terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mergulhe no mundo mágico dos prazeres de um Sarau! Na Agend@!

"A realização de um Sarau Literário em plena era da globalização mostra que ainda há lugar para exaltar: o lado em que prevalece o desejo de sair da mecanização imposta pela racionalização mecanicista encontrada na realidade humana." Ana Marly de Oliveira Jacobino
 fotos Marly _ Participantes do Sarau Literário Piracicabano
 Bandeira da Escola de Samba Mangueira levada ao sarau por um participante do Rio de Janeiro
Dia do samba no sarau!
 Ana Lucia Stipp Paterniani (flauta transversal e voz), Carlos Roberto Furlan (violão e voz) e Suzi Furlan (voz)
Escute na voz dos músicos do Sarau e vibre com as composições de Cartola:
Veja +:
 fotos by google _ Publicação dos trabalhos enviados ao Caderno do Sarau Literário Piracicabano _ Parte 1              
                                     Chuva (Leda Coletti)

É madrugada.
O vento canta nos coqueirais,
geme sob a balsa,
chora na ponta da serra.
Enrola a cidade
numa densa neblina,
assobia, rodopia
em redemoinhos,
forma novelos de fumaça,
que se desmancham
e dão origem às nuvens corredeiras,
que apressadas despejam a água sobre a Terra.
E a chuva não pára de cair.
Bendita chuva!

                Os Poetas do Cancioneiro Nacional (Cornélio T. L. Carvalho)
Cartola é uma das mais expressivas referências do samba carioca.
Ao ensejo da homenagem que lhe presta esta noite o Sarau Literário Piracicabano, apreciemos e exaltemos a beleza, a elegância e a filosofia contidas nos versos dos nossos compositores, notadamente aqueles pertencentes ao mais importante núcleo do samba brasileiro: o morro carioca.
Mas as “queixas” dos poetas também estão no asfalto e em todos os cantos deste Brasil que chora e também sorri das alegrias da vida com imenso talento.
Noel Rosa, em “Feitiço de Oração” nos diz: “Sambar é chorar de alegria, é sorrir de nostalgia dentro da melodia”.
Ainda Noel em “Feitiço da Vila”: “Fazer poema lá no morro é um brinquedo. Ao som do samba dança até o arvoredo”.
“Tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor”. Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Guilherme de Brito em “A Flor e o Espinho”.
Capiba, em “Maria Betânia”: “Tu me olhava com emoção e sem querer, pus minha mão em tua mão”.
Chico Buarque: “Delegado é bamba na delegacia, mas nunca fez samba nem viu Maria”.
“Deitei então sobre o peito, vieste em sono ao meu leito, eu acordei. Que aflição! Pensando que te abraçava, alucinado apertava, eu mesmo meu coração”. Sílvio Caldas e Orestes Barbosa em “Arranha Céu”.
“Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces nada mais”.
Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito em “Quando eu me chamar saudade”.
“Quero a paz de criança dormindo, a alegria de um barco voltando, a ternura de mãos se encontrando para enfeitar a noite do meu bem”. Dolores Duran em “A Noite do meu bem”.
Cartola, em “A Vida é um moinho”: “preste atenção querida, de cada amor tu herdarás só cinismo, quando notar estás à beira do abismo, abismo que cavaste com teus pés”.
Para ser fiel ao nosso propósito, teríamos que elencar quase todo o repertório nacional, mas terminemos com Roberto Martins e Mário Rossi em “Eu queria”: “Eu queria ser asfalto, pra você pisar em mim, eu queria ser o cravo e florir no seu jardim, eu queria ser a vida do seu lindo coração, eu queria beber água na palma da sua mão”.

