Nanoconto de Ano Novo 3_ Ana Marly de Oliveira Jacobino
Alegria do povo é assistir a mesa farta na novela das oito! Enquanto isto, faz a conta do que vai fazer com seus R$540,00! Comprar um peru? Uma garrafa de sidra? Um panetone? Um pernil? Uma leitoa? Um frango? Um repolho? Ou... ? O aumento não dá para comprar nada disto! Mas, o deputado em que ele votou foi internado com dor de barriga de tanto comer!
SONETO DE BOM ANO (Rui Kleiner)
Que os frutos de dores andarilhas
Se guiem nos passos do mesmo jeito
Que as mágoas nem sempre são armadilhas
E delas um bom ano é também feito.
Com a festa de antigos carnavais
Resgatemos os valores eternos
Que nos dias se façam temporais
E soturnas manhãs dos meus invernos.
Ao olhar, não mire só o prazenteiro
Vá além, veja com olho mateiro
Que a verdadeira armadilha é a moda.
A saudade é daninha que se poda
Por isso, eu me verso em samba de roda
Meus desejos d’um ano brasileiro.
(Piracicaba, 31 de dezembro de 2010.)
SONETO DE BOM ANO (Rui Kleiner)
Que os frutos de dores andarilhas
Se guiem nos passos do mesmo jeito
Que as mágoas nem sempre são armadilhas
E delas um bom ano é também feito.
Com a festa de antigos carnavais
Resgatemos os valores eternos
Que nos dias se façam temporais
E soturnas manhãs dos meus invernos.
Ao olhar, não mire só o prazenteiro
Vá além, veja com olho mateiro
Que a verdadeira armadilha é a moda.
A saudade é daninha que se poda
Por isso, eu me verso em samba de roda
Meus desejos d’um ano brasileiro.
(Piracicaba, 31 de dezembro de 2010.)
Nanoconto de Ano Novo 4- Ana Marly de Oliveira Jacobino
Sentados tão preocupados ao redor da mesa arredondada (lembranças da Távola Redonda!?), cada um tem uma carta nas mãos. A dama conta segredos á Camélia; o valete rumina estranhices para Valdete; o rei ordena algo em tom colérico ao pobre Reinaldo. A sorte está lançada?! O destino traçado!? Para quem acredita em duendes, fadas e bruxas; as cartas revelam o futuro
imagens by Google _ CAFÉ, MANHÃ PREGUIÇOSA, CHUVA FINA _Marcio JR
Manhã mansinha
Chuva fina, a preguiça.
Cobertores bagunçados,
O rosto colado no travesseiro.
Levanta, olha pela janela,
Vem correr comigo
Na terra molhada.
Vem ser criança, só mais um pouquinho,
E o dia tá inteiro,
Pronto para as travessuras.
A chuva?
Deixa ela cair no rosto
Molhar o corpo
Sossegar a alma.
Vem provar a fruta doce
De caldo vinho
Que escorre pela boca.
Os olhos de jabuticaba
A boca vermelha
O corpo quente.
Cada coisa com seu gosto
Cada gosto marcado no peito
E no peito o conforto de ser livre.
Pensei em deixar café e morangos,
Para satisfazer o ardido da boca.
Mas que tal um pouco de jabuticaba,
Adoçada no tom da voz rouca?
Sonho de Paz _Andrea Raquel Martins Corrêa
Um sonho qualquer pode sempre existir,
mesmo que seja o da paz.
No universo da imaginação,
habitamos o Olimpo.
No cotidiano de nossas vidas,
proclamemos a coragem,
encantadamente a nos guiar!
***************************************************
Adeus ao "Homem" que marcou com o seu humor refinado e sua intelectualidade a vida de muita gente!
foto: http://www.teleresponde.com.br/COCENZA.HTM
Morreu no dia 31 de Dezembro de 2010, às 9 horas, de parada cardíaca, o professor e escritor Antonio Henrique Carvalho Cocenza, aos 73 anos. Aposentado, há anos ele andava com a saúde debilitada, Henrique Cocenza era graduado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itajubá, cursou Direito em Pouso Alegre e, já em 1959, era formado em Farmácia em Alfenas, Minas Grais. Cursou pós-graduação em Metodologia do Trabalho Científico, Semiótica, Teoria Literária, Teoria Linguística e Semântica na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), onde foi professor por vários anos.
