quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Paul Verlaine: o Principe dos Pooetas Malditos!Agend@!

"A vida humilde, cheia de trabalhos fáceis e aborrecidos, é uma obra de eleição que exige muito amor. "Paul Verlaine
Já no final do século 19, os críticos incluíram Verlaine entre os chamados "poetas malditos", como Arthur Rimbaud. A expressão, aliás, é do próprio Verlaine, eleito em 1894 o "Príncipe dos Poetas", ao final de uma vida desregrada por Paris, Rethel, Bruxelas e Londres.
Verlaine teve uma infância feliz em Ardennes no norte da França, apesar de ter um pai autoritário e uma mãe superprotetora. Em agosto de 1862, Verlaine completou os estudos secundários em Paris, onde seus pais se instalaram em 1851, e foi morar com a família materna no norte da França. Ali, entre a paisagem melancólica que correspondia a seu estado depressivo e os livros de Baudelaire, apaixonou-se pela prima Elisa Moncomble. O amor impossível o levou a beber em demasia.
Verlaine ao lado de Rimbauld protagonizaram um dos mais falados casos de amor da época.
Em 11 de agosto de 1870, o poeta se casou com Mathilde Mauté de Fleurville, que não tinha mais do que dezesseis anos, numa tentativa de acomodar-se a uma vida familiar, simples e tranqüila. Escreveu "A Boa Canção" inspirado na esposa. Mas em setembro de 1871, o jovem que o fascinava, Arthur Rimbaud lhe escreveu e dias mais tarde, chegou a Paris. Os dois se tornaram amantes. Em fevereiro de 1872, Mathilde pediu a separação. Para acalmar a esposa ultrajada, o poeta afastou Rimbaud. Mas o adolescente foi mais persuasivo e eles pegaram a estrada para Bruxelas. Depois seguiram para Londres.
                 A Angústia _Paul Verlaine

Nada em ti me comove, Natureza, nem
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro,
A solene dolência dos poentes, além.


Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções,
Da poesia, dos templos e das espirais
Lançadas para o céu vazio plas catedrais.
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.

Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
Dessa velha ironia a que chamam Amor.


Já farta de existir, com medo de morrer,
Como um brigue perdido entre as ondas do mar,
A minha alma persegue um naufrágio maior.
         Paul Verlaine, in "Melancolia" _Tradução de Fernando Pinto do Amaral
Depois de várias rupturas e reconciliações, em 1873, Verlaine deu um tiro de pistola em Rimbaud, em Bruxelas.

O poeta foi preso e condenado, passando dois anos na prisão. Em 1874 "Romances sem Palavras" foi lançado. Verlaine, em seu cárcere de Mons, compôs poemas místicos, marcas de arrependimento, que foram publicados posteriormente em "Sabedoria" (1881) e "Outrora e recentemente" (1884), mas também poemas eróticos, como em "Parallèlement" (1889).
Ao sair da prisão em 1875, Verlaine foi para a Inglaterra, onde deu aulas durante dois anos. Em 1880 fixou-se em uma fazenda perto de Rethel, com seu novo amante Lucien Létinois, um ex-aluno da instituição em que Verlaine ensinou durante dois anos e de onde eles foram expulsos por causa de sua "amizade particular". Seu jovem amante morreu com tifo e Verlaine escancarou todo o seu sofrimento pela perda.  Mais uma vez o amor se rompeu e o poeta naufragou no álcool. No ano seguinte, Verlaine voltou a viver com sua mãe em Paris, onde morreu aos 52 anos.
                    O Meu Sonho Habitual

Tenho às vezes um sonho estranho e penetrante
Com uma desconhecida, que amo e que me ama
E que, de cada vez, nunca é bem a mesma
Nem é bem qualquer outra, e me ama e compreende.


Porque me entende, e o meu coração, transparente
Só pra ela, ah!, deixa de ser um problema
Só pra ela, e os suores da minha testa pálida,
Só ela, quando chora, sabe refrescá-los.


Será morena, loira ou ruiva? — Ainda ignoro.
O seu nome? Recordo que é suave e sonoro
Como esses dos amantes que a vida exilou.


O olhar é semelhante ao olhar das estátuas
E quanto à voz, distante e calma e grave, guarda
Inflexões de outras vozes que o tempo calou.
Paul Verlaine, in "Melancolia" Tradução de Fernando Pinto do Amaral
Paris Grand Hotel at Place de l'Opera, c. 1890 (Photographic Trip Around the World, John W. Illiff & Co., Chicago, 1892. Copyright expired)
fotos: Google
Sarau Literário Piracicabano (sarau do Samba)

Local: Teatro Municipal de Piracicaba
      Homenageados: Angenor de Oliveira (Cartola) sambista, compositor e José de  Alencar declamador e poeta
           Dia 15 de Fevereiro (terça-feira) Às 19:30 horas


Com a participação musical do REGIONAL DO SARAU LITERÁRIO PIRACICABANO
         Aberto a todos que queiram participar
                Entrada Franca

Um comentário:

  1. Vim rAPIDINHO AGRADECER A INTERAÇÃO.nÃO POSSO PUBLICAR POIS ESTOU EM FÉRIAS E MINHA CONEXÃO POR VEZES CHEGA DE CARROÇA E TENHO DIFUCULDADES.mAS Fica lÁ!BEIJOS,TUDO DE BOM,CHICA

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