           Poeta Andante (Ana Marly de Oliveira Jacobino)

Em plena segunda-feira de uma semana qualquer de 2008, no cruzamento da Rua São José e a Rua do Rosário, vindo de uma consulta médica, eu paro para ver uma cena instigante, a qual me envolve e me deixa perplexa. Um homem, enquanto, espera para atravessar a rua, declama poemas. Extasiada o acompanho; primeiro com os olhos, depois o segui andando, quis a sorte que fossemos para a mesma direção. Não fui conversar com ele, por não saber como abordá-lo, mas, lá com os meus botões, pensei em lhe fazer um convite para participar de um sarau.
Sem dúvida, como amante da Arte, História e Literatura,... percebo estar vivendo uma espécie de uma “bolha de tempo”, e, me vi em plena “Idade Média” paralisada diante de um trovador. Ah! Trovador é aquele homem que circula pelas estradas poeirentas da Europa Medieval, levando alguns pergaminhos de canções poéticas, sem se atemorizar diante dos salteadores camuflados pelas curvas escuras para roubar o incauto andarilho. Enfim, enfrentando todos os perigos, ali está ele, tão esperado por todos os habitantes protegidos pelas muralhas daquelas cidadelas, e estão, sempre a espera das notícias e das “cantigas trovadorescas”, sonorizada por rimas. Estou deste modo, diante de um legítimo “trovador moderno”, daqueles que sem temer; o que pensam as pessoas “canta suas rimas” em avenidas, feiras, festas, ruas.
Sem os castelos, reis, nobres e plebeus este “trovador moderno” leva a literatura para todos sem discriminar educação, idade e riqueza.
Uma terça feira de Setembro de 2008, eis que ele surge no Sarau Literário, na Livraria Nobel e se apresenta. Agradeço a sua presença e ao longo das apresentações do sarau o convido para participar. Ele se apresenta fazendo versos rimados agradecendo ao sarau e a todos por ouvi-lo, desde então, quando ele esta na nossa cidade o “Poeta-Trovador” participa dos nossos saraus. Seu nome é Adilson José de Alencar a quem entrego este “cantiga de amigo” trovadoresca em forma de uma flor:
             Oh! Tarde tão bela,
             que tendes a me contar,
             ao ver o doce poetar
            com palavras singelas...

Feliz Aniversário para a menina Gabriela Furlan Pelegrino

 Participante do Sarau Literário Piracicabano a menina Gabriela é homenageada pelo aniversário:
                        Oito aninhos da Gabi (Cláudia Furlan Pelegrino)

Olhos redondos
e muito vivos.
bochecha rosa,
como uma maçã
Cheia de vitalidade
e encanto.
Com muito amor
chegou e trouxe
a alegria
a todos que a esperavam.
Gabriela:“A ENVIADA DE DEUS”
A primeira mamada,
O primeiro sorriso,
A primeira papinha,
O primeiro dentinho.
Tudo muito comemorado


Ah! O primeiro dia de aula,
Os primeiros rabiscos,
As primeiras notinhas no piano,
A primeira poesia.
Quanta satisfação!


Agradecemos a Deus pelas bênçãos
e proteção a nossa querida filhinha
Que nesses oito aninhos
nos possibilitou viver a plenitude do Amor
e nos fez reencontrar
a verdadeira razão de viver.
Parabéns. Amamos você! Mamãe, Papai, Vovô e Vovó

 NA SEGUNDA APRESENTAÇÃO DO ANO DE 2011 Sarau Literário Piracicabano
                                            HOMENAGEIA
                          CHIQUINHA GONZAGA
                                              E

                BIBLIOTECA MUNICIPAL RICARDO FERRAZ DE ARRUDA PINTO
Terça-Feira

         Dia 15 de MARÇO
                                Às 19:30 horas
Com a participação do REGIONAL DO SARAU LITERÁRIO PIRACICABANO
           Aberto a todos que queiram participar
                           Entrada Franca
Local:
Salão Nobre da Biblioteca Municipal na Rua Saldanha Marinho 333
fone 34333674

2 comentários:

  1. Olá Ana Marly
    que alívio encontrar "trovadores modernos", não?
    e poetisas como vc. também!

    um abraço

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  2. Andrea, sem dúvida, a alegria é muito grande ao deparar com a beleza da poesia sendo declamada pelos cantos das cidades. Obrigada!Um grande abraço poético

    Ana Marly

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