segunda-feira, 5 de maio de 2014

20 anos sem Mário Quintana.

20 sem o meu Passarinho... está alçando voo em outros ninhos etéreos...Saudade de Mario Quintana!
Foto: 20 sem o meu Passarinho... está alçando voo em outros ninhos etéreos...Saudade de Mario Quintana
A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.
Mario Quintana

 
              O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal.
Quando se vê, já terminou o ano..
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

## Mario Quintana 20 anos sem o nosso "Passarinho"

Foto: Arquitetura funcional

Não gosto da arquitetura nova
Porque a arquitetura nova não faz casas velhas
Não gosto das casas novas
Porque as casas novas não têm fantasmas
E, quando digo fantasmas, não quero dizer essas assombrações
vulgares
Que andam por aí...
E não-sei-quê de mais sutil
Nessas velhas, velhas casas,
Como, em nós, a presença invisível da alma.... Tu nem sabes
A pena que me dão as crianças de hoje!
Vivem desencantadas como uns órfãos:
As suas casas não têm porões nem sótãos,
São umas pobres casas sem mistério.
Como pode nelas vir morar o sonho?
O sonho é sempre um hóspede clandestino e é preciso
(Como bem sabíamos)
Ocultá-lo das visitas
(Que diriam elas, as solenes visitas?)
É preciso ocultá-lo das outras pessoas da casa,
É preciso ocultá-lo dos confessores,
Dos professores,
Até dos Profetas
(Os Profetas estão sempre profetizando outras cousas...)
E as casas novas não têm ao menos aqueles longos, intermináveis
corredores
Que a Lua vinha às vezes assombrar!

Mario Quintana 
Apontamentos de história sobrenatural 
               Arquitetura funcional
Não gosto da arquitetura nova
Porque a arquitetura nova não faz casas velhas
Não gosto das casas novas
Porque as casas novas não têm fantasmas
E, quando digo fantasmas, não quero dizer essas assombrações
vulgares
Que andam por aí...
E não-sei-quê de mais sutil
Nessas velhas, velhas casas,
Como, em nós, a presença invisível da alma.... Tu nem sabes
A pena que me dão as crianças de hoje!
Vivem desencantadas como uns órfãos:
As suas casas não têm porões nem sótãos,
São umas pobres casas sem mistério.
Como pode nelas vir morar o sonho?
O sonho é sempre um hóspede clandestino e é preciso
(Como bem sabíamos)
Ocultá-lo das visitas
(Que diriam elas, as solenes visitas?)
É preciso ocultá-lo das outras pessoas da casa,
É preciso ocultá-lo dos confessores,
Dos professores,
Até dos Profetas
(Os Profetas estão sempre profetizando outras cousas...)
E as casas novas não têm ao menos aqueles longos, intermináveis
corredores
Que a Lua vinha às vezes assombrar!

Mario Quintana
Apontamentos de história sobrenatural
 

Foto: exposição SAUDADE: 20 anos sem Mario Quintana 

No dia 5 de maio de 1994, um dos maiores poetas brasileiros nos deixava. Nesse próximo dia 5 de maio, a Casa de Cultura Mario Quintana relembra a presença daquele que emprestou seu nome à mais conhecida instituição cultural do Estado. A exposição SAUDADE: 20 anos sem Mario Quintana reúne uma seleção de poemas, fotos, manuscritos e textos, alguns deles publicados no antigo Caderno H do jornal Correio do Povo. A mostra proporciona o contato com imagens e excertos consagrados da obra do poeta e, também, com documentos menos conhecidos, que são testemunho de momentos característicos do cotidiano simples de Quintana, notabilizado por suas caminhadas pela Rua da Praia. 
Exposição SAUDADE: 20 anos sem Mario Quintana

No dia 5 de maio de 1994, um dos maiores poetas brasileiros nos deixava. Nesse próximo dia 5 de maio, a Casa de Cultura Mario Quintana relembra a presença daquele que emprestou seu nome à mais conhecida instituição cultural do Estado. A exposição SAUDADE: 20 anos sem Mario Quintana reúne uma seleção de poemas, fotos, manuscritos e textos, alguns deles publicados no antigo Caderno H do jornal Correio do Povo. A mostra proporciona o contato com imagens e excertos consagrados da obra do poeta e, também, com documentos menos conhecidos, que são testemunho de momentos característicos do cotidiano simples de Quintana, notabilizado por suas caminhadas pela Rua da Praia.
 

2 comentários:

  1. Linda e tão merecida homenagem ao Quintana que todos adoramos! beijos,tudo de bom,lindo dia e semana! chica

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  2. Obrigada Chica pela visita ao nosso Mario Quintana de tantos encantos... Ana Marly

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