James Augustine Aloysius Joyce, morto há exatos 74 anos, jamais teria
encurtado o nome e escrito os livros que transformariam a literatura
ocidental no século 20 não fosse a ajuda dos amigos. Ele pagava as
contas dando aulas de inglês e contava com o suporte financeiro do irmão...
Sobre o Ulysses (publicado em 2/2/22),
nem a própria família apoiou o resultado final. Sua tia Josephine
considerou que o livro não era próprio para a leitura. Joyce respondeu
dizendo: “se Ulysses não é próprio para a leitura, a vida não é
própria para viver” – as frases são de um texto biográfico escrito por
Brett Foster para uma coleção de estudos organizada pelo crítico
literário Harold Bloom, sem publicação no Brasil.
Aliás, desde o início de 2012 as obras de Joyce estão no domínio
público. Além das traduções de Caetano Galindo (Penguin Companhia) e
Bernardina da Silveira Pinheiro (Alfaguara) de Ulysses, estão em circulação por aqui edições de vários outros livros de Joyce, publicados antes e depois da morte do autor, como Retrato de um Artista Quando Jovem, Dublinenses, Finn’s Hotel e até mesmo o interminável Finnegan’s Wake. A lista é longa.
E como diz o Drummond naquele poema bonito (que provavelmente teria a aprovação de Joyce): “sejamos docemente pornográficos”.
http://cultura.estadao.com.br/blogs/radar-cultural/revolucionario-do-seculo-20-james-joyce-morria-ha-74-anos/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário