segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Kenzaburo Oe; a escrita oriental deste Nobel aqui na Agend@!

«Não parece humano». O protagonista, Bird - alcunha que lhe deram deste novo -, é um homem nos seus vinte e muitos anos (mais ou menos como o próprio Oe na altura em que escreveu a obra) cuja mulher dá a luz um supostamente esperado bebê que se revela, já fora do ventre materno, um verdadeiro «monstro»: tem uma hérnia cerebral que lhe deforma o crânio ao ponto de parecer «ter duas cabeças». (Uma Questão Pessoal obra de Kenzaburo Oe)
            Kenzaburo Oe  nasce em Orse, na Ilha de Shikoku, sul do Japão, terceiro filho de uma família tradicional na linhagem samurai em 31 de Janeiro de 1931.
Kenzaburo Oé tinha apenas seis anos de idade, quando a Segunda Guerra Mundial rompeu no seu país, e a sua primeira escolaridade ficou marcada pelo fanatismo dos ideais imperiais nipónicos. O seu pai faleceu em combate no Pacífico em 1944. Perdeu também a sua avó nesse mesmo ano, ficando sob a tutela espiritual da sua mãe.
           Pouco tempo após a derrota do Japão, em 1945, Kenzaburo Oé ingressou numa escola secundária da cidade de Matsuyama. Revelando prestações exemplares, foi admitido em 1954 no curso de Literatura Francesa da Universidade de Tóquio, que concluiu em 1959.
            Inicia a sua vida literária como contista em 1957, com a publicação de Shisha No Ogori e, logo no ano seguinte, viu o seu primeiro romance, Memushiri Kouchi (1958, Não Matem O Bebé ), ser recompensado com o Prémio Literário Akutagawa.  Descrevendo o impacto da guerra sobre a mentalidade da juventude rural japonesa, Oé demonstrava claras influências por parte da literatura francesa sua contemporânea.
            Ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1994, ele demonstra em sua obra a relação de seus contemporâneos com o passado feudal do Japão, sua natureza e seus mitos.
            Estuda literatura francesa na Universidade de Tóquio. Entre os escritores que mais marcaram e influenciaram o  seu trabalho estão os franceses: Balzac e Jean-Paul Sartre, sobre o qual escreve uma tese ao final da faculdade.
           Sua ficção reflete a decadência do Japão tradicional no período pós-guerra, com a qual convive já adulto.
Seu trabalho mais conhecido no Ocidente é o livro "O Grito Silencioso", publicado no Brasil pela "Francisco Alves" em 1974. O livro conta a trajetória de um homem que, ao buscar conciliação com seu passado, depara com o passado de seu país, o Japão feudal.
O escritor tem publicado também no Ocidente "Narrativa sobre as Maravilhas da Floresta", "Dias Tranqüilos" e "Um Eco do Céu".
                                                      Cerejeiras do Japão
         No ano de 1964 o autor publicou "Kotjinteki Na Taiken" , obra em que procurava lidar com a tragédia pessoal que sobre si recaiu no ano de 1963, quando se tornou pai de uma criança com uma mal formação craniana congénita. Refletiu na obra a revolta de muitos japoneses sobre às consequências dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki na carga genética do seu povo, apareceu em 1964 com outra obra "Hiroshima Nooto" .
      Prémio Nobel da Literatura em 1994, Kenzaburo Oé nunca deixou de escrever, spresenteando os seus leitores com obras como Jinsei No Shinseki (1989), Boku Ga Hontu Ni Wakakatta Koro (1992) e Tsugaeri (1999).

Kenzaburo Oé. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.

         As obras literárias mais antigas do Japão exercem influência até hoje. Uma delas é o Kojiki [Registro de casos antigos], texto em prosa que se acredita ser do ano 712. Outra é o Manyoshu, uma antologia em 20 volumes de poemas compilada por volta de 770. Contém cerca de 4.500 poemas de homens e mulheres de todas as profissões e idades, muitos anônimos. Os poemas são conhecidos por sua franqueza e simplicidade.
        O século IX foi um período em que os clássicos chineses foram a principal influên-cia. Depois, seguiu-se um período no qual os japoneses desenvolveram uma literatura própria. Taketori monogatari [A história do cortador de bambu], escrito por volta de 811, é considerado o primeiro romance japonês. Foi seguido por outras obras, como o Genji monogatari [A história de Genji], escrita por Murasaki Shikibu, por volta de 1010, romance em 54 volumes que descreve o amor e o sofrimento de nobres e suas damas, bem como a aristocracia japonesa nos séculos X e XI.  Duas maçãs, haicai de Matsuo Basho, maior nome desse tipo de poesia  A ascensão dos guerreiros aristocratas à classe dominante, a partir do final do século XII, fez popularizar os contos de guerra.
       No século XVII aparece uma  nova forma de poesia o haiku, poema de três versos e cinco, sete e cinco sílabas – conhecido como haicai no Ocidente –, que teve Matsuo Basho (1644-1694) como maior expoente.
                      Haikai (Ana Marly de Oliveira Jacobino)

                            BORBOLETA VOA

                                   POR SOBRE AS LANTANAS
                                           ROUBANDO BELEZA
               capa do livro: Uma Questão Pessoal - publicado em 1964
       O vigor da literatura japonesa contemporânea inspira-se em uma rica variedade de fontes, desde as influências clássicas da China antiga, passando pela diversidade do pensamento ocidental, até os valores duradouros de suas próprias tradições.

