Azevedo deixa
transparecer em seus textos, a marca de uma adolescência conflitante e
dilacerada, representando a experiência mais dramática do Romantismo
brasileiro. Álvares de Azevedo doente, abandona a faculdade. Vitimado por uma
tuberculose e sofrendo com um tumor, é operado mas não resiste. Morre no dia 25
de abril de 1852, com apenas 21 anos. Sua poesia "Se Eu Morresse Amanhã!", escrita alguns dias antes de
sua morte, foi lida, no dia de seu enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de
Macedo. Álvares de Azevedo encara a morte como solução de sua crise e de suas
dores, como expressou no seu famoso poema:
Se eu morresse
amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
## Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
##Que sol! que céu azul! que doce n'alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
## Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Ondina, Ivana (agradecemos pelas fotografias) e Juraci os anfitriões.
Se eu morresse
amanhã, viria ao menos
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
## Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
##Que sol! que céu azul! que doce n'alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
## Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro
de 1861, em Florianópolis (SC). Era filho de ex-escravos e ficou sob a proteção
dos antigos proprietários de seus pais, após receberem alforria. Por este
motivo, recebeu uma educação exemplar no Liceu Provincial de Santa Catarina.
Além disso, o sobrenome Sousa é advindo do ex-patrão, o marechal Guilherme
Xavier de Sousa, o que demonstra o afeto do mesmo para com os pais do futuro
autor. Apesar disso, Cruz e Sousa teve que enfrentar o preconceito racial que
era muito mais evidente na época do que é hoje em dia. No entanto, isso não foi
pretexto para desmotivá-lo, uma vez que é conhecido como o mais importante
escritor do Simbolismo. A linguagem de Cruz e Sousa, herdada do Parnasianismo,
é requintada, porém criativa, na medida em que dá ênfase à musicalidade dos
versos por intermédio da exploração dos aspectos sonoros dos vocábulos. Cruz e
Sousa viu sua mulher e filhos morrer de tuberculose na miséria absoluta . Faleceu
aos 36 anos, em 19 de março de 1898, vítima do agravamento no quadro de
tuberculose.
##Gargalha,
ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
## Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta ...
##Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço. . .
##E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta ...
##Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço. . .
##E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Sarau Literário Piracicabano junto a Juraci, Ondina e Sheyla do Sarau Literário e Festivo
Oi Ana,
ResponderExcluirEu que agradeço mais uma vez a oportunidade de fazer parte desta festa literária, que a cada ano nos surpreende com novos talentos, seja na literatura, na música ou no improviso, enfim, é uma festa imperdível! Aos anfitriões, Ondina e Juraci, obrigada por receber a todos com o carinho e a amizade de sempre!
Um abraço!
Ivana
Valeu Ivana. Belo trabalho o seu em fotografar a nossa festa. Obrigada! Ana Marly
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