“ O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam
encantadas!! (João Guimarães Rosa)
##Trabalhos publicados no caderno do Sarau Literário Piracicabano de 16 de Julho de 2013
Réquiem para una niña - Silvia Tocco (escritora da Argentina)
Hoy
una tarde de noviembre
una tarde de sol
en tierra extraña
te mueres. Es amarga la pócima de ortiga
pero certera como flecha.
No lloro,
de las dos una debía ser.
Hoy
una tarde de sol
en tierra extraña
caes a mi lado
muerta
te visto de redes
porque vamos al mar
y te dejo flotando
( del libro " Después de la tormenta" , 2000)
Hoy
una tarde de noviembre
una tarde de sol
en tierra extraña
te mueres. Es amarga la pócima de ortiga
pero certera como flecha.
No lloro,
de las dos una debía ser.
Hoy
una tarde de sol
en tierra extraña
caes a mi lado
muerta
te visto de redes
porque vamos al mar
y te dejo flotando
( del libro " Después de la tormenta" , 2000)
CONFORMISMO _ Bene Benedita Giangrossi
Anda revoando pelos céus do Brasil
As sombras de um passado distante
Que ressoa sobre a gente, imprudente.
Numa irreal ideologia berrante.
Não gosto de rimas
Elas nos forçam colocar palavras
De concordância que não estão
Em nosso inconsciente, consciente.
Em outros tempos tinha-se o medo
Do inconformismo, ismo, ismo, ismo
Já agora o medo se instala no
Conformismo, ismo, ismo, ismo.
Não devemos realmente...
- Não devemos é ótimo.
Quem sou eu para determinar
Isso ou aquilo?
Talvez não devamos
Fazer isso ou aquilo
Talvez devamos verificar
Bisbilhotar as coisas de isso ou aquilo.
Lá vem eu com rima de novo
Tentando me conformar e me justificar na rima
Eu acho que esse poema
deveria se chamar RIMA.
Anda revoando pelos céus do Brasil
As sombras de um passado distante
Que ressoa sobre a gente, imprudente.
Numa irreal ideologia berrante.
Não gosto de rimas
Elas nos forçam colocar palavras
De concordância que não estão
Em nosso inconsciente, consciente.
Em outros tempos tinha-se o medo
Do inconformismo, ismo, ismo, ismo
Já agora o medo se instala no
Conformismo, ismo, ismo, ismo.
Não devemos realmente...
- Não devemos é ótimo.
Quem sou eu para determinar
Isso ou aquilo?
Talvez não devamos
Fazer isso ou aquilo
Talvez devamos verificar
Bisbilhotar as coisas de isso ou aquilo.
Lá vem eu com rima de novo
Tentando me conformar e me justificar na rima
Eu acho que esse poema
deveria se chamar RIMA.
Atchim!_ Marisa Marisa Bueloni
Meu pai enrolava entre os dedos
Um cigarro de palha caprichoso
Moviam-se ali tantos segredos
Daquele fumo sempre bem cheiroso
Meu pai me oferecia um pedacinho
Do fumo preto para que eu cheirasse
- Faz espirrar! - dizia com carinho,
Esperando que, em seguida, eu espirasse
Mas num espirro, a saudade bate
Meu coração mais uma vez se abate
E nas lembranças, triste, me retiro...
Fumo de rolo e uma mangueira
Lembrança linda e tão verdadeira
Quero espirrar... e só suspiro!...
Meu pai enrolava entre os dedos
Um cigarro de palha caprichoso
Moviam-se ali tantos segredos
Daquele fumo sempre bem cheiroso
Meu pai me oferecia um pedacinho
Do fumo preto para que eu cheirasse
- Faz espirrar! - dizia com carinho,
Esperando que, em seguida, eu espirasse
Mas num espirro, a saudade bate
Meu coração mais uma vez se abate
E nas lembranças, triste, me retiro...
Fumo de rolo e uma mangueira
Lembrança linda e tão verdadeira
Quero espirrar... e só suspiro!...
Das areias palmilhadas na infância invasivos habitantes de nossos calçados de adultos - Carmen Pilotto
Nas ondas banhadas pela lua ternas recordações
de um mar enfurecido vomitando milhões de conchas
mantos dos moluscos que já partiram adultos
descartes imaculados que se confundem à areia
como fóssil reverberado pelo oceano febril
incrustadas nas saliências provocadas pelas marés
invasivas pegadas infantis surrupiam as carcaças
no ir e vir das espumas vultosas
um micro-apocalipse que desperta a inércia dos banhistas
lavando a alma da escassez de emoções da rotina
camadas e camadas do precioso nácar cristalizadas
onde os bicos das gaivotas não conseguem degustar
Netuno espreita com seu tridente o ocaso do planeta
do Homo sapiens que destrói seu próprio mundo
e rouba a concha que apoiada no tajer da sala
seca de vida perdeu o brilho do nácar
como enfeite estático de energia roubada
sem o lindo som dos ecos do oceano...
Nas ondas banhadas pela lua ternas recordações
de um mar enfurecido vomitando milhões de conchas
mantos dos moluscos que já partiram adultos
descartes imaculados que se confundem à areia
como fóssil reverberado pelo oceano febril
incrustadas nas saliências provocadas pelas marés
invasivas pegadas infantis surrupiam as carcaças
no ir e vir das espumas vultosas
um micro-apocalipse que desperta a inércia dos banhistas
lavando a alma da escassez de emoções da rotina
camadas e camadas do precioso nácar cristalizadas
onde os bicos das gaivotas não conseguem degustar
Netuno espreita com seu tridente o ocaso do planeta
do Homo sapiens que destrói seu próprio mundo
e rouba a concha que apoiada no tajer da sala
seca de vida perdeu o brilho do nácar
como enfeite estático de energia roubada
sem o lindo som dos ecos do oceano...
fotos google
Dia: 20/08 (terça-feira)
Horário: 19h30
No mês de agosto, em que Piracicaba completa 246 anos, o Sarau Literário Piracicabano irá até o Museu H. P. Prudente de Moraes para homenagear seu patrono, o primeiro presidente civil da Nação, Prudente José de Moraes Barros e a ex-diretora da Instituição, Maria Antonieta Sachs Mendes.
Ana Marly de Oliveira Jacobino
http://agendaculturalpiracicabana.blogspot.com.br/
Recebi,com grande orgulho e alegria pela participação ...
ResponderExcluirÈ sempre ótimo estar em tão boa companhia, aqui e lá!
Grata pelo envio!
Dirce Ramos de Lima
Querida "artista" Bene,
ResponderExcluirNos Saraus v. tem feito ótimas e deliciosas apresentações.(pra rir ou refletir)!
Quanto ao "conformismo" de seu poema, perdoe, não concordo nem discordo, apenas, e sempre, evitei multidões desvairadas.Nesses casos a união não faz a força, faz um tumulto danado e fica parecendo o exército das "maria vai com as outras".
Tem gente que adora! Procura, acha e nem sabe o real motivo...
Até o próximo!
Abraços!