sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Livro um sonho de consumo do leitor!

"Abrir um livro é descortinar palavras repletas de vivências e conhecimentos nunca dantes explorados. O livro nos revela detalhes no seu conteúdo que muitas vezes passam desapercebidos na vida real, mas, que são explorados nas suas páginas. Perseguido na Idade Média pelo excessivo fervor religioso, o livro sairia fortalecido com a tecnologia, que traria à tona a revolução cultural moderna através da imprensa desenvolvida por Johannes Gutenberg. Que venham os livros para nos abençoar com suas palavras e civilização!” Ana Marly de Oliveira Jacobino

A história do livro é uma história repleta de inovações técnicas que possibilitaram a sua conservação  e o acesso à informação aos leitores, e também a facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Uma história  ligada aos acontecimentos políticos, econômicos e à história de idéias e religiões.

<><><><><>  O  papiro, é uma planta muito conhecida desde 40 séculos antes de Cristo. adaptada às margens do Nilo, onde acompanhava em grande quantidade o curso do rio, tem uma longa haste, sem nós nem folhas, de secção triangular e da grossura de cerca de seis centímetros, a qual termina por uma graciosa umbela em forma de penacho, formado por um tufo de pequenos ramos filamentosos verdes. O mais antigo exemplar escrito do qual se tem notícia, datado do final da I dinastia, é formado por fragmentos do livro de contas de um templo de Abusir, escrito em hierático.
Com o tempo o papiro foi sendo substituido pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6
O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã.
Isto foi a conseqüência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando a obra com o livro.A consolidação do códex acontece em Roma
Em Roma a leitura se dava tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto.


A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento do monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos monastérios era conservada a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos.
Assista um trecho do filme "O nome da Rosa " e veja uma linda biblioteca da Idade Média:
                             http://youtu.be/sV7ET145t0M

O livro continua sua evolução com o aparecimento de margens e páginas em branco. Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras maiúsculas. Também aparecem índices, sumários e resumos, e na categoria de gêneros, além do didático, aparecem os florilégios (coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e os textos eróticos.

Foi em 1455, que Johannes Gutenberg inventa a imprensa com tipos móveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim. Houve certa resistência por parte dos copistas, pois a impressora punha em causa a sua ocupação. Mas com a impressora de tipos móveis, o livro popularizou-se definitivamente, tornando-se mais acessível pela redução enorme dos custos da produção em série.
Foi na Idade Moderna  que aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros de bolso. Estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques.
Já as bibliotecas são a metáfora do fênix, que, segundo a tradição egípcia, era uma ave fabulosa que durava muitos séculos e, quando queimada, renascia das próprias cinzas. A partir do século XVI é que as bibliotecas realmente se transformam, tendo como característica a localização acessível, passam a ter caráter intelectual e civil, a democratização da informação é especializada em diferentes áreas do conhecimento. No Brasil, a biblioteca oficial foi a atual Biblioteca Nacional e Pública, do Rio de Janeiro, que se tornou do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de Portugal Dom José I e foi trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1807. Junto à Biblioteca Nacional, outra de grande importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo.
          Faça uma visita a Biblioteca de Alexandria:
                                   http://youtu.be/fVqz-IRck1I

FEBVRE, Lucien. O aparecimento do livro. São Paulo : Unesp, 1992.

SCORTECCI, João. Guia do Profissional do Livro. São Paulo : scortecci, 2007
MARTINS, Wilson. A Palavra Escrita. São Paulo.Ática, 3. ed. 1998. 512p.
ECO, Humberto. O Nome da rosa: romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
                                       Venha para um Sarau Literário e se transforme:

Raquel de Queiróz, a "Dama da Ficção Social Nordestina" convida para o "Sarau das Flores" que vai acontecer no dia 13 de Setembro (19h30)no Teatro Municipal de Piracicaba na sala 2.                  fotos Google

      Convidada local homenageada pelo Sarau Literário Piracicabano: a escritora, poeta piracicabana das crônicas e poemas fortes (muitos deles de cunho social) a "Dama da Ficção Social Piracicabana": Dirce Ramos de Lima.
          "O Sarau mais charmoso da cidade”
                Teatro Municipal Drº Losso Netto em Piracicaba
                    Venha ouvir Poesia, Música, Teatro...
Entrada Franca (lotação 100 lugares retirar na bilheteria do Teatro Municipal).

2 comentários:

  1. Ana, sempre com temas pertinentes e educativos. Aqui a gente está sempre aprendendo. Abç.

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  2. Agradeço a sua visita sempre incentivadora, Caríssimo Camilo.Abraços Poéticos desta caipiracicabANa Marly de Oliveira Jacobino

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