quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pena Branca e Xavantinho faziam poesia com a voz...

"Família simples do interior "paulista-mineiro" repleta da tradição caipira; Pena Branca e Xavantinho desde a infância recebiam da mãe, conselho e muito incentivo para cantar. Na lida dura da roça aprenderam a apreciar a "Mùsica Caipira" a tal da moda da viola;  sem imaginar que no futuro não tão distante iriam pisar nos palcos do Brasil mostrando a beleza da poesia inserida nas composições cantadas por eles. Vozes afinadas destes irmãos, que nos honraram com suas interpretações. Salve Pena Branca! Salve Xavantinho! Para vocês dedico esta publicação de uma caipira saudosa das suas vozes!" 
                                                     Ana Marly de Oliveira Jacobino
José Ramiro Sobrinho, o Pena Branca (nascido em Igarapava, interior de São Paulo em 1939) e Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho (nascido em Uberlândia em 1942).

Desde pequenos trabalharam na roça com os pais e mais cinco irmãos. José Ramiro tocava viola. Começaram a cantar em 1962, e, em 1968, mudaram-se para São Paulo para tentar a vida artística.
        Ouça e saiba mais da dupla que contam a sua história nas próprias vozes de Pena Branca e Xavantinho:
                                http://youtu.be/BgIDZRHVxN4
A dupla começou a cantar em 1962; e, em 1968, mudou-se para São Paulo para tentar a vida artística. Pena Branca e Xavantinho ganharam, em 1990, o Prêmio Sharp de melhor música (Casa de Barro, de Xavantinho e Moniz) e melhor disco (Cantado do Mundo Afora).

                     O Cio da Terra _ Chico Buarque
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão.
Cante junto este hino de louvor caipira nas vozes dos irmãos cantores Pena Branca e Xavantinho e emocione-se:
                        http://youtu.be/n1HpNOx6lbo
Ganharam, em 1990, o Prêmio Sharp de melhor música (Casa de barro, de Xavantinho e Moniz) e melhor disco (Cantado do mundo afora). Em 1992, CDs Renato Teixeira e Pena Branca e Xavantinho – Ao vivo em Tatuí (Kuarup) recebeu o Prêmio Sharp de melhor disco e o Prêmio APCA. Gravaram, em 1993, "Violas e canções" (Velas), destacando-se "Viola quebrada" (Mário de Andrade). Nesse ano, os shows da dupla estenderam-se aos Estados Unidos da América. Lançaram ainda "Ribeirão encheu" (Velas), em 1995, com "Luar do sertão" (João Pernambuco e Catullo da Paixão Cearense), e "Pingo d'água" (Velas), em 1996, com "Tristeza do jeca" (Angelino de Oliveira) e "Flor do cafezal" (Luís Carlos Paraná).
Pena Branca e Xavantinho recebam do Agenda Cultural Piracicabana e do Sarau Literário Piraicabano a "Rosácea Pùpura" por seus serviços prestados a Música Popular Brasileira! Salve Pena Branca, salve, Xavantinho, salve salve!                      Discografia de Pena Branca com Xavantinho
Velha morada (1980)
Uma dupla sertaneja (1982)
Cio da terra (1987)
Canto violeiro (1988)
Cantadô do mundo afora (1990)
Ao vivo em Tatuí com Renato Teixeira (1992)
Violas e canções (1993)
Pena Branca e Xavantinho (1994)
Ribeirão encheu (1995)
Coração matuto (1998)
               Discografia solo de Pena Branca
Semente Caipira (2000)
Pena Branca canta Xavantinho (2002)
Cantar Caipira (2008)
                                  fotos by google
                                  Cuitelinho _Milton Nascimento
Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espáia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Aí quando eu vim de minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d`água
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai
Interpretação "Magistral" desta dupla que espalhou as suas vozes pelos rincões brasileiros:
                       http://youtu.be/ZQ3qsowEvPU
Pena Branca fez dupla com Xavantinho (Ranulfo Ramiro da Silva) por mais de 30 anos, até a morte do irmão, em outubro de 1999.

                            Felicidade (Luar do Sertão) Nilo Amaro
Felicidade foi-se embora e a saudade no meu peito
Inda mora e é por isso que eu gosto
Lá de fora, onde sei que a falsidade não vigora
Felicidade foi-se embora e a saudade no meu peito
Inda mora e é por isso que eu gosto
Lá de fora, onde sei que a falsidade não vigora
A minha casa fica lá detrás do mundo
Onde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa quando começo a pensar
Felicidade foi-se embora
e a saudade no meu peito
inda mora e é por isso que eu gosto
lá de fora, onde sei que a falsidade
não vigora
Felicidade foi-se embora e a saudade no meu peito
Inda mora e é por isso que eu gosto (...)
                         Cante e aplauda a dupla em felicidade:
                                http://youtu.be/zlDM-IpgAK4
Pena Branca continuou em carreira solo, mas no dia 8 de fevereiro de 2010, faleceu aos 70 anos, vítima de infarto.

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