Jovens de um novo tempo, despertai! Kenzaburo Oe Companhia das Letras 304 págs.
fotos do google                     Poeta (Ana Marly de Oliveira Jacobino)

        E as palavras refletem a alma do “Poeta”, e, o leitor; este exímio decifrador do inexplicável, a apanha e a absorve, como se elas o possuíssem, como se elas tivessem alma própria.
        Amante, romântico, manipulador... o Poeta faz das palavras o seu objeto de desejo. Ora ele é um romântico sonhador, ora ele é um realista do cotidiano. A adaga que fere a alma é a mesma que limpa o peixe para o seu almoço, e, da mulher amada. Essa dualidade é o que inspira e concretiza as palavras em seu labor poético.
       O amor é retaliado e se torna visceral, comunicando as transformações de um cotidiano nú e crú em algo subjetivo, inexplorado! Olhar para a Via Láctea, que para muitos não passa de um aglomerado de estrelas, mas, para ele, ali, no céu em alto relevo, o Poeta vê a face da mulher amada em noite inspirada e inspiradora, e assim, louva o amor em toda a magnitude.
      O Poeta, também, é o profeta da modernidade, aquele que sem temer explora nos seus poemas as transgressões humanas. Dialoga, com o consciente mostrando o perigo da inconsciência. Não teme em escrever versos fortes pontuando os falsos valores que circulam pela sociedade moderna.
       Na prosa não se limita ao profícuo entrega-se no afã da escrita elaborada através do seu conhecimento sobre os assuntos que aborda. Suas crônicas são relatos do cotidiano ministrados com sabedoria.
       Você, Poeta: entrou na minha vida através das palavras e da sua escrita, Caríssimo Marcio JR, neste seu aniversário, além de desejar as bênçãos das palavras poéticas sobre você, escrevi estas poucas linhas para mostrar a sua importância nas vidas dos seus leitores.
       Feliz Aniversário, Caríssimo Amigo Márcio (da bela Curitiba); desta piracicabana que o admira. Ana Marly de Oliveira Jacobino

                                                                Convite:
foto de José de Alencar declamador e poeta -trovador                      
                         Sarau Literário Piracicabano (sarau do Samba)
Local: Teatro Municipal de Piracicaba


 Homenageados: Angenor de Oliveira (Cartola) sambista, compositor e José de Alencar declamador e poeta -trovador

Dia 15 de Fevereiro (terça-feira) Às 19:30 horas
Com a participação musical do REGIONAL DO SARAU LITERÁRIO PIRACICABANO
Aberto a todos que queiram participar
Entrada Franca (retirar na bilheteria do Teatro Municipal)
Como agradecimento publico o comentário do Poeta Márcio de Curitiba
                                     Ana, Ana.

Me colocaste na mesma postagem que o Kenzaburo e o Cartola? Será que mereço tanto, minha amiga?
Fiquei imensamente feliz com as homenagens que fizeste a mim. Seja lá no RL, seja aqui no Agenda, suas palavras são de uma importância inenarrável para mim. Tive a oportunidade de citar para mais alguns poetas o que direi a ti, neste momento.
É por demais gratificante quando um mero escrivinhador recebe o reconhecimento de pessoas importantes para as artes, de pessoas que são seus ídolos, de pessoas que ele admira. Já te falei várias vezes e morrerei repetindo. Tenho uma admiração enorme por você, e te considero minha Poetiza de Marca Maior. e receber qualquer linha que venha de você, é um enorme presente.

Grato, Aninha. Queria que as pessoas tivessem, no mínimo, um milésimo dessa tua bondade e carinho.


Bjs, minha querida Poetisa.
Marcio

2 comentários:

  1. Ana, Ana.

    Me colocaste na mesma postagem que o Kenzaburo e o Cartola? Será que mereço tanto, minha amiga?

    Fiquei imensamente feliz com as homenagens que fizeste a mim. Seja lá no RL, seja aqui no Agenda, suas palavras são de uma importância inenarrável para mim. Tive a oportunidade de citar para mais alguns poetas o que direi a ti, neste momento.

    É por demais gratificante quando um mero escrivinhador recebe o reconhecimento de pessoas importantes para as artes, de pessoas que são seus ídolos, de pessoas que ele admira. Já te falei várias vezes e morrerei repetindo. Tenho uma admiração enorme por você, e te considero minha Poetiza de Marca Maior. e receber qualquer linha que venha de você, é um enorme presente.

    Grato, Aninha. Queria que as pessoas tivessem, no mínimo, um milésimo dessa tua bondade e carinho.

    Bjs, minha querida Poetisa.

    Marcio

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  2. Caríssimo Poeta Márcio; você como sempre asperge bondade em suas palavras. Merecimento maior é poder colher o seu comentário aqui na Agend@. Obrigada e felicidades meu !Poeta das Palavras Fortes" Abraço Poético Piracicabano desta que admira o seu trabalho

    Ana Marly de Oliveira Jacobino

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