Concenza era membro da Academia Piracicabana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, além de várias outras entidades culturais do Estado de São Paulo. Recebeu o título de Cidadão Piracicabano e é autor de vários livros, entre eles um de crônicas em que evoca a sua cidade natal, Cristina, em Minas Gerais, para onde o corpo foi transladado, tendo sido velado no Cemitério da Saudade até a meia noite de ontem.
imagens by Google _ CAFÉ, MANHÃ PREGUIÇOSA, CHUVA FINA _Marcio JR
Manhã mansinha
Chuva fina, a preguiça.
Cobertores bagunçados,
O rosto colado no travesseiro.
Levanta, olha pela janela,
Vem correr comigo
Na terra molhada.
Vem ser criança, só mais um pouquinho,
E o dia tá inteiro,
Pronto para as travessuras.
A chuva?
Deixa ela cair no rosto
Molhar o corpo
Sossegar a alma.
Vem provar a fruta doce
De caldo vinho
Que escorre pela boca.
Os olhos de jabuticaba
A boca vermelha
O corpo quente.
Cada coisa com seu gosto
Cada gosto marcado no peito
E no peito o conforto de ser livre.
Pensei em deixar café e morangos,
Para satisfazer o ardido da boca.
Mas que tal um pouco de jabuticaba,
Adoçada no tom da voz rouca?
Sonho de Paz _Andrea Raquel Martins Corrêa
Um sonho qualquer pode sempre existir,
mesmo que seja o da paz.
No universo da imaginação,
habitamos o Olimpo.
No cotidiano de nossas vidas,
proclamemos a coragem,
encantadamente a nos guiar!
***************************************************
Adeus ao "Homem" que marcou com o seu humor refinado e sua intelectualidade a vida de muita gente!
foto: http://www.teleresponde.com.br/COCENZA.HTM
Morreu no dia 31 de Dezembro de 2010, às 9 horas, de parada cardíaca, o professor e escritor Antonio Henrique Carvalho Cocenza, aos 73 anos. Aposentado, há anos ele andava com a saúde debilitada, Henrique Cocenza era graduado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itajubá, cursou Direito em Pouso Alegre e, já em 1959, era formado em Farmácia em Alfenas, Minas Grais. Cursou pós-graduação em Metodologia do Trabalho Científico, Semiótica, Teoria Literária, Teoria Linguística e Semântica na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), onde foi professor por vários anos.
Concenza era membro da Academia Piracicabana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, além de várias outras entidades culturais do Estado de São Paulo. Recebeu o título de Cidadão Piracicabano e é autor de vários livros, entre eles um de crônicas em que evoca a sua cidade natal, Cristina, em Minas Gerais, para onde o corpo foi transladado, tendo sido velado no Cemitério da Saudade até a meia noite de ontem.
To voltando das minhas curtas e tumultuadas férias, e me deparo com esta maravilha de homenagem.
ResponderExcluirMinha querida Ana, um dos maiores presentes para mim foi a sua amizade. Aprendi e aprendo muito com você. E é tão bom ser lembrado e homenageado por alguém de tamanho talento. E ser colocado ao lado de outras pessoas tão gabaritadas, só massageia ainda mais o meu ego.
A unica tristeza ficou por conta do falecimento do professor Antonio. Mesmo sem conhecê-lo, se ele está aqui, citado por você, é por se tratar de grande pessoa.
Bjs, minha querida amiga.
Marcio
Caríssimo Márcio:Professor Concenza foi um homem alegre, simples apesar de sua intelectualidade e muito amigo de todos que o conheciam. E como escrevia bem! Uma grande perda para todos!
ResponderExcluirAna Marly de Oliveira Jacobino