segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Piracicaba a noiva aniversariante...

"Os meus olhos se alegram com a sua beleza e o meu espírito exulta em seu seio,  encoberto com o véu da noiva, translúcido véu, ele respinga em mim as alegrias de poder ser poeta e louvar este seu berço repleto de amor!"
Ana Marly de Oliveira Jacobino

Piracicaba é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. A cidade é um importante pólo regional de desenvolvimento industrial e agrícola, estando situada em uma das regiões mais industrializadas e produtivas de todo o estado de São Paulo. O nome do município vem do tupi-guarani, significando "lugar onde o peixe pára". É uma referência às quedas do rio Piracicaba, que bloqueiam a piracema dos peixes.
O vale do rio Piracicaba começa a ser ocupado durante o século XVII, quando alguns colonos adentram a floresta e começam a ocupar as terras ao redor do Rio Piracicaba, praticando a agricultura de subsistência e exploração vegetal.
Em 1776, a Capitania de São Paulo decide fundar uma povoação na região, que serviria de apoio à navegação das embarcações que desceriam o rio Tietê, em direção ao rio Paraná, e também daria retaguarda ao forte de Iguatemi, localizado na divisa com o futuro Paraguai. A povoação deveria ser fundada na foz do rio Piracicaba com o Tietê, nas proximidades da atual cidade de Santa Maria da Serra, mas o Capitão Antônio Correa Barbosa, incumbido de tal missão, decide-se por um ponto localizado a 90 quilômetros da foz do Piracicaba, lugar já ocupado por alguns posseiros e com melhor acesso a outras vilas da região, notadamente Itu.
 A incipiente povoação de Piracicaba é fundada em 1º de Agosto de 1767, na margem direita do rio, localizado aproximadamente aonde hoje se situa o famoso Engenho Central e partes da Vila Rezende. A povoação de Piracicaba é ligada politicamente a Itu, então a cidade mais próxima. No ano seguinte, a povoação torna-se freguesia.

Ouça o Rio de Làgrimas e cante junto com eles...
O terreno irregular e infértil da margem esquerda do rio, provoca, em 1784, uma mudança da sede da freguesia para a margem direita do rio; e no final do século XVIII, a região se desenvolve baseada na navegação do rio Piracicaba e no cultivo da cana-de-açúcar.
Piracicaba ia se desenvolvendo rapidamente, tornado-se rapidamente a ser a principal cidade de suas redondezas, polarizando outras vilas que dariam origem às atuais cidades de São Pedro, Limeira, Capivari, Rio Claro e Santa Bárbara d'Oeste. Curiosamente, a cidade permanece vinculada ao cultivo de cana de açúcar, ignorando a chegada do café no Oeste Paulista, cultivo que se tornaria o motor da economia paulista no final do século XIX. Devido ao cultivo da cana, a região torna-se um dos principais polos de escravidão no Oeste Paulista, com grande presença de escravos e libertos negros.
Dentre os principais eventos piracicabanos estão a Festa das Nações, a Festa do Divino Espírito Santo, a Festa da Polenta, a Festa do Milho do distrito de Tanquinho, a bela encenação da "Paixão de Cristo de Piracicaba", e o mundialmente famoso Salão Internacional de Humor de Piracicaba.

Ouça Cobrinha cantando o Hino de Piracicaba:
                   http://youtu.be/bNCr2eWrVQ4

No turismo rural, temos destaque para os bairros de Santa Olímpia e Santana, fundados há mais de um século por imigrantes oriundos de Tirol (região de Trento, que, até 1919, pertenceu à Áustria e, atualmente, pertence à Itália). A festa mais importante dos tiroleses é a Festa da Polenta, no bairro Santa Olímpia, realizada no último final de semana de Julho. A festa é grandiosa e repleta de apresentação, culinária e música típicas.

Parabéns Piracicaba de tanta Arte, Literatura...

Cante o belo hino de Piracicaba com Orquestra Sinfônica de Piracicaba e o cantor Caco Piccoli. Receita Caseira, Coral Vox Cenaculli interpretam: Piracicaba de Nilton Melo

http://youtu.be/UO2EuMVA1Ls
O Sarau Literário Piracicabano lhe aplaude e promete continuar fiél a propagação da cultura em seu seio virginal...
Os artistas e escritores piracicabanos lhe festejam e dançam ao som do seu hino.
(foto by Ivana Altafin)     Canção ao rio (Tributo intertextual à Gonçalves Dias)

Ana Marly de Oliveira Jacobino (coordenadora do Sar@u Literário Piracicabano)
##Minha terra tem um rio...,
Nas suas margens floresciam,
Ipês, sapucaias, paineiras...!
Curiós, pintassilgos, sábias...,
Cantavam sonoros cantos,
Enquanto viviam por lá!
A andar sozinha pelo mirante,
Quanta beleza se via cá!
Nosso céu tinha mais aves,
Nosso rio tinha mais peixes,
Nas suas águas espumantes,
Corredeiras se viam lá!
Foram então transportadas,
Para abastecer outros lugares.
Quando a chuva vai embora,
E a seca apavora,
Meus olhos derrubam lágrimas,
Por não ver mais o seu véu,
Rolando em suas cascatas!
##Minha terra tem um rio...,
Onde lambaris, mandis, piabas...,
Venciam suas correntezas,
Fertilizando as suas águas.
Lá, naquele cantinho do salto,
Thebe, filha do deus Asopus,
Orgulhosa como tua escrava,
Molhava seu corpo nu,
Abençoando as suas águas!
#Minha terra tem um rio...,
De tanta beleza e encanto,
Que mesmo procurando tanto,
Não encontrei nada igual,
Nos lugares mais distantes,
Danúbio, Mississipi, Orange,
Eufrates, Reno, Sena,
Tamisa, Tejo, Ganges...
De valorosos fatos...,quantos,
Da história da humanidade,
Não podem aos olhos dessa sua amante,
Suprir as belezas do seu manancial.
Minha terra tem um rio...
Queira que um dia o seu povo,
Volte a sorver as delicias,
Da sua corrente virginal.
Da volta dos cardumes de peixes,
Das suas matas verdejantes,
E também do sabiá cantante,
Que canta nos seus gorjeios,
Que essa pobre viajante,
Nunca encontrou por lá,
Os amores e primores,
Das suas margens floridas,
Que tanto havia cá!
#Minha terra tem um rio...,
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu possa presenciar,
As comportas ruírem,
As suas águas subirem,
Correrem pelo seu leito,
E a sua ilha abraçar.
Não permita Deus que eu morra,
Longe dos seus amores,
Sem que aviste os ipês,
Onde canta o Sabiá.
Sem que veja rolarem as águas,
Do rio de Piracicaba!
                                                          Ruas de Piracicaba
Conheça mais sobre esta bela cidade e seu rio abençoado:
                                 http://youtu.be/qIRM5wbaVys

                       fotos by Ana Marly
IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° . Página visitada em 5 dez. 2010.
Fernando Fonseca de Queiroz (Outubro de 2005). Brasil: Estado laico e a inconstitucionalidade da existência de símbolos religiosos em prédios públicos. Jus Navigandi. Página visitada em 20 de abril de 2011.

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