Autoconhecimento _ Ana Marly de Oliveira Jacobino
Sou a menina que chora
Vergando o ventre sobre o chão.
Sou a mulher que na aurora Carrega forte, feroz ambição.
Sou a criança que brinca
De olhos na amarelinha.
Sou a vida!
Sou a morte!
Sou Mulher!
Sou a jovem que finca
Esperança na fada madrinha.
Sou a menina que vibra
Numa imaginação heróica.
Sou a mulher de fibra
Vivendo uma luta estóica.
Sou a vida!
Sou a morte!
Sou Mulher!
Sou a criança que sonha
Ser esposa, mãe, mulher.
Sou a mulher que chora
Na esperança de vencer
Vergando o ventre sobre o chão
Vida, imortal, sonhadora.
Sou a vida!
Sou a morte!
Sou Mulher!
Sou a velha que na aurora,
Busca amor, afeição, carinho,
Sou a mulher que chora
Temendo o vazio do ninho.
Vergando o ventre sobre o chão
Doente, mortal, pecadora...
Sou a vida!
Sou a morte!
Sou Mulher!
Mãe e Mulher. Edson Di Piero Di Piero
Jesus Cristo.
Ave Maria.
Nancy.
Eu e Claudia.
Também Mãe.
Claudia.
Minha Irmã.
Também mãe.
São Todas Mulheres e Mães.
Já deu para perceber.
Terra.
Também Mãe.
Mãe das Mães.
Mulheres.
Minha Mãe.
Tua Mãe.
Nossa Mãe.
Terra.
Já deu para perceber.
Mães e Mulheres.
Que sem Mães e Mulheres.
Nada Somos.
SEU SOBRENOME, QUAL? (Luzia Stocco)
Quem enfiou o sobrenome do João em Maria?
E quem, o sobrenome de Alfredo, tacou em Sofia?
Quantas Senhora Smith
Senhora Arth
Senhora Vasconcelos
Via -se na televisão
Há até pouco tempo, então!
A famosa família Andrade
Dos Albuquerque
E até dos Silva!
Cadê a sabedoria?
Há menos de meio século
Casada, a mulher perdia
A pouca identidade que tinha
Perdia seu sobrenome
E pertencia ao marido
A tudo acatava
Consultava e acolhia.
Final do século XX
No Brasil, uma revolução na lei se deu
A esposa não precisa
Daquela imposição
E o marido também pode
Acrescentar o nome dela ao seu!
Alguém aceitou?
Alguém condescendeu?
Se a mulher é independente
Se ela tem liberdade
Tem estudo, autonomia
Inteligência e dignidade
Como encarar essa nova possibilidade?
Se o inverso acontecesse
Que gostosa cumplicidade!!
Vêm os filhos e o estereótipo se repete:
Ficam com o sobrenome do pai
E quando há separação
E, ele vai embora, vai à farra, lava as mãos
Ou quando, ela trabalhando
Ele bebendo ou dormindo
Ou ferindo, violentando, grunhindo.
Quando ela resiste firme
Todas as responsabilidades assumindo
Implorando uma parca pensão.
Vê no nome de seus filhos
Escrito ou pronunciado
Num ritual, num evento escolar
O sobrenome da mãe abreviado
E o paterno destacado.
A memória, a história dela
- Ela que gerou, acolheu,
Colheu, nutriu, não matou –
Em segundo plano ficou!
Diga então, o que mudou?
É ainda esse poder
O ex poder patriarcal
Enaltecido pela mídia
Influência do social
Da manipulação cultural
Ou é ignorância, acomodação
Medo, neurose
Dependência afetiva, emocional?!?
Coisa nada banal
# Arte desenvolvida por Carmelina Toledo Piza
Convite:
DIA 19 DE Marco/2013 -
19h30
Festa Literária
POESIA - MÚSICA - DANÇA - HUMOR
LOCAL
Biblioteca Pública Municipal de Piracicaba
Terça-feira
entrada gratuita
entrada gratuita
Homenageados
Wilson Luiz
Bortolazzo (China)_ músico
Uma poesia mais linda que a outra.Bela homenagem e foto.(Tu estás bem mais magrinha,coisa boa,né?) beijos,chica
ResponderExcluirObrigada Chica pela visita e pela delicadeza em me achar magra...ufa! Ana Marly de Oliveira Jacobino
ResponderExcluirMagníficos textos, mas o que mais me tocou, por ter sofrido na pele a situação, foi o que fala no sobrenome!
ResponderExcluirE é por essas e popr outras que penso fazer sentido o Dia Internacional da Mulher, pois o machismo é tão maléfico que acaba por ter efgeitos negativos também sobre os homens(homem não chora, por exemplo)
Um bom domingo.
Obrigada pela visita São... o sobrenome é mesmo deverás importante na nossa vida. Ana Marly de Oliveira Jacobino
ResponderExcluirGrande Ana Marly, Tá Lindo.
ResponderExcluirManda Abraços para todos.
Muito linda a arte de nossa Amiga Carmelina e a sua Também.
Parabéns para as duas!!!
Abraços, Edson.