Poesias preparadas pelos Poetas Piracicabanos para serem entregues nas praças, ruas, hospitais,,,neste dia 14 de Março.
Para Castro Alves neste Dia da Poesia dedico os meus versos:
Segredos _Ana Marly De Oliveira Jacobino
Pobres almas repletas de segredos,
De temerosos receios, fatigadas.
Demência de contarem os pecados,
Vendo as inclemências aspiradas.
Pavor de sentirem agoniadas,
Diante dos rostos flagelados.
Quem são esses homens marcados,
Com ferro quente as carnes rifadas?
Escravos do poder que em ti encerra,
Corpos putrefatos abaixo da terra,
Mortos pelo descaso, sem afeto!
Maldito seja o carrasco infame,
Aberração de um útero abjeto,
Roído e o sangue em derrame!
## Ana Marly de Oliveira Jacobino
Dia da Poesia é o Dia de Castro Alves _ "Que figuras exerceram influência na sua formação de escritor?
C.A._ Tudo o que o escritor vê, vive ou lê o influencia. Assim, sou filho de Horácio, de Byron, Barthélemy, Lamartine, Musset, do grande Hugo principalmente… Aprecio Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Junqueira Freire, mas se tivesse que escolher apenas dois brasileiros, citaria dos contemporâneos, meu amigo Fagundes Varela e dos passados, o Casimiro de Abreu." http://www.revistabula.com/
Leia o que disse Castro Alves sobre a sua obra:
"De que forma o Senhor situa a sua obra dentro deste contexto?
"De que forma o Senhor situa a sua obra dentro deste contexto?
É muito difícil a um poeta situar sua própria obra no contexto de uma
literatura. Talvez possa dizer que segui um caminho que é normal a todo
escritor: o de fazer com que a vida e a obra entrem em acordo e possam
viver bem juntas. Olhe bem. Hoje, a palavra da poesia, além de ser
íntima, também deve ser cívica. Tenho o
sangue militar do meu avô e cheguei até a me alistar no Batalhão
Acadêmico de Voluntários que foi à Guerra do Paraguai, mas nunca fui um
apologista da guerra. Amo sim a minha pátria, luto pela abolição da
escravidão, canto os feitos heroicos, as batalhas vitoriosas contra a
opressão e confesso o meu amor em tom vibrante; só em louvor ao Dois de
Julho escrevi cinco poemas. Muitos dizem que minha obra está composta de
uma parte política e de uma parte lírica. Penso que vigora sempre o
mesmo amor à humanidade, sob roupagens diversas: amor coletivo e amor
pessoal, e não saberia dizer qual o mais importante. Acho que o poeta
deve falar aos corações. Eu falo. Mas, não é com sussurros que se
incendeia o público; é com entusiasmo, dramaticidade, retórica. O poeta é
às vezes um corcel sem freios… Eu tenho consciência de que faço alguns
poemas para voz alta, e não para leitura com um chá, no aconchego das
cadeiras de balanço. Algumas vezes, anoto ao lado do texto: “Não se
publica”. Não sei se será publicado, pois tenho a certeza de que o
poeta, quando muito, é o dono dos versos, mas não é nunca o dono do
destino do poema. Particularmente, acho exagerado o gosto pelo doentio
que os poetas da geração anterior a minha desenvolveram. Eles estavam
voltados para eles mesmos, amavam a musa distante, idealizada, intocada e
etérea. A minha amada é de carne e osso (o poeta sorri). Eu aposto no
amor, na vida; às vezes perco, às vezes ganho… Deixo aos críticos do
futuro o julgamento do meu trabalho." http:// www.overmundo.com.br/
Para você um presente feito Poesia.
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