Joaquim
Nabuco na sua obra "Um Estadista do Império", relata que, no Conselho
de Estado, o abolicionismo entrou na pauta das discussões, pela primeira
vez, nas sessões de 2 e 9 de abril de 1867, tendo o conselheiro Marquês
de Olinda advertido sobre as dificuldades que decorreriam da abolição e
que as ideias abolicionistas vinham de países que não tinham trabalho
escravo.
Foram 300 anos de exploração, violência, dores
e amores que, certamente, gerou não só dívidas coletivas, mas também
individuais para os pioneiros que ajudaram a construir a nação
brasileira. Historiadores, por outro lado, consideram que o braço cativo
foi o elemento propulsor da nossa economia.
Segundo contam os historiadores, no Brasil,
último país da América a abolir a escravidão, o sistema de escravidão já
estava falido e seu fim era cobiçado pela Inglaterra (em busca de mais
mercado consumidor) e internamente, pela necessidade de mão de obra
qualificada para o plantio de café.
Em
nosso País a escravidão teve seu início com a produção de açúcar na
primeira metade do século XVI, quando os portugueses buscavam nas
colônias do Continente Africano, trabalhadores para escravizá-los. Estes
escravos eram vendidos como se fossem mercadorias cujo valor dependia
da idade e do aspecto físico saudável.
A
Lei Áurea nasceu de um projeto de lei apresentado, por Rodrigo Augusto
da Silva, ministro da agricultura do Gabinete ministerial presidido por
João Alfredo Correia de Oliveira, à Câmara Geral, atual Câmara dos
Deputados, em 8 de maio de 1888.
“Fica abolida a escravidão no Brasil. Revogam-se as disposições em contrário”.
Augustos e Digníssimos Senhores Representantes
da Nação – Venho, de ordem de Sua Alteza Imperial, Regente em nome de
sua Majestade o Imperador, apresentar-vos a seguinte proposta: Art. 1.º É
declarada extincta a escravidão no Brazil. Art. 2.º: Revogam-se as
disposições em contrário. Palácio do Rio de Janeiro, 8 de Maio de 1888. — Rodrigo A. da Silva
- LACOMBRE, Lourenço Luiz, Isabel, a princesa redentora, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989.
- MACEDO, Joaquim Manuel de, As vítimas-algozes - quadros da escravidão, Fundação Casa de Rui Barbosa, 1991.
- fotos google
Como eu sempre digo: o mundo está cada vez melhor...Até o bicho homem aprende com seus erros.. Pena que erre tanto antes de aprender!!!!
ResponderExcluirDirce Ramos de Lima
Verdade Dirce, e como erra esse bicho homem. Ana Marly
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