- "J.-J. Rousseau não passa, para mim, de um tolo, quando se põe a julgar a alta sociedade; ele não a compreendia, e nisso tinha uma alma de lacaio parvenu.
- - (Julien Sorel protagonista do romance falando à Mathilde de la Mole sua segunda amante)
O Vermelho e o Negro - Marie-Henri Beyle Stendhal _é a história de Julien Sorel, o ambicioso filho de um carpinteiro, na aldeia fictícia de Verrières, em Franche-Comté. Julien Sorel é o anti-herói romântico por excelência. Carente de recursos, sua ambição o leva a encarar duas carreiras como possibilidade de alcançar o sucesso - a eclesiástica e a das armas. Sua trajetória constrói-se entre o vermelho e o negro. Envolve-se com duas mulheres - Madame Renal e Mathilde de la Mole.
Filho de um humilde carpinteiro,Julien Sorel sonha com uma vida intensa e gloriosa. Sua desmedida ambição o leva a conviver com a burguesia provinciana e com a aristocracia parisiense. Ainda assim Julien continua a ser um pobre no mundo dos ricos.
Marie-Henri Beyle (Stendhal)_ Filho de um humilde carpinteiro, Julien Sorel sonha com uma vida intensa e gloriosa. Sua desmedida ambição o leva a conviver com a burguesia provinciana e com a aristocracia parisiense. Ainda assim, Julien continua a ser um pobre no mundo dos ricos. A partir desses elementos, Stendhal criou um magistral romance psicológico, considerado o mais significativo da literatura francesa do século XIX.
Julien Sorel é filho de um carpinteiro, rico, mas carpinteiro, extremamente rude, tosco. Seus irmãos têm a índole e o comportamento agressivo do pai. Agridem Julian por ter traços delicados e espírito.
Trata-se de um intelectual em fase embrionária, ainda sem idéias próprias, mas com uma grande dose de criatividade e inteligência. Julien imagina ter dois caminhos (o cerne de “O vermelho e o negro” é esta eterna dualidade, daí o título) as armas ou a vida religiosa. A trama se desenrola logo após a queda de Napoleão, um herói, um mito de Julien, mas houve Waterloo, houve a queda e isso faz toda diferença. Seu pai, o carpinteiro Sorel, preocupado com o futuro do filho – e bem mais do que isso, querendo se livrar dele – consegue coloca-lo como preceptor em uma das casas mais ricas da região; ali, Julian torna-se amante da Sra de Rênal, a única mulher que irá amar em toda sua vida. Haverá Mathilde, mas se a ama ou não, nem para si próprio Julien consegue deixar claro.
O Sr de Rênal é informado via carta anônima do que ocorre em sua casa, mas não acredita (ou prefere não acreditar). Um dos filhos do casal adoece gravemente e a Sra crê que isso é castigo pelo seu pecado. Há uma ruptura em seu comportamento (antes amava sem temores, sem remorsos; agora, continua amando, mas teme o castigo divino), mas não em seus sentimentos.Trata-se de um intelectual em fase embrionária, ainda sem idéias próprias, mas com uma grande dose de criatividade e inteligência. Julien imagina ter dois caminhos (o cerne de “O vermelho e o negro” é esta eterna dualidade, daí o título) as armas ou a vida religiosa. A trama se desenrola logo após a queda de Napoleão, um herói, um mito de Julien, mas houve Waterloo, houve a queda e isso faz toda diferença. Seu pai, o carpinteiro Sorel, preocupado com o futuro do filho – e bem mais do que isso, querendo se livrar dele – consegue coloca-lo como preceptor em uma das casas mais ricas da região; ali, Julian torna-se amante da Sra de Rênal, a única mulher que irá amar em toda sua vida. Haverá Mathilde, mas se a ama ou não, nem para si próprio Julien consegue deixar claro.
(...) Preso, está sempre em dúvida se realmente ama ou um dia amou Mathilde, pois a mulher que está mais presente em seu pensamento é a Sra de Renal. Julien quer morrer. Tem agora a certeza absoluta que somente amou a Sra de Renal. Em sua masmorra, enquanto espera ser guilhotinado, faz profundas reflexões. A uma frase espetacular que deveria ser o final do romance “Julien se sentia forte e resoluto como o homem que enxergou dentro de sua alma”.
"Enquanto prega a república e a destruição das dignidades monárquicas, esse parvenu embriaga-se de felicidade se um duque muda a direção de seu passeio depois do jantar para acompanhar um de seus amigos."- (Julien Sorel falando à Mathilde de la Mole)
Fique por dentro da História da Sociedade francesa descrita no Romance de Stendhal
Caricatura Francesa do final do século XVIII. Biblioteca Nacional de Paris _ a cena retratada (caricatura simbólica) mostra a sociedade francesa da época e a questão pertinente que era a exploração sofrida pelos camponeses que, ao trabalhar nas terras pertencentes ao clero e a nobreza, acabavam por sustentar, através do sistema servil e dos tributos pagos, o 1º (nobreza) e 2º Estado (clero).
Após Napoleão, a França atravessou um período conhecido por restauração. A monarquia foi instaurada, com Luís XVIII a subir ao trono e a instaurar uma carta constitucional que garantia uma série de reformas revolucionárias. Em 1848 foi instaurada uma Segunda República. O Governo foi eleito por sufrágio universal e passou a existir uma Assembleia Representativa, chefiada por um presidente eleito democraticamente. O primeiro presidente eleito foi Luís Napoleão, sobrinho do imperador, em 1848, que depois de ter feito três golpes de estado passou a controlar o poder.
Stendhal. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012
Salão de Humor de Piracicaba
Amanhã (4/9), começa a oficina Arte de Palhaços, do Projeto Teatro de Artesania. Os participantes, maiores de 16 anos, explorarão os princípios da empatia, contracena e surpresa. A atividade vai até o sábado (9), das 9h às 12h, no Teatro Municipal Dr. Losso Netto, com orientação de Cristiano Pena e Júnia Bessa (Teatro Terceira Margem/MG). Inscrições no CEDHU Piracicaba (Centro Nacional de Humor Gráfico) pelo telefone 3403-2620.
Oi, Ana.
ResponderExcluirEste foi o único romance de Stendhal que li e valeu a pena. Julien é um personagem que fica entre aqueles que compõe o imaginário dos leitores.
Um abraço,
Stendhal vai fundo ao escrever sobre a sociedade francesa da época e elabora seus personagens com um olhar crítico de fazer seus leitores se apaixonarem por seu romance. Abraços Poéticos desta CaipiraciabANA Marly de Oliveira Jacobino
ResponderExcluirAdorei a caricatura!
ResponderExcluirBenditos humoristas que nos alegram sempre e retratam a sociedade do jeitinho que vejo!
Que alegria poder ler seu comentário por aqui, Caríssima Dirce espero que tenha se restabelecido da gripe...Abraços Poéticos desta CaipiraciabANA Marly de Oliveira Jacobino
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