segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bruno Lúcio de Carvalho Tolentino, um poeta brasileiro!

" Escrever vai além das palavras belas, escrever é mostrar a inveja, ódio, rancor..., enfim, a  imoralidade oriunda da  morte da alma,  transmitida pelo "Homem" ! Ana Marly de Oliveira Jacobino
              Bruno Lúcio de Carvalho Tolentino Nasce, em 1940, numa tradicional família carioca, convivendo desde criança com intelectuais e escritores próximos à família, entre eles Cecília Meireles (a quem o poeta sempre se refere carinhosamente como Tia Cecília), Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Primo do crítico literário brasileiro Antonio Candido e da crítica teatral Bárbara Heliodora, seu trisavô, Antônio Nicolau Tolentino, foi conselheiro do Império e fundador da Caixa Econômica Federal. É instruído em inglês e francês ao mesmo tempo de sua alfabetização no português.
Publica em 1963 seu primeiro livro, "Anulação e outros reparos". Com o advento do golpe militar de 1964, muda-se para a Europa a convite do poeta Giuseppe Ungaretti, onde vive trinta anos, tendo residido na Inglaterra, Bélgica, Itália e França. Leciona nas universidades de Oxford, Essex e Bristol e trabalha como tradutor-intérprete junto à Comunidade Econômica Européia. Publica em 1971, em língua francesa, o livro "Le vrai le vain" e, em 1979, em língua inglesa, "About the Hunt", ambos bem recebidos pela crítica literária européia. Sucede o poeta e amigo W. H. Auden na direção da revista literária Oxford Poetry Now.

                         O ESPÍRITO DA LETRA (Um poema de "A balada do cárcere")
Ao pé da letra agora, em minha vida
há a morte e uma mulher... E a letra dela,
a primeira, me busca e me martela
ouvido adentro a mesma despedida
#outra vez e outra vez, sempre espremida
entre as vogais do amor... Mas como vê-la
sem exumar uma vez mais a estrela
que há anos-luz se esbate sem saída,
#sem prazo de morrer na luz que treme?!
O mostro que eu matei deixou-me a marca
suas pernas abertas ante a Parca
#aparecem-me em tudo: é a letra M
a da Medusa que eu amei, a barca
sem amarras, sem remos e sem leme...
        Rio de Janeiro em 1940 cidade em que nasceu Bruno Tolentino
Tolentino retorna ao Brasil em 1993, publicando o livro "As horas de Katharina", escrito durante o período de 22 anos (1971-1993), ganhando com ele o Prêmio Jabuti de melhor livro de poesia de 1994. Em 1995, publica "Os Sapos de Ontem", uma coletânea de textos, artigos e poemas originados de uma polêmica intelectual com os irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos, que nesse livro serão os principais alvos de sua "língua ferina entortada pelo vício da ironia", frase que Bruno usou durante uma entrevista em que lhe foi pedido "um perfil abrangente de si mesmo".
Bruno publica derradeiramente em 2002 e 2006, respectivamente, os livros que considerou como a culminação de sua obra poética: "O mundo como Ideia", escrito durante quarenta anos (1959-1999), e "A imitação do amanhecer", escrito durante 25 anos (1979-2004). Ambos lhe renderam o Prêmio Jabuti, prêmio já alcançado pelo autor em 1993 com "As horas de Katharina", tornando-o assim o único escritor a ganhar três edições do prêmio, considerado o mais importante da literatura brasileira. Bruno também recebeu, por "O mundo como Ideia", o Prêmio Senador José Ermírio de Morais, prêmio nunca antes dado a um escritor, em sessão da Academia Brasileira de Letras.

Tolentino, que tinha Aids e já havia superado um câncer, esteve internado durante um mês na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde veio a falecer, aos 66 anos de idade, vitimado por uma falência múltipla de órgãos, em 27 de junho de 2007.
# Prefácio de seu livro "A balada do cárcere", lançado em 2006 pela editora Topbooks.
Jornal de Poesia Seleção de poemas, ensaios e fortuna crítica
IMITAÇÃO DO AMANHECER, A Autor(es): Bruno LÚcio De Carvalho Tolentino Editora: GLOBO Área(s): LITERATURA BRASILEIRA
Preço: R$ 42,00
                                  Com A imitação do amanhecer, Bruno Tolentino revisita a cultura do Ocidente e se afirma como um dos importantes sonetistas na poesia contemporânea do Brasil. A imitação do amanhecer, o mais recente livro de poemas de Bruno Tolentino, reúne 539 sonetos escritos ao longo de 26 anos, entre 1979 e 1994. O livro, dividido em 3 partes chamadas de movimentos, é precedido por um soneto intitulado Em frontispício, que situa seu projeto poético. A epígrafe do soneto, um versículo de Joel, estabelece as finas relações que o poeta delineia entre o cristianismo e as orientações para a vida humana, sendo desdobrada criticamente no próprio poema. Afora este soneto de abertura, que possui título, os demais são apenas numerados, dispostos em 3 longos movimentos. Cada um dos movimentos, por sua vez, define sua modalidade de andamento musical e se inspira em epígrafes de Borges, que giram em torno das relações entre tempo e eternidade. Os poemas obedecem aos esquemas clássicos de rimas dos sonetos e a métrica é geralmente de versos com 12 sílabas. As epifanias (andante spianato) é o título do primeiro movimento, composto de 193 sonetos. Como se vê pelo título, são poemas que almejam ser simbolicamente reveladores enquanto manifestações do divino, mas em andamento moderado, entre o adágio e o alegro. A epígrafe de Borges situa o problema a ser trilhado: não o tempo (no fundo, uma ilusão), mas a eternidade. Das imagens e instantes só há sobras, reconstituídas pela imaginação. A dominância desse movimento é a experiência subjetiva no mundo, no caso, uma cidade específica, Alexandria, recorrente em todo o livro. E se a história de um sujeito é apresentada, isso não ocorre de forma linear e nem há propriamente uma narrativa, mas fragmentos de enredo que podem sugerir iluminações poéticas, e que não se inserem numa cronologia mas, antes, num movimento permanente entre presente e passado.

                                       Sarau Literário Piracicabano: Tema : Românticos
                                Miguel Torga escritor e poeta português
                                  Dia 19 de Julho (terça) - Às 19h30
O Sarau mais charmoso da cidade”
          Teatro Municipal Drº Losso Netto em Piracicaba
               Venha ouvir Poesia, Música, Teatro...
                  Homenageados: Poeta e escritor Miguel Torga e Educativa nas Letras
Entrada Franca (lotação 100 lugares retirar na bilheteria do Teatro Municipal).

Programaçao de Julho do Museu Prudentede Moraes
1) Exposição com objetos do acervo do Museu: “Revolução Constitucionalista de 1932”

Uma parceria com a Prefeitura Municipal de Piracicaba através da Secretaria da Ação Cultural.
Tema: “Revolução Constitucionalista de 1932”
Período: 8/07 a 31/07


2) Exposição: “Alma Piracicabana – Edson Rontani”

Uma parceria com a Prefeitura Municipal de Piracicaba através da Secretaria da Ação Cultural.
Tema: “Alma Piracicabana”
Técnica: pinturas à óleo
Período: 7/07 à 5/08
Local: Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes.
Horário: De terça a domingo, inclusive feriados das 9 h às 17 h.
Informações: (19) 3432-2148
Entrada gratuita 
                           foto: google

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