sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Jessie Quirino é poeta brasileiro

Prepare-se para rir e admirar este Poeta Brasileiro construtor de motes... Ana Marly De Oliveira Jacobino 

Jessier Quirino, Arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção. Apareceu na folhinha no ano de 1954 na cidade de Campina Grande, Paraíba e é filho adotivo de Itabaiana também na Paraíba, onde reside desde 1983. Filho de Antonio Quirino de Melo e Maria Pompéia de Araújo Melo e irmão mais novo de Lamarck Quirino, Leonam Quirino, Quirinus Quirino e irmão mais velho Vitória Regina Quirino.
Estudou em Campina Grande até o ginásio no Instituto Domingos Sávio e Colégio Pio XI. Fez o curso científico em Recife no Esuda e fez faculdade de Arquitetura na UFPB – João Pessoa, concluindo curso em 1982. Apesar da agenda artística literária sempre requisitada, ainda atua na arquitetura, tendo obras espalhadas por todo o Nordeste, principalmente na área de concessionárias de automóveis. Na área artística, é autodidata como instrumentista (violão) e fez cursos de desenho artístico e desenho arquitetônico. Na área de literatura, não fez nenhum curso e trabalha a prosa, a métrica e a rima como um mero domador de palavras.


Jessier Quirino – LUA DE TAPIOCA
Quando a lua se faz de tapioca
Com a goma e o coco a me banhar
Sinto meu coração corcovear
Por estar no abandono abandonado
E sozinho que nem boi de arado
Me avermelho que é ver flor de quipá
E se algum alegreiro me jogar
Tanto assim de alegria, eu arrenego
Porque fico que nem olho de cego
Que só serve somente pra chorar.
É a lua acendendo a lamparina
E meu facho de luz a se apagar
Com as bochecha chorada a se chorar
Taliquá mamão verde catucado
Mas porém, sinto meu peito caiado
Quando vejo de longe o riso teu
Igualmente a um morrido que viveu
Peço que teu socorro não demore
E que só minha fala te sonore
E que dentro de ti só more eu.


ARGUMENTO DUM VELHO SERTANEJO
Mode as modas de hoje em dia
Mode os modos de falar
Mode os amuo dos besta
Mode os presepe de lá
Mode estrupiço dos tempos
Mode eunão me amedronhar
Mode os pi-bite das rua
Mode as mutreta que há
Mode as falta de um bom-dia
Um boa noite, um olá
Mode assalto, mode tiro
Mode as fumaça do ar
Mode eu não ter desgosto
Ou mesmo me ressentir
Não se anime mode eu ir
Que eu não deixo esse lugar.


"Mesmo morrendo os contornos da vida ainda a embelezam num último desejo de mostrar a força da terra nas suas veias!" Ana Marly De Oliveira Jacobino 

Um comentário:

  1. Querida amiga

    Sem dúvida é genial.
    Fico a imaginar
    se vivêssemos em um país
    onde a cultura popular
    fosse valorizada...

    ___________________________________
    “Um sonho é uma parte de nós
    onde está guardada a semente da esperança.
    Cuidar desta semente é a minha,
    a sua, a nossa missão na vida.”

    Aluísio Cavalcante Jr.

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